Capítulo 10-JOSHUA

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Entro em casa completamente irado. Quem ela pensa que é para me tratar daquela maneira? Eu sou o supremo caramba, exijo respeito, até mesmo dela, que é minha companheira. Ela queria minha presença, e foi exatamente isso que eu dei, o que eu ganho em troca? Um celular molhado.

Sei que não tenho sido o melhor dos companheiros, mas o que eu posso fazer? Eu sou muito ocupado, tenho várias alcateias para administrar, mesmo elas tendo um alfa, há problemas onde somente eu posso resolver, sem falar que ainda tenho uma empresa para administrar.

Eu vivi tanto tempo sem uma companheira, que já tinha aceitado o fato de que não tinha uma, então de repente ela aparece e modifica minha vida, a qual eu já estou completamente acostumado e não sei lidar com as novas mudanças.

- Cadê a Eloá?- escuto a voz da Letícia e a vejo no sofá.

- A deixei no restaurante- falo estressado e tento ir para o escritório, mas minha irmã intervém.

- Como assim você a deixou lá? Sozinha? Você está louco?- fecho os olhos pedindo paciência.

Bom, na hora realmente estava, aliás estava possesso pela raiva, porém, analisando a situação agora, talvez eu tenha agido da forma errada.

- Fiz o que ela pediu- me justifico- sem falar que ela mereceu depois de ter jogado o meu celular na água- mostro-lhe o celular e a vejo segurar o riso, minha raiva aumenta um pouco.

- Vai me dizer que você não mereceu?- fico calado, pois sei que errei agindo daquele modo, mas sou orgulhoso demais para confessar- foi o que eu pensei, você é um idiota Joshua, Eloá não é da área, não conhece nada, se algo acontecer a culpa vai ser sua.

- Ela vai encontrar o caminho ok, aliás ela conhece o meu cheiro- falo mais para mim do que para Letícia, agora que a raiva tá esfriando, percebo a merda que fiz e começo a me preocupar- eu vou para o meu escritório, qualquer coisa me chama- saio antes que ela fale mais alguma coisa.

Entro no escritório e sento-me em minha confortável cadeira, fazendo o máximo para recuperar o tempo perdido.

Quando Eloá jogou meu celular na água, estava no meio de uma conversa importante, que será um grande e importante passo para a empresa.

Um sorriso involuntário se forma em meu rosto ao lembrar-me de suas atitudes, minha lobinha tem uma personalidade forte e é decidida.

Minha consciência começa a pesar devido as minhas atitudes impensadas e para não ficar tão inquieto, resolvo me concentrar no trabalho.
(...)

Sou tirado dos meus afazeres assim que o meu escritório é invadido por um furacão ruivo, vulgo minha irmã. Analiso sua expressão e vejo rugas de preocupação, fico em alerta.

- Ela ainda não chegou e não atende o telefone- me alerta e olho o horário na tela do notebook, 3:30 da manhã.

Levanto-me sobressaltado, a preocupação tomando conta de mim.

Onde essa loba se meteu? Se algo acontecer com ela a culpa será inteiramente minha, porém, sei que ela não está em perigo, nem morta, se não eu sentiria devido a ligação.

Tomo uma profunda respiração para ver se consigo sentir o cheiro de Eloá, concentro-me ao máximo, mas não sinto nada, o cheiro dela não está por perto.

Um medo repentino toma conta de mim, a preocupação de ter acontecido algo com ela começa a me dominar, e se ela estiver em risco e eu não consegui senti-la.

Pego o telefone fixo em cima da mesa e disco o número de Augustin, no segundo toque ele atende.

- Supremo?

Amada Pelo SupremoOnde histórias criam vida. Descubra agora