Capítulo 11

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Eloá

Incomodo-me com a luz do sol que invade o meu quarto, faço o máximo para me adaptar com a iluminação. Assim que abro os olho facilmente, flashes da noite passada invadem minha cabeça.

Lembro-me de ter vencido várias lutas, levando muitos ao delírio. Logo após, para comemorar, aceitei bebidas grátis do barman, que de acordo com ele, ganhou várias apostas que começaram a surgir em relação a minha pessoa.

Depois cenas de eu me transformando e vindo para casa, Joshua me olhando aliviado, me dando banho e dormindo comigo por insistência da minha parte.

Sento-me imediatamente na cama, o que fez com que eu tivesse uma pequena tontura. Quando me recupero faço uma pequena checagem, percebendo que estou nua. Minhas bochechas imediatamente coram, ao pensar que dormi assim com o Joshua, só espero que ele não tenha se aproveitado.

Além do mais, ainda não estou boa com a cara dele, estou levemente com raiva pela forma que ele me tratou ontem.

Meu estômago começa a roncar, dando vestígio de fome. Com isso levanto-me, vou até o banheiro, faço minha higiene, me visto e desço para o café.

Quando chego a sala de jantar, percebo que não tem mais nada. Olho o relógio e percebo que passa das 12:00, então me dirijo a cozinha.

Entro e encontro Geórgia e Berta cuidando de algo no fogão.

- Boa tarde- elas se viram para mim e dão um sorriso- tem algo que eu possa comer?- pergunto timidamente, por mais que eu tenha me adaptado a elas, não consigo me sentir tão a vontade.

- É claro minha querida- Geórgia vai até a geladeira e põe em minha frente pequenas tarteletes- você nos deixou muito preocupadas ontem- diz e me sinto mal por ter-lhes dado preocupação, elas não mereciam o único que deveria se preocupar era o Joshua.

- Não foi minha intenção- ponho um pedaço da tortinha em minha boca.

- Porém preocupou e muito- olho para trás e dou de cara com um Joshua sério, por um momento me abalo, ainda mais ao lembrar como eu dormir com ele, mas logo me recomponho.

- Não creio que o senhor tenha se preocupado, aliás, não pensou duas vezes em me deixar sozinha naquele restaurante- alfineto, e vejo arrependimento em seus olhos.

- Reconheço meu erro e lamento, mas nem por isso deveria ter feito o que fez- seu tom sai duro- chegou mais de cinco da manhã completamente bêbada, deveria ser mais responsável- me estresso com o que ele diz, tudo começou por causa dele.

- Não teria feito isso se tivesse me deixado lá- coloco a culpa para ele.

- Como eu disse Eloá, eu sei que errei, mas você poderia ter agido com sabedoria e ter agido de outro modo, não justifique seus erros pelos meus, nessa história poderia ter só eu de errado, não nós dois- ok, ele consegue fazer uma pessoa se sentir mal por suas atitudes.

Repenso o que ele disse e o que eu fiz, realmente errei, deveria ter vindo para casa a pé, ou pedido um táxi e deixar ele se ligar do seu erro e pedir desculpa. Só agora percebo que novamente agir feito uma mimada que não consegue o que quer e se revela, sem falar que deixei muitos preocupados.

- Tudo bem, eu errei, sinto muito- abaixo o olhar, mas logo torno a encarar seus belos olhos- eu só fiquei magoada e queria que você se sentisse mal pelo que fez comigo, só agora percebo que agir errado, perdão- falo com toda a sinceridade que consigo- eu só queria sua atenção- um pequeno sorriso formasse em seu rosto e ele se aproxima, acariciando meu rosto, fecho os olhos e aproveito.

- Eu sei, também peço perdão por não ter sido a melhor das companhias- assinto- pelo menos a noite compensou, pelo menos para mim- vejo um sorriso safado forma-se em seus lábios, abaixo o olhar envergonhada, porém, ele ergue o meu queixo- não fique assim, amei o que eu vi e não vejo a hora de lhe tomar, fazê-la gemer e se contorcer em meus braços- solto um suspiro baixo.

Todo o meu corpo reagiu a suas palavras, meu estômago estava um enorme agito, minhas pernas estão levemente bambas, e tudo que ele falou fez-me sentir novas sensações, sensações essas que atingiram certo ponto que agora está formigando.

Me assusto quando sou puxada pela cintura, batendo contra a parede de músculo que é o meu companheiro. Suas mãos em minha cintura, segurando-me possessivamente, enquanto a outra agarra minha nuca, puxando o meu rosto para mais próximo do seu.

Em movimento rápido ele toma meus lábios com desejo, fico surpresa, mas logo passo a retribuir, fazendo o máximo para acompanhá-lo.

Tudo ao nosso redor começa a ficar quente, um calor inexplicável passa por todo o meu corpo, fazendo-me agarrar o Joshua com mais força, querendo mais dele, como se eu precisasse disso para viver e aliviar o que estou sentindo.

Sinto minhas pernas ficarem moles a cada segundo, que passava, o formigamento entre minhas pernas ficou ainda mais intenso, posso está louca, mas sinto algo úmido em minha calcinha.

Eu quero o Joshua, preciso dele para fazer esse calor, esse formigamento parar, nunca senti isso antes.

Me assusto quando ele me empurra com certa agressividade, fico sem entender sua atitude, mas percebo que algo está acontecendo.

Seus olhos estão fechados, seu corpo rígido e as mãos estão em punho, como se estivesse se controlando. Então ele abre os olhos, revelando a cor vermelho sangue, o que mais me intriga é a forma que me olha, com certa raiva,como se fosse me devorar a qualquer momento.

De repente ele virasse e saí irritado pela cozinha, me deixando chocada.

Viro-me para trás, só então lembro-me das senhoras, havia esquecido que elas estavam aqui e que presenciaram tudo. Porém, nenhuma das duas estavam abaladas, ambas pareciam felizes com o que viram.

Fico envergonhada e saio da cozinha pedindo desculpas.

Resolvo então ir atrás de Joshua, precisava saber o que aconteceu, o que eu fiz de errado para deixá-lo daquela forma. Será que ele não gostou? Somente eu sentir aquelas sensações?

Isso que dá ser virgem, que nunca fez nada além de dá uns beijinhos. De sexo só sei o básico, o que mamãe me ensinou e o que conversava com as meninas da minha idade.

- Viu o Joshua?- pergunto a Letícia assim que a vejo descendo as escadas, a única coisa que recebo é um olhar severo.

- Eu fico preocupada com você uma madrugada inteira e é isso que você me pergunta?- pergunta irritada e dou-lhe um sorriso amarelo.

- Realmente sinto muito, prometo explicar-lhe depois, agora me diz onde está o seu irmão- eu precisava conversar com ele, não podia ficar do jeito que estou, sem uma explicação para aquela atitude da sua parte.

- Ele saiu, não sei para onde- reviro os olhos e me jogo no sofá, pelo visto não terei minhas respostas tão cedo- o que aconteceu?- ela senta-se ao meu lado.

- Não sei, uma hora a gente estava se beijando, depois ele me empurrou e saiu revoltado- ela me olha por longos segundos, faz uma cara de desconfiada.

- Talvez eu saiba o que é, mas só direi se tiver certeza- assinto, mesmo a curiosidade tomando conta de mim- agora porque a gente não toma um banho de piscina? O tempo está quente- dou um sorriso com sua sugestão e assinto.

- Vou trocar de roupa e te encontro lá- começo a me retirar, mas torno a encará-la- se não for pedir demais, pede para Berta nos servir algo? Estou faminta- ela assente e volto a ir para o meu quarto.

Chegando lá, vou até o closet e procuro por um biquíni. Assim que encontro um que me agrada, visto-o e logo em seguida desço indo para a piscina.

No caminho me bato com Augustin, tentei cumprimentá-lo, mas o mesmo me deu um olhar irritadiço, seus olhos estavam amarelos, e logo em seguida correu de mim, como o diabo corre da cruz.

- O que houve?- Leti me pergunta.

- Realmente não sei- digo somente isso antes de tomar o meu lugar em um espreguiçadeira ao seu lado.

Quer saber, vou esquecer esses acontecimentos e relaxar. Porque no momento, é o que eu mais preciso.

Amada Pelo SupremoOnde histórias criam vida. Descubra agora