Acordei no dia seguinte atrasado junto com Rony e corremos desesperados para a nossa primeira aula, que era transfiguração com a professora McGonagall. Ao entrarmos na sala estavam todos de cabeças baixas escrevendo nos pergaminhos e todos caminharam o olhar até Rony e eu que abrimos a porta com força.
- Ufa! Ainda bem que ela não está aqui. Já pensou como estaria a cara da Minerva se visse isso? - Disse Rony.
Ao terminar a frase, o gato que estava sobre a mesa saltou e assumiu a forma da professora McGonagall. Ela parou na nossa frente e Rony ficou boquiaberto e quase sem ter o que falar, ele apenas disse:
- Senhora, isso foi incrível.
- Que bom que gostou, Sr. Weasley. Acho que eu terei que transfigurar um de vocês em um despertador para que não cheguem atrasados da próxima. - Falou nos olhando séria.
- Nos perdemos, senhora. - Falou Rony.
- Ou quem sabe um mapa? Precisam de um para encontrar o lugar de vocês?
Nos sentamos e, como reflexo, acabei olhando para Draco que olhava para mim com uma cara um tanto quanto chateada e enojada. Eu não entendia o porquê dele estar agindo diferente e nem menos o porquê dele tratar Rony mal. Ao decorrer da aula eu recebi um bilhete de Draco dizendo que queria falar comigo, mas não especificou onde e nem quando. Ao julgar que ele teria aula também, imaginei que ele iria conversar no jantar. Ao sair da sala senti um puxão para dentro da sala novamente e quando vi era Draco. Esperamos o pessoal sair da sala e ficarmos a sós para conversar.
- Precisamos ser rápidos. Tem alunos vindo logo mais e Minerva também vai voltar. - Eu disse. - O que houve?
- Harry, eu te devo desculpas por ontem.
- Sim. Você deve mais ainda a Rony.
- Harry...
- O que, Draco?
- Eu...
- Você... ?
- Não posso pedir desculpas para o Weasley.
- Por que não? É por conta de Zabinni?
- Não. É complicado.
- Tudo bem. Até a próxima, Malfoy.
Ao me virar de costas para sair, eu senti Draco segurar a minha mão e me abraçar por trás.
- O que você está fazendo? - Perguntei confuso.
- Eu só queria te dar um abraço. Vaza, Potter. Antes que eu quebre a sua cara.
Não dando muita atenção, fui embora mesmo. Ao me encontrar com os meninos na sala de poções notei Draco entrando assim que eu entrei na porta. O meu sangue subiu no mesmo instante de ódio. Assim que ele se sentou, o Professor Snape chegou fazendo a sala inteira ficar em silêncio.
- Harry, esse era o professor que não parava de olhar você quando seu nome foi chamado na hora do chapéu seletor e quando subiu para o banco. - Sussurrou Hermione.
- Algum problema, Srta. Granger? - Perguntou Snape com a sua voz grossa e assustadoramente calma.
- Não, senhor. Desculpe me.
- Não permito brincadeiras com varinhas e nem feitiços idiotas nesta aula. - Falou ele olhando para a sala. - Pois bem. Eu espero que muitos de vocês apreciem a ciência sutil e a delicadeza de se fazer uma poção. Porém para poucos aqueles que não estão dispostos a aprender, eu posso ensinar a como enfeitiçar a mente e confundir os sentidos. Eu posso ensinar a como engarrafar a fama, cozinhar a glória e até por um fim na morte. Com tudo, alguns de vocês vieram a Hogwarts com habilidades tão formidáveis que se sintam confiantes o bastante para não prestarem atenção. - Ao término da frase, senti Hermione cutucar o meu ombro e voltar a atenção a aula, pois eu estava escrevendo tudo o que ele estava falando sobre coinhar tal coisa, engarrafar outra. - Sr. Potter, nossa nova celebridade. Diga-me, o que eu teria se misturasse raiz de asfódelo a uma infusão de losna?
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Drarry: A Pedra Filosofal (Livro 1)
RomansaHarry Potter, conhecido como ''O Garoto Que Sobreviveu", teve seus pais mortos pelo temido bruxo Lorde Voldemort. Após a morte de seus pais, Dumbledore decidiu que, como moradia secundária, os Dursley seriam uma ótima opção. Harry cresceu sem conhec...