Meu Professor

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Jennie

- Ele é um babaca! - Reviro os olhos.

- Pode ter certeza que sim. - Diz o Michael.

Micha está me levando para casa em seu mini carro. Ele sempre foi muito esforçado, e trabalhava em dobro quando teve crise em sua casa. Conseguiu ajudar com dinheiro que tinha para o seus pais e depois decidiu comprar um carro com o que sobrou.

- Obrigada por me trazer pra casa, de verdade. - Sorrio.

- De nada. Como você me prometeu o almoço maravilhoso que seu pai faz, não pude recusar. - Ele fala enquanto estaciona o carro na frente de casa.

Micha e eu fomos embora mais cedo da escola, porque eu não estava conseguindo ficar lá. Então a diretora liberou nos dois, para ele me trazer.
Tiro o cinto e saio do carro. Abro a porta de trás e pego a minha bolsa.

- Já sabe, se meu pai perguntar o porque de eu ter desmaiado...

- É porque você estava passando mal desde cedo. - Ele me interrompe completando a frase.

Fiquei o caminho todo falando para ele o que tínhamos de dizer para o meu pai se perguntasse algo. Estou tão aflita com o que aconteceu hoje, que nem acredito ainda que o cara do bar, o que fiquei muito tempo pensando, é meu professor.

Abro minha bolsa para pegar a chave, mas meu pai abre antes.

- Pai! - Me assusto.

- Filha! Porque se assustou? - Ele ri.

- É que você abriu a porta do nada, por isso. - Dou um falso sorriso.

- Uhm... Entrem logo. - Meu pai se afasta da porta.

Eu e o Michael entramos juntos.

- Muito obrigado por trazer minha filha para casa. Você é o melhor amigo de todos! - Meu pai fala o abraçando.

- Farei tudo para vê-la bem Seu Rodrigo. - Ele retribui o abraço.

Michael sempre foi muito próximo aos meus pais, Rodrigo e Ana, e todas as vezes que ele brigava com sua mãe, vinha e ficava em casa. Hoje em dia, não acontece com frequência. A mãe dele está mais tranquila com a sexualidade dele e evita ao máximo qualquer conflito. O que me deixa muito feliz é aliviada.

- Você está bem, minha filha? Qual o motivo do desmaio, minha bebê? - Ele vai até mim e fica me analisando cuidadosamente.

- Eu estou bem, pai. Eu não estava muito bem desde quando acordei. Talvez ansiedade com o primeiro dia de aula. - Rio.

- Meu amorzinho, você tem que ver isso. Ficar ansiosa ao ponto de desmaiar? Temos que te levar ao médico, para ver isso. - Ele coloca meu cabelo atrás da orelha.

- Pai, eu tô bem de verdade. Prometo arranjar uma forma de acalmar minha ansiedade.

- Okay então. Vai colocar sua mochila no seu quarto. A comida já está quase pronta.

Eu e Micha subimos juntos.

- Você é uma boa mentira, em JenJen.