Doce Vingadora-56

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Nathy Stark

O impacto do meu corpo contra o armário me causou dor e ainda me fez cair no chão.

-Tem algo muito estranho comigo! -Peter exclama assustado-

-É, eu percebi! -digo  levantando, totalmente dolorida-

Com sorte, consegui me levantar. O encarei e realmente, ele estava esquisito.

-Desculpe por isso -pediu me revisando- Desde o dia em que você viu o Homem-Aranha venho me sentindo mal-

-Mal? -questionei com a testa franzida-

Reparei que os estudantes se aglomeraram ao nosso redor, gritavam como loucos. Pitt também pareceu perceber, pois me puxou pela mão e rapidamente, nos afastamos da bagunça.

-É, no sentido literal da palavra! Olha, eu mudei com a tia May, com o Ned, com seu pai, e agora, te joguei no armário -explicou angustiado-

Me aproximei dele com a intenção de investigar sua cabeça, mas pelo reflexo apurado, Peter recusou meu toque.
Novamente, fui pressionada em uma parede, mas desta vez, com mais força.

-Foi mal, docinho -diz sombrio- Você é uma menina muito curiosa -sua voz está rouca e causa calafrios- Não se meta no meu caminho! -ainda me segurando contra a parede, ele me solta com tudo no chão-

-P-Peter, sou eu -gaguejo nervosa- Por que está me machucando? -pergunto sentindo meus olhos marejados- Esse não é você! -acusei me irritando-

Não pode ser ele, Pitt é um menino doce. Talvez a pessoa mais amável que eu já conheci. Impossível ele me machucar.

-Tem razão, não sou seu amigo -revela o monstro-

Sim, é um monstro no corpo de Peter. Pude sentir a simbiose e agora, posso comprovar com a criatura que está na minha frente, faminta e pronta pra me devorar!

-Calma, por favor -peço com as mãos em frente ao meu rosto-

Não entendo como esse corredor está vazio. Onde foram aquelas pessoas intrometidas?!

-Eu gostei de você -a criatura se aproxima sorrindo- Não acho necessário matá-la, mas estou com fome -continua dizendo enquanto mantém o estúpido sorriso em seu rosto estranho-

O monstro, ou criatura, ou alienígena, parece ser feito de uma gosma preta. É bem alto (a) e sua língua é bem maior que sua boca! É assustador demais e esse pensamento me deixou com mais medo de olhar.

-É, eu sou um alienígena -arregalei os olhos- Sim, posso ler mentes -sorri como sempre-

Reviro os olhos. Por que esse bicho é tão risonho? Será que ele não percebe que está me assustando?!

-Acho que consegue saber que está me irritando -tomo coragem- Deixe o Peter em paz! -mandei nervosa-

-Não ouse mandar em mim, garota -se aproxima e eu recuo- Quem você pensa que é para dar ordens a mim? -perguntou com aquela cara, que incrivelmente, não me aterroriza mais, até que é  bonitinho-

-E quem é você? -interroguei sarcástica-

-Eu e seu amigo, você quis dizer -sorri me olhando- Nós somos Venom! -tenta passar sua língua em meu rosto, mas é interrompido por mim-

-Um prazer conhecê-lo, Venom -digo usando telecinese- Se não sair do corpo do meu amigo, eu não terei dó de você -afirmo decidida-

-Deve saber que se eu morrer, o babaca aqui morre também -meu coração se aperta ao ouvir suas palavras-

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