Cap 2 - Wiltt, o rato dos mares

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Era tarde da madrugada.

- O navio está se movendo.
Disse Liang trancado em uma das celas que eram colocados os piratas que ousavam combater o pirata chefe do navio.

Escuta-se o assobiar do vento batendo suavemente na lateral da embarcação de madeira velha e úmida, gotas pingam devagar do teto trazendo umidade, lodo e cogumelos no piso.

Ouvia-se também os passos acima da cela, talvez dos criados de bordo que eram recém chegados na tripulação e que faziam muitos trabalhos sem tanta importância à fim de conseguir força, resistência corporal e confiança do seu Capitão.

- Psiu. Ei carinha, vc tá bem?

Liang desperta de seus pensamentos e vê um homem sentado na beira das grades na cela da frente.

É um homem com roupa de pirata surrada, o cheiro de animais mortos que exala dele é embrulhante, parecia que ele já estava morto e não sabia, continua a falar a tal criatura.

- Perguntei se vc está bem.
Disse-lhe enquanto tirava um relógio de bolso da calça

- Olha que horas são! Já está na hora da janta.
Ele se levanta e bate um prato de ferro nas grades fazendo um barulho fino aos ouvidos enquanto grita diversas vezes seguidas que não era justo que ele passasse fome.

- Cale a boca rato sujo do mar!.

*bradou um dos imediatos que alimentavam os prisioneiros*

- Vc traiu seus companheiros de navegação por meros trocados e quer falar de justiça? Tivesse pensado nisso antes de tentar saquear o navio de nosso Capitão Sir francix.

O prisioneiro sussurando para Liang ignorando a presença do imediato aconselha:
- Não confie nele.

O imediato imediatamente nota a presença de Liang, surpreso ele questiona quem seria ele.

- Eu me chamo Liang preciso sair daqui e voltar ao Porto de Mificity

O sujeito ri junto com o prisioneiro da frente e ao se virar ignorando completamente o jovem se vira e comenta com o outro:
- Seu amigo?

- Por 4 moedas de prata digo tudo que sei sobre ele.
*o prisioneiro tem em uma das mãos cortes na palma e os dedos tem deformidades que torna espectral aquele homem, ele estica e pede as moedas novamente*.

- Ele não sabe de nada!. Berra Liang de pé colado nas grades.

- Pelo visto ele não é seu amigo, já o considero uma boa pessoa por não ser. Imediato diz

- Traidor! Eu iria pegar a chave dele e abrir a cela, pois ele seria facilmente derrubado graças a esses bracinhos finos que ele tem.

- Hahaha vc? Me derrubar?.
*O imediato faz uma cara subestimando o rapaz e se aproximando mais ainda da cela dele*

Liang só observa, mas sabe o que vai acontecer.

O prisioneiro se afasta pro canto da jaula e pega um punhal artesanal feito  de ferro da lateral dos coxos e musgo seco, se prepara e esconde o punhal atrás das costas.

Morte? varias vezes pra sempre (1ā Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora