Capítulo VII

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Acordei no dia seguinte atrasado junto com Rony e corremos desesperados para a nossa primeira aula, que era transfiguração com a professora McGonagall. Ao entrarmos na sala estavam todos de cabeças baixas escrevendo nos pergaminhos e todos caminharam o olhar até Rony e eu que abrimos a porta com força.

- Ufa! Ainda bem que ela não está aqui. Já pensou como estaria a cara da Minerva se visse isso? - Disse Rony.

Ao terminar a frase, o gato que estava sobre a mesa saltou e assumiu a forma da professora McGonagall. Ela parou na nossa frente e Rony ficou boquiaberto e quase sem ter o que falar, ele apenas disse:

- Senhora, isso foi incrível.

- Que bom que gostou, Sr. Weasley. Acho que eu terei que transfigurar um de vocês em um despertador para que não cheguem atrasados da próxima. - Falou nos olhando séria.

- Nos perdemos, senhora. - Falou Rony.

- Ou quem sabe um mapa? Precisam de um para encontrar o lugar de vocês?

Nos sentamos e, como reflexo, acabei olhando para Draco que olhava para mim com uma cara um tanto quanto chateada e enojada. Eu não entendia o porquê dele estar agindo diferente e nem menos o porquê dele tratar Rony mal. Ao decorrer da aula eu recebi um bilhete de Draco dizendo que queria falar comigo, mas não especificou onde e nem quando. Ao julgar que ele teria aula também, imaginei que ele iria conversar no jantar. Ao sair da sala senti um puxão para dentro da sala novamente e quando vi era Draco. Esperamos o pessoal sair da sala e ficarmos a sós para conversar.

- Precisamos ser rápidos. Tem alunos vindo logo mais e Minerva também vai voltar. - Eu disse. - O que houve?

- Harry, eu te devo desculpas por ontem.

- Sim. Você deve mais ainda a Rony.

- Harry...

- O que, Draco?

- Eu...

- Você... ?

- Não posso pedir desculpas para o Weasley.

- Por que não? É por conta de Zabinni?

- Não. É complicado.

- Tudo bem. Até a próxima, Malfoy.

Ao me virar de costas para sair, eu senti Draco segurar a minha mão e me abraçar por trás.

- O que você está fazendo? - Perguntei confuso.

- Eu só queria te dar um abraço. Vaza, Potter. Antes que eu quebre a sua cara.

Não dando muita atenção, fui embora mesmo. Ao me encontrar com os meninos na sala de poções notei Draco entrando assim que eu entrei na porta. O meu sangue subiu no mesmo instante de ódio. Assim que ele se sentou, o Professor Snape chegou fazendo a sala inteira ficar em silêncio.

- Harry, esse era o professor que não parava de olhar você quando seu nome foi chamado na hora do chapéu seletor e quando subiu para o banco. - Sussurrou Hermione.

- Algum problema, Srta. Granger? - Perguntou Snape com a sua voz grossa e assustadoramente calma.

- Não, senhor. Desculpe me.

- Não permito brincadeiras com varinhas e nem feitiços idiotas nesta aula. - Falou ele olhando para a sala. - Pois bem. Eu espero que muitos de vocês apreciem a ciência sutil e a delicadeza de se fazer uma poção. Porém para poucos aqueles que não estão dispostos a aprender, eu posso ensinar a como enfeitiçar a mente e confundir os sentidos. Eu posso ensinar a como engarrafar a fama, cozinhar a glória e até por um fim na morte. Com tudo, alguns de vocês vieram a Hogwarts com habilidades tão formidáveis que se sintam confiantes o bastante para não prestarem atenção. - Ao término da frase, senti Hermione cutucar o meu ombro e voltar a atenção a aula, pois eu estava escrevendo tudo o que ele estava falando sobre coinhar tal coisa, engarrafar outra. - Sr. Potter, nossa nova celebridade. Diga-me, o que eu teria se misturasse raiz de asfódelo a uma infusão de losna?

Drarry: A Pedra Filosofal (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora