Capítulo 3: A maldita ilha, Lado Sul

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                Passei alguns dias sem dormir após o ocorrido, minha primeira recompensa ainda aos seis anos. Era muita coisa para minha cabeça lhe dar, estava ficando a cada dia que passava mais frio sem sentir nenhuma emoção além de minha confusão de pensamentos, eu havia chegado a um ponto em que me deixei levar, comecei a alimentar a criatura que eu criei... A cada dia que se passava, até que cheguei no ponto de olhar para meu próprio reflexo no espelho já me causava pavor, mas mesmo assim não parava de alimentar aquela criatura que criei.

           Meu avô é claro, não perdeu o tempo de por este monstro a prova, foi quando em uma noite que tomei um remédio para dormir que ele botou seu plano em pratica. Era obvio que depois daquilo meu instinto de caça iria se despertar e o meu eu que apenas queria que tudo aquilo acabasse, iria morrer. Bem, nesse momento oque o meu eu pirralho iria fazer? Não sabia oque estava por vir muito menos oque iria fazer para sobreviver naquele futuro teste, é um teste em que minha vida estava em jogo.

        Aos seis anos sem nenhum tipo de treinamento de sobrevivência na selva sem nenhum tipo de equipamento que fosse ajudar, foi abandonado numa ilha enquanto dormia... Tendo comigo apenas algumas peças de roupa limpas e quentes para a noite, teria que lutar para sobreviver aprender métodos de sobrevivência sozinho, me tornar um caçador dentro daquela ilha. Mas hoje em dia devo oque sei ao tempo que passei isolado naquele lugar, eu entendo o motivo por qual meu avô me fez passar por aquilo, mas não desejo isso para a minha filha.

      Os primeiros dois dias foram difíceis, não tive oque comer por dois dias inteiros... Eu tentei comer algumas berrys mas sempre tinha algum Pokémon defendendo o território ou se alimentando era complicado, mas me veio uma ideia... Iria cometer um crime contra os pokémons mas era para me manter vivo, estava com uma pedra na mão e um mero ratata passando na caverna foi meu alvo... Não me orgulho do que fiz, garanto que qualquer um na minha posição iria fazer o mesmo para se manter vivo. Devo afirmar que deve estar curioso sobre oque fiz, eu naquela época faminto sem nada em minhas mãos mas um pedaço de madeira ao meu lado que usava para mover os galhos em minha pequena fogueira foi com esse pedaço de madeira que matei o pobre pokémon de forma sorrateira, a ponta da madeira atravessou um dos olhos daquela criatura que iria me servir de alimento... Não sabia como tirar o interior do bichinho que mais parecia um rato, mas usando uma pedra pontuda abri o estomago daquela criaturinha retirando seus órgãos internos e sua pele usando um cipó fiz um varalzinho onde coloquei a pele daquele ratata ao sol para que secasse, já havia visto varias vezes minha mãe fazendo isso na fazenda de meu pai... Mas oque não era comestível ou nojento de mais para me servir de alimento eu enterrei ao lado de uma arvore em sinal de respeito pelo pequeno bicho que assassinei para me manter vivo.

                Comi aquele pokemon assado em um espeto de madeira temperado com algumas ervas que eu sabia que eram comestíveis, hoje percebo o caminho sombrio que trilhei cheia de mortes mas todas teve um motivo. Passei um ano me adaptando a uma unica parte da ilha, com nove anos armado com armas criadas com pedras, ossos, madeira e com fibra de arvores... Eu me tornei um caçador e uma forma forçada, ao contrario de minha filha Sophia. Mas a historia dela é para outro momento. Voltando a historia, com meus nove anos decidi me aventurar na parte norte daquela ilha quando percebi que não era o único humano naquele lugar uma flecha que não havia sido feita por mim estava cravada em uma arvore, e não estava perto de ser apenas um humano a mais naquele lugar... afinal aquela ilha tinha 3 zonas que ainda não havia explorado e conhecido me mantive em apenas uma por um longo ano aprendendo meios de sobreviver sem ajuda, aquela pele de ratata do passado estava me servindo muito bem como uma aljava. Como decidi fazer aquela loucura? Perder a sanidade parcialmente quando segui um desses locais no lado sul chegando lá por uma trilha montada por nativos me deparando com uma aldeia em meio a uma festa daquele povo, não era carne de pokémons que eles estavam fazendo... Eu vi o perigo que estava perto da minha parte da floresta, dois membros do grupo deles considerados defeituosos estavam feitos com temperos amarrados em espetos.

          Senso de justiça não fazia mais sentido naquele momento, eu aos meus plenos 9 anos iria cometer um assassinato em massa naquela parte da ilha... era literalmente eu ou eles, não podia cometer o erro de deixar eles entrarem na minha parte da ilha. Ia ser mesmo aquilo, ia matar cada um deles e pegar seus equipamentos, eles tinham armas melhores e frutas para durar meses além de sal e temperos tudo era muito útil para minha sobrevivência. Como iria matar um grupo inteiro de pessoas bem armadas em uma festa? O segredo era veneno diretamente tirado de uma bolsa de veneno de uma arbok que havia comido, como não morri? Meu avô me ensinou uma pequena coisa sobre como tirar a bolsa de veneno de uma cobra sem o danificar estragando a carne e isso preservava não só a carne como o veneno que podia ser útil, de fato uma hora aquele veneno iria ser útil como este momento. Eu me aproveitei de um único momento em que eles tiraram os olhos daqueles corpos quase totalmente cozidos para assim por o veneno no corpo daquelas duas pessoas, o tempo foi perfeito, o veneno em volta dos corpos evaporaram mas deu tempo de se espalhar para toda a carne nas aberturas nas peles dos pobres coitados. Mas sei que mesmo matando eles aquela luta iria desencadear uma pequena... Não uma grande guerra para sobrevivência do mais forte, foi isso que aconteceu ao amanhecer, quando alguns indígenas de tribos aliadas passaram naquele lugar vendo os mortos  e as cabanas queimadas, eu não era idiota para não ter apagado meus rastros que levavam até a minha caverna... Então por enquanto eu estava seguro, precisava apenas me preparar para o inevitável ainda mais com o arsenal de armas daquela aldeia. Eu estava me preparando a cada minuto que se passava.

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⏰ Última atualização: May 10, 2019 ⏰

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Hunters - Livro Um : O caçador solitárioOnde histórias criam vida. Descubra agora