Apostila 09
Estudo sobre o Ecumenismo, com 23 paginas, dividida em 08 partes sobre a Teologia sobre o Ecumenismo:
Parte I
Ecumenismo Religioso
É a tentativa de aproximar as grandes diferentes religiões do mundo. Essa aproximação vai desde cooperação em missões e ação social e política, até união e fusão de credos. A iniciativa tem sido principalmente de órgãos protestantes. maior deles é o Concílio Mundial de Igrejas (CMI). A filosofia que permite o CMI fazer esta tentativa é o pluralismo. Como o nome já indica, essa filosofia defende a pluralidade da verdade, ou seja, que não existe uma verdade absoluta, mas sim verdades diferentes para cada pessoa. Esse conceito é ambíguo, mas definitivamente já faz parte integrante da nossa cultura presente. Ele acredita que seja possível o relacionamento de pessoas com crenças e ideologias diferentes, sem que um tenha de sujeitar suas convicções ao domínio do outro. A idéia de converter alguém às suas próprias convicções é politicamente incorreto. A chave está na valorização da negociação e da cooperação em lugar de se tentar provar que se está certo ou errado.
O pluralismo religioso, por sua vez, prega o abandono da "arrogância" teológica do cristianismo, nega que exista verdade religiosa absoluta, e exalta a experiência religiosa individual como critério último para cada um. A idéia de cristãos tentarem converter pessoas de outra fé ao cristianismo é absurda. O tema da salvação em outras religiões foi discutido recentemente na Assembléia Geral do Concílio Mundial de Igrejas. O relatório apresentado trouxe debate considerável. As conversas se arrastam sem produzir qualquer progresso claro.
Uma consulta teológica sobre a salvação na Suíça patrocinada pelo CMI, composta por 25 teólogos, trouxe as seguintes conclusões:
1) Através da história, pessoas tem encontrado a Deus no contexto de várias religiões e culturas diferentes.
2) Todas as tradições religiosas são ambíguas (inclusive o cristianismo), isto é, uma combinação do que é bom e do que é ruim.
3) É necessário progredir além de uma teologia que confina a salvação a um compromisso pessoal explícito com Jesus Cristo.
Em algumas denominações o pluralismo tem sido proposto como filosofia oficial, como na Igreja Metodista Unida, dos Estados Unidos.
No momento, o ecumenismo religioso não vai indo bem. No último encontro do CMI, o assunto progrediu quase nada. O que agora estão pensando é cooperação em áreas sociais apenas, enquanto que cada religião mantém sua individualidade. Parece que o sonho de uma religião mundial única está acabando.
Ecumenismo Cristão
Este tipo de ecumenismo tenta a aproximação entre os grandes ramos da cristandade, ou seja, a Igreja Católica, a Igreja protestante, e a Ortodoxa, e entre os diversos ramos protestantes entre si. Algum progresso existe. A liderança da Igreja Episcopal e da Igreja luterana Evangélica na América concordou, depois de duas décadas de negociar, darem comunhão entre si, reconhecer os cleros e ordenar bispos em conjunto. Cada grupo retém sua autonomia. A liderança de oito denominações protestantes alcançaram acordo preliminar sobre as suas igrejas, formando uma "comunhão de convenção" na qual cada denominação iria, embora ainda autônoma, aceitar os ministros e sacramentos dos outros.
Os católicos romanos continuam dialogando bilateralmente com luterano, líderes da igreja Anglicana, e Ortodoxos em um esforço para achar solo teológico comum. Até mesmo algumas igrejas Pentecostal que tendem a ser anti-ecumênico parecem propensas para relações mais abertas. A Igreja Cristã (os Discípulos de Cristo, denominação americana com mais de 1 milhão) entrou para a história ecumênica de protestantes e católicos em sua Assembléia Geral em agosto elegendo Monsenhor Philip Morris, padre católico romano, como membro votante da sua Comissão Executiva.
Ecumenismo Evangélico
É a tentativa de aproximação entre igrejas evangélicas, a nível de cooperação em atividades evangelísticas e sócio-políticas, e mesmo de fusão organizacional. Por exemplo, a cooperação interdenominacional de igrejas e ministros--muitos dos quais não estariam interessados no ecumenismo cristão ou religioso - que se unem para patrocinar uma cruzada de Billy Graham. Vale lembrar que o número de denominações diferentes chegou a 22.000 em 1985 e continua crescendo a uma taxa de cinco novas todas as semanas. Muitas igrejas conservadoras permanecem opostas a esforços ecumênicos por causa da teologia liberal e da agenda de trabalho políticos dos conselhos nacionais e mundiais que geralmente estão por detrás destes esforços.
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Estudo Teológico da Teologia
EspiritualNossa reflexão é sobre identidade. Que nos identifica como cristãos, salvos, regenerados, nascidos de novo, tornados novas criaturas? Que convocação, chamada, temos da parte de Deus Pai que faz diferença no mundo em que vivemos e atuamos?