Amor Clandestino

Capítulo 11 - Último

Capítulo 11 - Último

Um ano mais tarde

-Um brinde! — Gaara caminhou em volta da sala, encostando todos os copos de champanhe ao seu, fazendo-os tilintar, e segurando a garrafa com a bebida borbulhante. — Não, não, amor, nada para você — disse, sorrindo, colocando a garrafa de champanhe sobre a mesa, e oferecendo um copo de ponche de frutas para Ino, que se sentava ali perto. Antes de se aprumar de novo, beijou-a na testa, dando um tapinha amoroso no seu enorme ventre de grávida.

Ino estava tão grande agora que se sentia prestes a explodir. Entretanto, seu marido dava a impressão de adorá-la assim mesmo, quando parecia uma bola de futebol. Gaara ficava deitado na cama de noite, acariciando o ventre enorme, e conversando com o bebê que crescia lá dentro.
E sempre que Ino se queixava da própria aparência de grávida, de seu andar bamboleante de pata desengonçada ou de sua incapacidade para encontrar roupas que fossem bonitas e caíssem bem, Gaara se apressava em dizer como estava linda, lembrando que em breve, agora muito em breve de verdade, já que estava passando do prazo calculado pelo médico para dar à luz, teriam um bebê adorável, menino ou menina, que compensaria todos os nove meses de desconforto.
E, na verdade, Ino mal conseguia esperar pelo nascimento da criança. Estava com medo, nervosa e ansiosa, tudo ao mesmo tempo, mas também feliz e animada.
O bebê seria um tributo vivo ao seu amor por Gaara e vice-versa. Com sorte herdaria dos pais as qualidades de cada um e o melhor de seus temperamentos.
Ino e Gaara estava casados havia menos de um ano e, como Gaara tinha previsto, a imprensa se deliciara quando seu noivado fora anunciado. Entretanto, ele se enganara a respeito de o relacionamento provocar um escândalo e maledicência.
Os jornais e as revistas de mexericos sem dúvida haviam feito de tudo para tornar o acontecimento algo sensacional. Afinal, Gaara e Ino eram irmãos de criação e haviam morado juntos com a família por muitos anos. Entretanto, todos estavam cientes de que eram aparentados apenas pelo casamento de Inoue e Rasa, não havendo nenhum laço de sangue entre eles. Então toda a história se transformara no conto de fadas que tal relacionamento acabara sendo. E o sensacionalismo maldoso não teve vez, desaparecendo mesmo antes de começar nos noticiários, superado pela magia e o romance.
Além disso, francamente, os Sabaku's estavam habituados com as histórias que publicavam a seu respeito, pois provocavam sensação com regularidade. E desde que a ilegalidade do casamento de Rasa e Inoue viera à tona, haviam ficado ainda mais em evidência.
Mas nesse dia era justamente a festa do casamento de Inoue e Rasa, e era a isso que Gaara estava brindando.
Ino recordou o próprio casamento, que fora lindo, embora organizado às pressas porque Gaara não queria esperar demais. E fora na lua de mel que Ino engravidara, para surpresa e alegria de toda a família. Nesse momento, tudo que desejava era ver a carinha de seu filho ou filha, quando se decidisse a fazer sua aparição tão esperada.

— Para papai e Inoue — continuou Gaara, fazendo Ino retornar ao momento presente enquanto ele erguia o copo e elevava a voz. — Que continuem tão felizes como já são neste instante, e que este casamento seja válido, legal e que dure para sempre.

Risadas ecoaram pela sala, todos cientes das circunstâncias que permeavam o evento desse dia.
O pai biológico de Ino, Inoichi Yamanaka, fora enviado à prisão por extorsão e chantagem, graças à pronta ação de Rasa e de seus filhos, que se apressaram a preservar o bom nome dos Sabaku's e a reputação da família. Graças a esses fatos, Inoichi não se recusara a dar logo o divórcio para Inoue, a fim de não se complicar mais com a justiça.
Assim que o divórcio foi promulgado, Rasa e Inoue começaram a planejar o segundo casamento, no qual seus votos seriam apenas confirmados, mas, por fim, de maneira verdadeiramente legal.
Tratava-se de um dos acontecimentos mais comentados da temporada em Sioux Falls, superando até a sensação do enlace de Gaara e Ino, e todas as pessoas importantes e menos importantes da Dakota do Sul haviam desejado comparecer.
Porém Inoue è Rasa não quiseram um casamento grandioso ou luxuoso, em especial com tudo que já havia acontecido, desde a fuga dela, sua volta, a verdade sobre o primeiro marido ainda vivo e, por fim, o divórcio e o enlace legal.
Então haviam reduzido a lista de convidados incluindo apenas a família e alguns amigos muito íntimos para a recepção após a cerimônia. No momento, estavam na festa que fora organizada apenas para os parentes, que se reuniam em um jantar particular e íntimo.
Sasori e Konan estavam ali, é claro, com seu filho de 6 meses de idade, Nagato. O bebê era a coisinha mais adorável que Ino já vira, e mal podia esperar para embalar sua própria criança nos joelhos e vesti-la com as roupinhas mais lindas.
Temari e Shikamaru também esperavam um filho, e dividiam seu tempo entre a casa na Nova Zelândia e a mansão dos Sabaku's para que Shikadai, já com 9 meses, pudesse crescer tendo intimidade com o avô e os primos.
Naruto e Hinata também tinham voado da Austrália para a ocasião, e já tinham dado a entender que pretendiam ter um filho muito em breve também.