Capítulo 11

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O despertador toca loucamente pelo quarto, tento esticar o braço pra tacar aquela porra em algum lugar, mas estou presa. Um braço forte rodeia minha cintura me prendendo lo lugar.

Me viro um pouco e vejo William dormindo calmamente, agora eu sei porque ele se atrasa tanto. O despertador não parece causar nenhum efeito em seu sono, em seu rosto tem um sorrisinho. Sorrio também, era uma cena bem fofa. Seu nariz roça de leve nos meus cabelos como se quisesse sentir o meu perfume.

- Will.- digo baixinho, um pouco decepcionada por ter que acorda-lo, mas ele apenas murmura alguma coisa impossível de entender e me puxa mais para si. - William, você está me matando.- eu digo um pouco mais alto e sinto sua risada sobre meu cabelo.

- Bom dia.

- Bom dia bela adormecida.- rio.- A senhorita poderia me soltar? Ou acho que não vou sobreviver.- Ele ri e afrouxa o seu abraço, me levanto da cama, me alongando. William fica esticado na cama.

- Ainda ta cedo.- ele reclama.

- Eu preciso ir em casa, lembra? - ele bufa e levanta. - Vai se arrumar, vou pegar alguma coisa pra gente comer na cafeteria da esquina.- Ponho minha calça que vim no dia do cinema e o sutiã, depois novamente a camisa de William, eu estava ficando viciada naquele cheirinho gostoso dele. Desço e vou andando até la com calma, o local já estava um pouco cheio, me direciono para a bancada, vejo ali um rosto familiar. - Julliam?

- Oie.- ele sorri pra mim.

- Não está mais trabalhando na Cafeteria do centro?

- Não, aqui pagam melhor, além de ser menos movimentado, posso atender as pessoas com mais calma.- O garoto diz. Eu ia tanto na cafeteria onde ele trabalhava que acabamos virando amigos, nada romântico, afinal ele tinha 17 anos, ainda era menor de idade e eu em circunstancia nenhuma ficaria com um de menor. Mas ele era bom de papo.- E você? Está na casa do Sr. Jeksforld?

- Como você sabe?

- Me disseram que ele mora aqui muito próximo, não cheguei a vê-lo ainda, mas pelo que eu saiba, vem aqui sempre.- Conta.

- É, acho que sim.- olho o cardápio.- Pode me dar 2 Donuts e 2 cafés, por favor?

- É pra já Madame.- ele põe os dois copos na máquina de café.

- E as faculdades?

- Terminei de preencher os formulários semana passada.- Explica.- A escola vai envia-los amanhã.

- Que ótimo! Já escolheu o que vai fazer?

- Cinema. Quero ser animador.

- Que legal!- exclamo animada.- Então você desenha?

- Um pouco.- fala envergonhado.

- Por que um dia não me mostra seus desenhos? Podemos fazer um acordo.- digo pegando os dois cafés e a caixinha com os Dunets.- Quem sabe eu consigo te dar um emprego na Jane na área do marketing? Isso ia te ajudar bastante na carreira.

- Sério? Isso ia ser muito foda.- ele sorri animado.

- Liga pra esse número e marca uma hora, te dou um teste.

- Wou, muito obrigado. - ele parece pular de alegria. Sorrio, o garoto merece, soube que ele tem muitos problemas em casa, mas estuda e trabalha com uma dedicação invejável, e sempre sorrindo. Lhe entrego um cartãozinho. Ele pega, mas não parece mais olhar pra mim, e sim para atrás de mim. Uma mão passa pela minha cintura de forma possessiva.

- Que demora.- ouço a voz tão conhecida reclamar.

- Acabei me distraindo.- lhe digo.- Não esquece, ok?- e vou e direção ao caixa com Will em minha cola.

Amor & ÓdioOnde histórias criam vida. Descubra agora