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urrea

Acordei enrolado aos lençóis com Madison apoiada ao meu peitoral, direcionei o meu olhar para o teto e repeti para mim mesmo o tamanho da merda que eu havia feito

- No que está pensando? - Madison pergunta sonolenta

- Nada

- Não pense que esqueci o que aconteceu ontem a noite

- E por que ainda está aqui? - Pergunto, não faz sentido, chamei o nome de Sina, isso não era humilhante demais?

- Porque eu te perdoo - Ela diz se levantando e me dando um selinho

- Precisamos ir para aula

- Vamos ficar mais um pouco, podemos matar aula, você gosta de garotas más não é?

- Não tente ser como Sina, é patético - Digo e ela se levanta bufando vestindo sua roupa e batendo forte a porta do meu quarto, sento em minha cama passando a mão pelos cabelos, era isso que Sina queria, eu estava caindo em sua armadilha pouco a pouco

[...]

Termino de vestir a gravata do uniforme, e respiro fundo antes de sair do quarto, abro a porta e me deparo com o corredor já cheio de alunos indo para suas aulas, consigo ver Sabina e Josh conversando na grama, Heyoon e Hina rindo, Bailey e Lamar jogando algo, mas como sempre, onde está Sina Deinert?

Ela está diferente, algo nela mudou, não me referia a trança lateral em seu cabelo braco, ou no seu cordão que não tinha mais um floco de neve, mas sim uma fogueira, foi nesse momento que eu tive a certeza, ela tinha ouvido eu chamar seu nome na noite interior, eu estava cada vez mais entregue a ela, seu olhar encontrou o meu e eu soube mais ainda, eu não tinha para onde fugir, eu tinha despertado uma fera

- Ainda nessa amigão - Bailey fala pondo a mão sobre meu ombro

- O que? Você deveria me odiar ou coisa do tipo - Ele ri

- Águas passadas, e acredito que você tenha um problema maior - Ele diz apontando a cabeça para Sina que conversava com Joalin

- Estou comendo o pão que o diabo amassou

- Exato - Ele diz sorrindo - Sina amassou o pão e te deu para comer, e você está caindo como um passarinho

- E é possível não cair?

- Na verdade não, quando ela quer, ela consegue, e ela quer você - Ele faz uma pausa - Entre no jogo dela, seja o garoto mau, esteja a altura dela

- Por que está me ajudando?

- Minha mãe me ensinou a ajudar almas desesperadas - Ele diz andando de volta para onde estava, ouço o sinal tocar e vou em direção a minha sala, continuo andando e sinto uma mão leve sobre meu ombro, quando me virei, o esverdeado de seus olhos estavam diferentes, ela parecia mais confiante, mais forte, e seu sorriso presunçoso era tão excitante

- Amanhã às três estarei no seu quarto para ter o prazer de te ensinar sobre a história da escola - Ela diz e eu percebo que está era a sua oportunidade perfeita, entre no jogo Noah

- Creio que será uma tarde muito proveitosa - Me aproximo de seu ouvido - O prazer é todo meu

Eu senti isso Deinert, senti seu corpo reagir, senti seus pelos se arrepiarem, eu tenho efeito sobre você

Entrei na sala e sentei na cadeira do fundo, Sina se sentou a minha direita e seu sorriso presunçoso estava grudado ao seu rosto

De vez em quando ela pousava a mão sobre sua coxa, mexia o pescoço, atos tão pequenos que me faziam imaginar tantas coisas, pelo anjo, a aula não acabava

- Professor posso ir beber água ? - Pergunto e ele assente, me levanto e saio da sala seguindo pelo corredor vazio, chego ao lugar perto do bebedouro e encosto minha cabeça na parede deixando todo meu ar sair, logo, escuto o barulho dos saltos estridentes, conhecia esse som

- Está se sentindo bem? - Sina me pergunta inocente

- Por que o interesse? - Pergunto fazendo pouco caso e ela fica calada, bingo - Não acho certo que você fique me espionando

- Eu? - Ela ri

- Você, foi no meu quarto ontem a noite

- Se tem tanta certeza - Ela diz indiferente, mas que merda Deinert, alguém tem que ceder a isso, meu corpo todo latejava nesse momento

- Por que foi lá?

- Por que o interesse? - Retruca se aproximando

- O que você ouviu?

- Você sabe o que eu ouvi

- Apenas um engano

- Claro Urrea - Meu sobrenome ficava tão excitante em sua fala que só queria rasgar sua roupa ali mesmo - Você queria que ali fosse eu - Ela fala diminuindo o espaço entre nós - Queria que fosse eu que estivesse arranhando seu abdômen, queria que fosse minha boca ali, queria que fosse meu corpo ali - Ela diz e sinto algo responder em meu corpo, ela parece satisfeita

- Basta apenas um passo em falso e você será meu - Ela diz convencida

- Se tem tanta certeza

- E não deveria?

- Me diga você, deveria?

- Está tentando entrar no meu jogo Urrea?

- Eu já entrei Deinert, e não se engane, sei o efeito que causo em você - Falo com a voz rouca - Você será minha

- É o que veremos, não se esqueça da nossa aula amanhã - Ela diz me deixando sozinho

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vocês querem que noart aconteça logo ou preferem que essa tensão sexual continue mais?

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