Garota Insuportável

Bêbada parte 2 ( por: Brian)

Ao terminar nossa segunda dança Anne já partiu para outra cerveja.

- Ei garoto - ela olhava fixamente para o mim, aliás ela sempre fazia aquilo- seu cabelo... hm... está pegando fogo - sua observação fez-me rir e ela ficou com cara de boba e isso a deixava linda.

Anne dançava descontroladamente por vez arrastando um e outro consigo, Mike e Dom amigos de Daniel a acompanhava na bebedeira que estava tomando rumos impensáveis pois Anne encontrou um Xbox onde não perdeu tempo de conectar - exceto pelo fato de não conseguir encaixar na tomada por estar tonta - então os três beberrões se desafiaram jogando Zumba - vai por mim, não é tão fácil - era uma missão não rir do trio que se remechia e falhavam em tentar seguir corretamente a coreografia.

Por fim minha princesa se cansou e se jogou no sofá encarando o teto,  quanto mais me aproximava notei uma expressão triste em seu lindo rosto. Exitei em toca-la e me permiti apenas a adimira-la.

- Tudo bem Anne ?- assim que as palavras saíram da minha boca uma única e solitária lágrima caiu de seus olhos antes que tampasse o rosto com as mãos - calma - minha preocupação era visível mesmo contra minha vontade.

- Me leve para o quarto por favor - sua voz era um sussurro que tive um pouco de dificuldade para decifrar.

Peguei Anne no colo e com suas instruções cheguei a um quarto grande com uma cama de casal onde a coloquei sentada, ela mantinha os olhos baixos e encarava suas próprias mãos repousadas em seu colo, chorava baixo e engolia os gemidos de desespero, talvez para que eu não notasse.

- Porque choras princesa ? - ela ainda mantinha os olhos baixos e limpava as lágrimas nas costas da mão.

- Eu não suporto mais  - confessou enquanto eu deitava sua cabeça em meu colo e deslizava meus dedos por seu cabelo tão macio - não consigo ignorar o que sinto - uma torrente de lágrimas explodiram de teus olhos e suas palavras quase sufocadas por seu soluço me deixaram sem reação- eu pensei que dava para ignorar, mas está. ... não sei.... as vezes acho que ele gosta de mim - ah! Um pretendente, como não imaginei antes.

- Você está cansada, que tal um banho - era o máximo que eu poderia fazer.

Anne concordou em banhar então fui a cozinha ver alguns remédios e água para ela. Quando retornei ela estava encolhida em seu roupão na cabeceira da cama quietinha em seus pensamentos- como ela era linda - me aproximei com alguns comprimidos para dor e ressaca e água.

- Você deve me achar uma criança não é ?! -  disse me encarando e possuindo meus olhos como fez quando cheguei.

-  Claro que não - estava sendo verdadeiro mas ela não parecia convicta - você é. ... perfeita - reclinei-me sobre ela e ela não recuou, talvez... não! ela gosta de outro.

Quando seu rosto se aproximavam mais do meu e nossos lábios quaze se tocavam um cara loiro abriu a porta bruscamente.

- Sai de cima dela seu otário - ele me tirara da cama e estava furioso, agarrei sua blusa e lhe acertei um soco certeiro na face e vi o sangue escorrer de seu lábio.

Assim que notou o sangue em si próprio ele veio em minha direção com os punhos cerrados quando antes que chegasse ao meu rosto segurei sua mão fechada e apertei como meu pai me ensinara quando pequeno antes de morrer em combate - eu o amava - logo o empurrei para a parede.

- Parem por favor - era Anne que implorava ali em prantos, corri para perto dela que me abraçou forte, estava ali envolvido em seu abraço quando um soco atingiu meu rosto me deixando por alguns segundos desnorteado.

Antes que eu resolvesse revidar Bruno entrou e segurou o otário - que além de estar sangrando pelo nariz e pela boca estava com um ódio mortal de mim.