Capítulo 4.

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Boryenko acorda, percebendo que a mulher já havia saído da sua casa. O homem levanta da sua cama, com certa dificuldade. Seu corpo doía, como se ele houvesse participado de uma guerra. Vai até o banheiro. Já nu, segura em mãos seu membro, ereto, totalmente grudento, na frente do vaso sanitário. Borys ainda estava sonolênto, mas ainda assim entrou na ducha, ligando o chuveiro, que fez a água fria cair sobre seu corpo, lhe dando um choque de realidade e lhe acordando. O homem fez sua higiene como sempre e saio do banheiro, molhando todo o quarto. Foi até seu guarda roupa e afastou todas as roupas dos cabides, tendo a visão de seu cofre, digitou uns números e abriu. Borys por um segundo parou ali na frente, se perguntando se em algum momento ele teria uma rotina diferente da de sempre. Esticou o braço para dentro do corre e notou suas veias verdes, quase gritando para serem hidratadas. O homem tirou uma bolsa com um líquido branco, quase transparente dentro. Furou com sua própria unha e foi até a cama, bebendo o líquido e se sentou nela. O soro que ele estava bebendo tinha todos os componentes presentes no sangue humano. Boryenko jamais bebeu sangue humano em sua vida, e precisava beber sangue de animal, mas em certo momento da sua vida ele se cansou de caçar e foi atrás de alguém que o ajudasse. Ele conheceu um jovem cientista, que já tinha feito esse soro para outros vampiros e lhe ensinou. Desce então, Borys só sacia sua sede de sangue com esse soro, mas por sorte não precisava ficar independente, já a sua metade humana lhe dava o prazer de se alimentar como qualquer outra pessoa.

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Morgana, após notar a bagunça que estava seu banheiro, foi até a sua cama novamente e se sentou na quina, colocando as mãos sob ela e pegando uma garrafa da bebida mais forte que ela conhecia. Como ela era elfo, não ficava bêbada tão fácil, mas essa bebida acelerava todo o processo, a deixando perturbada. Ela estava cansada de ter que limpar as sujeiras do seu lado negro e queria acabar com isso. Bebeu a garrafa toda e começou a sentir que novamente o seu lado obscuro queria dominar seu corpo. Mor estava quase se deixando ser dominada, até que lembrou que passou toda sua vida tentando controlar isso e agora não poderia se entregar. A mulher botou seus dois dedos na garganta, forçando o vômito, que não demorou pra tirar do seu estômago toda aquela bebida. Ela vomitou tudo no chão e apenas limpo a boca, deixando o quarto em seguida. Mor completamente descabelada, caminhou pela rua, descalça, com apenas o celular em mãos.

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_ Por que você foi embora? -Perguntou Clark, sentindo a boca de Sukhon molhando seu cacete.

Suk levou uma de suas mãos até a boca do jovem, o calando. Péssima hora para fazer essa pergunta. Suk raspou seus dentes pelo caralho do Clark, fazendo ele se arrepiar e contorcer seu corpo pelo chão. O mais velho abriu as pernas do garoto e firmemente puxou o jovem até ele, encostando seu cacete ao dele. Cuspiu na mão e passou pelo em seu membro, penetrando ele em seguida no garoto que gemeu o nome do homem. Clark passou suas mãos pelas costas do maior, trazendo ele para si e ajudando ele em seus movimentos. Os gemidos do jovem, eram finos, chegando a serem chatos de escutar quando soados muito, mas Suk não se incomodava, contanto que ele estivesse matando a saudades daquele corpo que um dia já foi seu. Sem perceber, Suk havia jogado a calça do jovem em cima do vidro onde havia a poção que o tornava visível para quem quisesse procurar ele. Em meio a um gemido alto o vidro cai, sem poder ser ser ouvido por nenhum dos dois, que continuavam a sentirem o calor dos seus corpos.

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Boryenko terminou de beber o soro e pegou uma roupa, se vestido e saindo em seguida. O homem estava cansado de ter que deixar de fazer as tarefas diárias, por conta da sua sede por sangue. Há dois anos ele não faz mais cirurgias, já que não consegue se controlar na sala cirúrgica. Borys então lembra do mago mais procurado. A história do mago circulava por todo mundo, entre os seres mágicos. Então o homem decidiu procurar ele, mesmo sabendo que nenhuma outra pessoa jamais havia conseguido achá-lo.
Morgana, decepcionada por não conseguir ser a dona do seu próprio corpo, tenta fazer o mesmo que Boryenko, e decide procurar o Sukhon. A mulher começa a andar, até um ponto de ônibus lotado, e se senta no banco, esperando a condução. Para tentar disfarçar seu estado deplorável, Mor arruma seu cabelo e passa a mão no rosto, limpando. Por mais distante que pudesse ser, um ser de mágia sempre conseguia encontrar o outro, apenas sendo guiado por uma força maior. Os dois, em cidades separadas e com vidas diferentes, vão ao mesmo destino.
Morgana sem família e Boryenko tendo que ficar longe da única pessoa que ele tinha, só para não vê-la morrer, como seu pai. Os dois, em lugares diferentes, parados em um ponto de ônibus, olhando para o nada e se perguntando se eles conseguiriam encontrar o mago desta vez sem interrupções. Todos passavam por eles, os notando como pessoas normais, sem se questionarem o que eles tinham de diferente de si. Horas depois os ônibus de ambos chegaram. Mor, e Borys, subiram e se sentaram, achando que seria uma longa viagem, mas o que eles não sabiam era que o Sukhon morava mais perto do que eles imaginavam.
Suk, sem imaginar que receberia visitas, continuou a penetra Wal, que girou o homem, acima dele, para o chão, subindo no mesmo e tomando total controle. O jovem cavalgava sobre o Suk, fazendo o som ser ouvido pelos vizinhos, que ainda estavam deitados em suas camas, tomando coragem para começarem mais um dia. Era cedo, o céu nublado, com uma ventania agradável, mas três pessoas já aproveitavam o dia como se ele fosse seu último.
Os ônibus chegaram ao seu respectivo destino. Ambos passageiros desceram, cada qual da sua locomoção e sem perceberem acabaram se esbarrando.

_ Nossa, que fedor. - Boryenko se espanta com Morgana e põe a mão tapando o nariz, sem disfarçar.

_ Não enche, patife. Sai do meu caminho. - Morgana empurra o homem e começa a seguir seu curso.

O homem olhando para o chão também começa a caminhar. Os dois em passos rápidos atravessam a rua, sem notarem que estavam próximos. A casa do Sukhon era perto do ponto de ônibus. A rua estava sem ninguém além deles dois, todos ainda não haviam saído de casa, por conta do clima frio e da hora, cedo. Pingos de chuva começam a cair, sem apressarem os dois, que ainda andavam devagar, chegando assim até a casa do Suk. A porta estourada, tudo completamente sujo e Walter em cima de Sukhon, no chão. Morgana, lado à lado com Boryenko, se assustam com aquela bagunça e começam a avaliar tudo, percebendo que se esbarraram novamente.

_ Você aqui? -Diz ambos, apontando um para o outro.

Interrompendo o encontro deles, soa um gemido pela sala, fazendo eles entrarem enciumados. Morgana grita ao ver o que estava acontecendo no chão da sala. Boryenko pula na frente da mulher, botando a mão atrás da cabeça dela e a puxando para si. Sua altura exagerada, comparada a dela, fez o rosto da mulher ficar em seu peito, enquanto ele afagava seu cabelo com as mãos, gritando por respostas sobre o que estava acontecendo ali.

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⏰ Última atualização: Jul 29, 2019 ⏰

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