Meu ômega.

Capítulo Dois: Nossa luz está de volta!

Aviso: este capítulo tem lemon!

Medo; estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, acarreta esse pensamento.

Huang Renjun sentia medo.

Sentia medo do que Jaemin poderia fazer com Mark, — já que o chinês havia percebido que seu alfa estava fora de controle. Sentia receio de qual seria a reação dos amados ao vê-lo, vendo-se incerto, temendo ser odiado ambos. Sentia angústia de tudo.

Gritos podiam ser ouvidos do lado de fora do quarto. Renjun olhava trêmulo para Donghyuck, rezando para os alfas não o encontrarem ali.

— Aish, Hyuck... O que eu vou fazer?! — Pergunta num tom nervoso, olhando para o ômega mais novo que tentava ver alguma coisa pelo buraquinho da porta.

— Calma, Jun. O Mark está conseguindo enrolar... — Ele se vira para o amigo e sorri fraco, arregalando os olhos ao ouvir o rosnado alto de Jaemin. — Nossa senhora, Injunnie! O Jaemin vai matar o meu marido!

Em um ato impensado, Renjun se levanta da cama e sussurra um ''vamos abrir a porta, Donghyuck'', este que concordou e contou até três mentalmente antes de propriamente abrir a mesma.

O ômega sentia que seu coração poderia sair pela boca apenas de encarar seus alfas. Eles certamente estavam mais bonitos do que o normal. Jeno mostrou-se ainda mais forte e seus cabelos agora se encontravam em uma tonalidade castanha. Jaemin, o mais novo, parecia encantador, seus fios, antes pretos, agora estavam tingidos de rosa, fazendo o pobre coração de Renjun quase falhar.

Era apaixonado pelos dois e só de olhá-los naquele momento sentiu suas mãos suarem e seu estômago embrulhar.

Era ridículo o efeito que eles tinham sobre si, principalmente porque não haviam o marcado ainda.

Mas Renjun sentiu medo assim que olhou para Jaemin e o encontrou naquele estado; com os olhos vermelhos, as presas quase saindo e o odor quinze vezes mais forte do que o costume. Ele deveria estar muito bravo... foi o que pensou. 

Viu seu amigo colocar-se em sua frente, ação que provocou mais um alto e reflexivo rosnado de Na.

— Saia da frente, Minhyung! Quero ver o meu ômega! — Ele grita com fúria.

— Jaemin, por favor... — Jeno se aproxima do marido, segurando sua mão e entrelaçando os dedos. — Calma, meu amor... — tenta acalma-lo usando doces apelidos.

Renjun podia ver o brilho da aliança através do ombro de Mark, o suficiente para que sentisse seu coração apertar, ato que não passou despercebido por Jaemin, que tentou se aproximar brutalmente mais uma vez, sendo felizmente impedido por Jeno.

— Calma, Nana... — O mesmo aperta sua mão. — Ér... Junnie? —  Ele chama doce, sorrindo satisfeito quando consegue atrair o olhar de Renjun. — Será que podemos conversar?

— Bom, Jeno. — Minhyung se intromete. — Eu não acho que seja uma boa ideia... Renjun quer distância dos dois. — Completou calmamente, sem perceber que não tinha usado as palavras certas novamente, recebendo como resposta outro rosnado de Jaemin.

Para o Na, Lee estava querendo tirar seu ômega de si, e ele achava isso o cúmulo do ridículo. Então, em um ato automático, se soltou de Jeno, aproximando-se com agilidade de Mark, porém antes que pudesse falar ou agredir o mais velho, ouviu a melodiosa voz de Donghyuck.