TWO

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Hey, babies! Como estão?

Essa é minha primeira long fic Camren de fato e espero que vocês gostem. Por mais que eu já tenha escrito sobre o casal, nunca me aprofundei o bastante pois as histórias se resumiam à one shots e casal secundário de fic semi (quem me acompanha sabe).

Sem mais delongas, conheçam nossa Camila Cabello de Lurk.

Boa leitura.

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CAMILA'S POV

Dor foi a primeira coisa que senti.

Minha cabeça parecia estar sendo esmagada de cima para baixo e das laterais para o centro, espremendo meu cérebro à medida que ele ganhava consciência.

Me encolhi entre as cobertas e apertei ainda mais os olhos na inútil tentativa de fazer aquela dor absurda passar, mas apenas consegui perceber outras sensações que me confirmavam a terrível ressaca: boca seca e estômago completamente embrulhado.

Choraminguei, tentando encontrar uma posição que me deixasse mais confortável, mas quanto mais consciência ganhava, mais forte os sintomas ficavam.

Arrisquei deitar as costas no colchão e me arrependi no momento que senti a dureza das molas. A coberta que cobria meu corpo fazia a pele de meu braço pinicar e o cheiro inconfundível de nicotina rapidamente invadiu minhas narinas.

Ainda sem conseguir abrir os olhos, franzi o cenho para aquelas sensações que me fizeram questionar o que acontecera na noite passada. Lembrava-me dos flashes, da gritaria, da música alta e então bebida. Bastante bebida.

Quanto mais eu tentava me lembrar, mais minha cabeça doía. Levei minhas mãos até minhas têmporas e as massageei devagar, a fim de aliviar as marteladas. Depois do álcool, tudo não passou de um borrão. Apenas o sonho com o par de esmeraldas ainda estava fresco em minha memória.

– Tem aspirina e uma garrafa d'água no criado mudo à sua esquerda.

A impressão era de que meu coração havia parado ao som da voz rouca. Meus olhos estalaram abertos, encarando o teto amarelado com marcas de infiltração. Aquilo definitivamente não era bom. Sentei na cama em um salto e minha cabeça girou, fazendo-me espalmar as mãos no colchão e fechar os olhos com força para recuperar o equilíbrio. Quando tornei a abrir os olhos, foi a vez de meus pulmões pararem.

– Droga... – Minha voz saiu baixa quando meus olhos bateram de frente com os verdes. – Isso não pode ser real. – Voltei a fechar os olhos apertados, suplicando acordar daquele pesadelo. – Acorda. Acorda.

– Camila? – A voz rouca soou outra vez e constatei que eu estava ferrada. – Está tudo bem?

– Merda... – Joguei minhas pernas para fora da cama e precisei de cinco segundos para me equilibrar sobre elas. – Merda, merda, merda.

Cambaleei até a janela, olhando através do vidro. A sensação de alívio encheu meu peito quando vi apenas a movimentação de carros na rodovia, mas meu corpo ainda tremia. Girei sobre os calcanhares para encarar a personificação do fim da minha vida praticamente deitada no que parecia ser uma poltrona erótica. Ela parecia confusa, assim como na lembrança de meu sonho. As sobrancelhas grossas estavam franzidas, mas sua postura estava relaxada e, pelo pouco que eu conhecia de linguagem corporal, ela estava intrigada.

– Hn. – Limpei a garganta. – Laura, certo?

A mulher estreitou os olhos e sentou-se corretamente no estofado de couro.

– Lauren. – Corrigiu, juntando as mãos entre os joelhos.

– Certo, Lauren. – Repeti seu nome certo, sentindo meu coração disparado pela possível resposta da pergunta que eu faria. – Você disse à alguém que estou aqui?

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