Jughead

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Eu fiquei quase um ano coletando informações. Vendo quem ela escolhia, como saia, como se comportava, com quem e quando. De duas em duas semanas ela matava alguém, não importava quem, a mulher por trás desses assassinatos os matava a sangue frio e deixava o corpo para que alguém encontrasse. Quem? Eu não sei! Talvez a própria polícia.

Duas semanas se passaram após ela ter matado Jace, um homem de 30 anos que havia mulher, e filhos. Mas ela não liga pra isso. A Matadora de Homens não liga pra nada.

Nunca vi seu rosto nem suas digitais em lugar nenhum. Ela não tem hora para matar então fica cada vez mais complicado de achá-la. Sabia que era loira e que tinha uma criança sempre por perto em seus dias comuns, mas nunca conseguia ver seu rosto a tempo.

Mas agora? Agora eu estou a observando, vendo com meus próprios olhos quem essa mulher pode —ou não— ser. Vendo-a dar sorrisos calorosos para a criança de cabelos loiros e olhos verde-azulados assim como os dela. Ela parecia normal aos olhos do mundo, mas estar de frente para uma assassina —sabendo o que ela é—, não é bem a melhor sensação.

Eu via como comia suas panquecas e sorria quando a criança lhe falava alguma coisa. Devia ser sua filha. Ela parecia bem normal até. Talvez eu estivesse enganado.

Apenas bebendo meu café enquanto comia meu waffle, eu a observava. E não adiantava de nada, já que ela parecia a pessoa mais normal do mundo.

Frustrado, achando que meu alvo estava errado, pedi minha conta sem antes acabar com todo meu waffle e fui embora. Talvez eu deva tentar uma próxima hora.

Chegando em casa, entrei no meu escritório é fiz o relatório daquela mulher loira de olhos verde-azulados e sorriso perfeito. Tinha que ser ela!

Sabendo-se que já era quase hora do almoço eu tinha em mente que se fosse matar alguém, faria à noite.

A mercê do tédio sem ter o fazer, resolvi ver alguns filmes para passar a hora. E por hora nisso! Quando percebi havia visto 5 filmes e estranhamente 4 deles eram de Natal. Eu não sei porquê, mas eram.

Olhei meu relógio e ele mostrava ser nova e quarenta da noite. Fui tomar um banho para esfriar a cabeça antes de seguir a mulher loira —e sem nome.

Já vestido —completamente de preto— e com o coração a mil, fui atrás do carro dela pela Califórnia. Não sabia como reagir ao que eu estava fazendo, só sabia que era comando da chefe Toni, para que eu a encontrasse. Mal sabia ela que era uma de suas amigas.

Eu vi a mulher deixando o corpo no buraco, a vi chegando às rodas plastificaras do carro e a vi voltando para sua casa como se nada tivesse acontecido.

Tirei fotos de quem era, tirei fotos de seu carro e de sua placa. Tirei fotos de tudo que podia para ter material suficiente para essa investigação. Ela não tem sido nada fácil. Mas agora, está tudo sob controle.

Parando no bar/strip club que ficava perto de meu apartamento, me vi adentrando-no, como de costume. Beber, ouvir a música sensual enquanto as strippers dançam nos postes, me acalma dessa loucura toda de trabalho. Ser policial investigativo pode ser legal, mas tem horas que cansa e eu só quero me sentir mais uma pessoa normal. Eu não venho aqui muito para "alugar" algumas dessas mulheres, eu venho mais para beber e encontrar meus amigos —na maioria das vezes.

Pedi um copo cheio com uísque para a bartender gostosa atrás do balcão e resolvi que a levaria para minha casa mais tarde e a faria feliz naquela noite. Sem querer me gabar, mas, eu sei usar minhas ferramentas do jeito certo.

Virei metade da bebida marrom garganta abaixo e a ardência me fez acordar enquanto sentia aquele líquido gelado se espalhar pelo meu sangue. Esse é dos bons.

Depois de muitas doses de uísque e tequila, eu já me sentia zonzo, alguém me abraça por trás e vejo apenas luvas pretas, me sobressalto sem saber quem era. Quando me viro, deparo-me com a loira que eu estava investigando a tanto tempo, mas ela parecia meio distorcida.

-Oi Jughead. Você anda me seguindo é?  —pergunta com um sorriso amargo nos lábios.

-Quem é você? Eu to te procurando a quase um ano inteirinho. —solto uma risada bêbada.

-Vem comigo que eu te mostro, que tal? —fala me levantando do banco.

Sorrio sem achar graça, só pra tentar fazer charme. Vai que ele transa comigo? Pera, ela não é a menina que eu estou procurando a quase um ano? Ah, talvez! Ou não? A analisando bem, acho que não. Ou será que sim? Ah, não sei!

-Onde eu to indo em moça?

-A gente vai se divertir. O que acha? —diz enquanto passamos pelas portas do bar.

-Mas eu nem sei quem é você. —quase grito. Tampo a boca achando graça da minha situação.

-Você tá muito doido cara. —diz o óbvio.

Resolvo ficar quieto enquanto ela quase me carrega ate o outro lado da rua onde fica meu apartamento. Como essa gostosa sabe disso?

Quando o porteiro me vê, eu aceno com a mão esquerda que estava livre, rindo abobado sem motivo. A loira gostosa do meu lado apenas se aproxima mais de mim e eu lhe dou um tapa na bunda fazendo a apertar ainda mais minha cintura contra seu corpo, gravando duas unhas em minha carne.

-Você tá me machucando moça!  —digo enquanto entramos no elevador.

-Não bata na minha bunda, ou então não teremos sexo esta noite ok? —sorri. O sorriso dela é tão bonito e meigo, da vontade de apertar. Isso faz sentido? Acho que não.

Subo minha mão de sua bunda para suas costas, alcançando sua cintura do outro lado de seu corpo.

-Onde está a chave de seu apartamento querido?

-Embaixo do tapete meu amor. —rio com o jeito que falo as palavras. 

-Para de me chamar assim! —resmunga.

-Aí, tu reclama muito. —jogo minha cabeça para trás.

Entramos em meu apartamento, e a loira me joga no sofá sentando encima de mim. Entrelaçado minhas mãos em sua cintura enquanto as suas vão para a minha nuca. Seus lábios são macios quando encostam nos meus e sinto sua língua logo adentrar a minha boca. A loira para de me beijar e começo a me sentir cansado, quase como se fosse desmaiar, e então, apago.

She's a killer - bughead Onde histórias criam vida. Descubra agora