23~ Eu no controle

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   Esses dois messes em Hogwarts tem sido inferno, meus amigos não falam mais comigo achando que o Voldemort tinha me tomado, as pessoas me olham de cima para baixa, nada agradável sendo que você é você mesma, mas não pode contar.
  
   Apesar de tudo isso eu ainda estou no time, mas me tiraram da posição de capitão e claro que nos fiz uma cena.
 
   Mas hoje era um jogo importante, Soncerina e os Herdeiros a única chance de nós passarmos para a semi final e ele estava confiante que sem dúvida iríamos vencer.
  
    A maioria das pessoas ficou revoltada por eu ainda continuar no time, mas eu fiz o discurso do Voldemort que quem o apoia é recompensado, no meu caso disse que ele me daria o controle nas horas de treino e nos jogos.
  
   Levantei da cama antes de todos, como faço todos os dias, coloco uma roupa qualquer e boto a roupa do jogo na minha mochila.
  
   Saio do dormitório e Thi, Silas, Tom, Albus, Gusta e Rox estão no sofá conversando e eu quase morri porque só queria falar com eles quando "tomasse" o controle do meu corpo para eles.

-Voldemort?- Thi fala e eu atendo, não acredito que já virou costume.

-Time!- falo debochada.

-O que está fazendo?- Gusta gritou com raiva.

-Levantando.- digo rude e saio, na verdade fico escondia em um armário perto da porta tentando ouvir.

-Vocês acham que é ele mesmo?- Albus pergunta.
   
-As vezes eu acho que é a Em só pelas coisas que ele diz e como ela se coça quanto tem que contar algo, mas eu não sei.- Tom fala.

-Não, aquela não é a menina que eu me apaixonei.- Silas diz e isso quebra o meu coração .
  
   Eu sai correndo dali chorando, ouvir isso saindo da boca da pessoa que eu amo é triste.

   Fui até a sala de astrologia, não teria aula mesmo, era uma sábado, estaria vazia.
  
    Fiquei lá por longos minutos chorando, esses dois meses foram os piores da minha vida, tratarei mal os meus amigos, minha família, a pessoa que eu mais amo.
 
    Ouço a porta sendo aberta devagar, então me levanto rápido e me viro evitando que a essas veja meu rosto, Voldemort não chora.
   
-Emily?- era a voz da Megan, apesar de tudo reconheceria em qualquer lugar.- Eu vi você chorando, ou Voldemort, não sei...mas esta bem?- conseguia ler a sua mente e essa uma pergunta era banhada de boas intenções.
   
-Megan...- virei para ela com o rosto escorrendo de lágrimas.
  
   Ela corre e vem me abraçar, eu sentia muita falta dela. Apesar de quieta, Megan sempre foi a mais carinhosa comigo e quase todo tempo prefira sua companhia do que a da Mary.
   
-Quer me contar?- ninguém iria suspeitar de eu estar andando com ela já que imaginam que Voldemort está tomando as decisões.

-Ele não me controla mais.- ela arregalou os olhos.
   
-Então vamos contar, estão todos falando mal de você.- Megan tenta me puxar, mas eu recuso.

-Mas ele ainda está dentro de mim.- ela parou e ficou me encarando.- Ele deixou que ele ficasse no controle, mas se eu admitisse que ele não está no controle, as pessoas voltariam a falar comigo e quando a batalha acontecesse poderiam pensar que eu sou eu e não Voldemort e não me matariam.- digo rápido.- Eu tenho que morrer é o único jeito dele ir.- digo e Megan começou a chorar.

-Não, tem outro jeito! Você não pode...- ela desistiu de tentar me convencer depois da minha cara de desistência.- Ok...mas você tem um jogo para vencer dos idiotas da soncerina.- ela foi me puxando para fora.
 
   Nos duas saímos da sala de astronomia e quando passávamos pelos corredores as pessoas encaravam ela por estar comigo.
  
   Quando chegamos na área do campo ela me deu tchau e subiu para aonde o pessoal da grifinória ficava e eu fui para um banheiro, troquei de roupa rápido e ainda por esbarrei em alguém.
   
-Toma mais cuidado!- gritei encarando o Voldemort.
   
-Voldemort! Ainda não desistiu?- era o Silas, queria tanto o abraçar.
   
-Desistir? Acho que esse nunca foi o plano.- digo passando, mas uma pequena lágrima sai de mim.
 
    Entro na tenda e o Gusta que era o capitão agora estava planejando algumas coisas, fiquei olhando o quadro e comecei a rir debochadamente.
   
-Algum problema, Voldemort?- ele pergunta e eu viro rindo.
   
-Isso não vai dar certo.
   
-Claro que vai estudei muito tempo para formar essa forma de jogo contra a Soncerina.- ele disse olhando o quadro, me levantei peguei o giz.
   
-Querido, Gustavo, esta vendo esse enorme espaços entre os artilheiro e o batedor?- digo fazendo um grande círculo.- Se você jogar assim contra a soncerina vai perder na hora, porque a forma que eles jogam é de bater em quem puderem com os balaços, então se artilheiros e batedores estiverem muito longe, tchau para o jogo.- digo sorrindo irônica e todos entram.
 
   Eles se sentam assim como eu, ficam me encarando e isso é sufocante, eu amo todos eles e não quero que me ignorem.
   
-Tenho um aviso.- Gusta fala sorrindo.- Não posso ser o capitão.- ele disse e me olha.- Não fui feito para liderar, mas a Emily...- ele me estendeu o giz.- nasceu para isso.

Uma Potter Diferente (2ª livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora