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No caminho eu vou pensando como vou falar pra Bruna, eu não sei o estado dele eu não sei nada, eu estou perdida com tudo, ele não pode deixar nossos filhos a Bruna vai ficar triste.

- Me diz o que está pensando?

- Como eu vou falar pra Bruna.

- A verdade, não minta pra ela nada.

- Eu sei, mais ela só tem 8 anos, eles são melhores amigos ele é o pai dela.

- Mantenha a calma, você vai saber o que fazer.

Eu não me permito chorar, doi muito mais eu não quero, o Lucas quer que eu seja forte então eu serei. Ele estaciona o carro eu fico ali parada com os olhos fechados respirando fundo.

- Eu estou aqui Vee, sempre estive e sempre vou estar.

Olho para ele que me envolve num abraço de amor e proteção.

- Ok, então eu vou lá.

Pego ela na escola com sorriso no rosto, eu não queria transparecer a dor.

- Oi tio Gus, cadê o papai man? Porque ele não veio? Ele me prometeu que iríamos comprar chocolate.

Eu abaixo a cabeça e começo a chorar em silêncio para que ela não perceba. Logo o Gustavo entendi e me ajuda.

- Ele está no hospital e pediu para que a gente comprar juntos, que tal? Eu te deixo pegar vários marshemellow.

- Ebaa... Mas o papai não está trabalhando até tarde mais, cadê ele então?

Á minha filha é esperta demais e faz muita pergunta, se ficar enrolando ela vai piorar, me recomponha limpo minhas lágrimas, me viro para trás e me preparo para contar para ela.

- Filha o papai sofreu um acidente e está no hospital ta bom?

- Man ele se machucou muito? Ele morreu? Vai ficar tudo bem? Eu quero ele comigo ele é meu pai.

- Eu não sei como ele estar, eu também quero muito ele, vamos passar no mercado e comprar chocolates e marshemellow?

- Tá.

Ela fica desanimada e aquilo me entristece ainda mais, depois de passar no mercado finalmente chegamos no hospital, logo vejo a tia Teresa e o tio Mauro e a Emí a Bruna corre para abraçar os avós e eu a minha amiga.

- Eu tô com medo de perder alguém de novo Emí.

- Eu também.

- Ele foi o meu primeiro amiga ele é o meu conforto.

Encerramos o abraço ela limpa minhas lágrimas.

- Lembra do neném, calma ta?

Balanço a cabeça positivamente para ela.

- Então?

- O doutor disse que ele está em coma, temo que esperar ele acordar ou então morte cerebral.

- Aí meu Deus. Como isso aconteceu? Ele é tão certinho, ele dirige direito.

- Tinha um animal atravessando a pista ele foi desviar e acabou aconteceu essa coisa horrível.

- Eu quero ver ele com a Bruna posso?

- Vai lá.

Quando chego no quarto ele parece estar dormindo tranquilo. Eu fico de um lado e a Bruninha do outro, eu falo no ouvido dele.

- Amor acorda, o nosso neném está te esperando.

- Vai papai acordar, eu quero fazer o jantar com você em casa.

Ficamos ali algumas horas, depois fui pra casa tomei banho e voltei pra lá junto com o Gustavo, a Emí foi cuidar da Bruna e dos pais. Estou deitada na poltrona ao seu lado segurando sua mão na esperança que ele aperte, mas nada acontece. Amanheci e todos estão lá reunidos.

- Amor hora de acordar, tem que dar bom dia pra gente.

Eu fico ali sentada esperando alguma reação, todos decidem ir na cantina e claro que eu não quero deixar ele sozinho e fico olhando, acariciando, fazendo cafuné.

- Te amo vida, acorda faz algo.

E nada acontece de novo então começo a chorar. Quando sinto algo apertar minha mão devagar, estava acordando devagar aos poucos. Eu grito e chamo as enfermeiras logo vem ela com um médico.

- Ele está acordando isso é bom né?

Ele sorri meio de lado e balança a cabeça.

- A senhorita poderia ir chamar sua família na cantina e rápido por favor.

Não penso duas vezes e saiu correndo atrás deles, logo encontro eles desanimados.

- Ele está acordando o médico pediu para que vocês fossem rápido.

Todos se alegram e vamos o mais rápido possível.

ELE É MINHA LUA (REVISÃO PARADA!!!) ❌Onde histórias criam vida. Descubra agora