Why

Capítulo 21

Perguntei se Carolyne estava bem e retornei para a casa. Estava próximo da entrada e pude ouvir a campanhia, corri até lá e abri a porta, era o carteiro.
Assinei meu nome na tela do aparelho e peguei as cartas, uma para minha mãe e outras três para Charlie. Estava quase fechando a porta quando apareceu dois policiais.
            _Residência dos Evans?_
_Sim? Como posso ajudar?_
_O irmão do sr. Evans e sua esposa sofreram um acidente de carro nessa madrugada_ nesse momento meu mundo parou por uns segundos.
Recobrei a consciência e pedi que os mesmos entrassem. Fui correndo chamar Charlie e minha mãe.
          Depois de chama-los, fui procurar Carolyne. Passado uns vinte minutos resolvi entrar com ela que continuava no mesmo lugar. Assim que fui para a sala, até Ryan estava lá.
           _Carol, querida teria como sentar aqui com o tio um pouquinho?_
           _Papai e mamãe estão bem tio?_
           _Bom querida, seus pais estão no céu meu amor..._ Charlie respirou fundo, depois de engasgar um pouco._ Mas lembre-se que eles sempre vão estar aqui por você, eles te amam demais!_
             Nessa hora eu era só soluços. Coitada, perder os pais tão nova assim é terrível.
             Tão nova e sofrendo assim... de tanto chorar, ela dormiu nos braços do Charlie que encarava Ryan... será que os dois já tinham se resolvido?
              Rapidamente levei Carol pro meu quarto para que pudessem organizar o velório. Mais tarde mamãe e eu passaríamos na casa deles para pegar roupas para a Carol, já que ela vai morar aqui.
              Logo o dia foi passando nessa correria, ligar para familiares e amigos e avisar sobre o ocorrido. Resolver questões de velório e enterro. Papelada da guarda da Carol, pois pelo o que eu entendi, a avó materna quer lutar por ela. Todo mundo estava ajudando, inclusive Ryan que parece chocando pelo o que aconteceu. Ouvi dizer que ele tinha uma enorme ligação com o tio e Maggie.
              No dia seguinte estava tudo resolvido. Era hora de se dar a adeus a Richard e Maggie.
Todos prontos, incluindo Thomas e Nathan fomos para o cemitério.
               Lá estava lotado, fomos cumprimentados por muitos e ouvimos diversas palavras de carinho, principalmente Carolyne. Que estava com a cabeça recostada em meu ombro. Ouvimos muitas história sobre o casal. Porém chegou a hora de se despedir.
              Charlie, que até então estava calado, se aproximou do caixão do irmão e proferiu as seguintes palavras:
É o fim, tão trágico e imprevisível. É a ironia da nossa existência: num dia estamos sorrindo ao lado de quem amamos, e no outro já estamos dizendo adeus e recordando com tristeza os momentos que vivemos juntos.
Hoje sinto esse amargo, ver partir um amigo que significava tanto para mim. Perceber que a morte roubou um pedaço do nosso coração, uma passagem da nossa história, uma razão da nossa felicidade. Nada vai ser igual a partir de agora. Descanse em paz, meu irmão!

        Uma mulher que imagino ser amiga de Maggie aproveitou da ocasião e disse:
Hoje dizemos adeus a uma pessoa maravilhosa que encheu nossas vidas de magia e alegria. Sua marca jamais será apagada, passe o tempo que passar, e a saudade para sempre fará parte da nossa vida. Esta é uma despedida triste, mas é também um momento para recordarmos com amor uma pessoa muito especial que já não está entre nós. Vá com Deus e descanse em paz!
        Após uma oração, eles foram enterrados e o pessoal começou a dispersar. Fomos embora também.
         Quando cheguei em casa recebi uma mensagem de Enzo me chamando para sair um pouco e espairecer. Recusei é claro, eles precisam de mim.  Vou me concentrar em Carol por uns dias.