Para todo o sempre

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Ey, doces, aqui estou eu com a minha primeira tentativa de estória com a categoria SNK hihihi. Internamente eu estou amando escrever ela e alguns capítulos já estão quase prontos, estive muito agitada para fazer meus dedos pararem.

Espero que vocês gostem desta estória, me digam caso tenham qualquer critica construtiva sobre ela ♥.

AVISO!! A FANFIC SERÁ ATUALIZADA TODOS OS SÁBADOS, CASO EU ATRASE EM ALGUM CAPÍTULOS SERÁ ADIADA PARA DOMINGO.

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Retirei lento os olhos da pintura quando uma luz amarelada adentrou no quarto, prendendo-os na figura esbelta parada sobre a porta de meu quarto, podendo ver seus lábios se moverem em um sorriso fraco, me deixando levemente confuso.

O silêncio não foi longo entre nós, já que logo ele ergueu suas mãos para iniciar com suas palavras.

"O jantar está pronto, trate de se limpar, está todo sujo de tinta."

Oh, era por isso que ele havia sorrido.

Levei o olhar devagar para o espelho pendurado ao lado da cômoda do quarto, vendo a minha figura sentada sobre o banco em frente ao cavalete, coberta de tinta dos pés a cabeça.

Assim que os olhos voltaram novamente para a porta meu pai não estava mais ali, e isso me fez sorrir suavemente antes de me voltar para a pintura repleta de tons amarronzados.

Era uma boa imagem de meu pai. A aquarela e a esponja me ajudaram, após dias de testes, a obter a textura que eu tanto desejava. Uma textura lisa mas que parecesse levemente melosa, como o café. Uma das coisas que eu mais amava.

A inspiração para isso havia me vindo após uma olhada na mesa vizinha na cafeteria, o desenho de uma árvore dentro do café da senhora, feita com leite. O modo com o qual o leite e o café se complementavam ali, aparentando aos olhos serem um só, mas ainda assim eram separados. Era... Lindo.

Lindo como nada que já havia visto.

Me levantei preguiçoso do banco para seguir direto ao banheiro, ligando a torneira e pegando o sabão para logo esfregar sobre a tinta em meu corpo, agradecendo por não ter ficado tanto tempo grudada ali para ficar marcado abaixo do excesso. E assim que tudo estava no tom de minha pele me permiti descer a mesa de jantar, me sentando a frente de meu pai na mesa pequena de quatro lugares. Não havia necessidade de se haver mais já que somente nós dois vivíamos ali.

— Desculpe me distrair pai, eu estava começando a entender o que fazer para obter a textura e acabei perdendo meu tempo.

Deixei um sorriso tímido sair por meus lábios para logo voltar a comida que fumegava com cuidado sobre o prato de porcelana acima da mesa, era um jantar simples e nada saudável de Mashed potatoes, fried chicken e french fries, mas eu não me importava muito com a falta de vegetais e verduras naquele prato, era domingo, e nossa família tinha o leve costume de deixar o apetite falar mais alto para as comidas, mas somente neste dia.

Como era costumeira a mão de meu pai logo tocou a minha e nossos olhos foram fechados, iniciando uma oração de agradecimento silenciosa dentre nós dois. Agradecíamos em silêncio pela graça do senhor de ter me tirado somente a audição naquele horrível acidente, e também por nos deixar ter uma vida consideravelmente agradável, não éramos ricos porém sabíamos que haviam pessoas em um estado mais necessitado, infelizmente.

Após cerca de 2 minutos duas batidas foram deixadas sobre a palma de minha mão e eu abri os olhos, focando na visão de meu pai, que logo abriu os lábios, me fazendo prender a atenção ali para lhe entender.

ThanksWhere stories live. Discover now