A Florista

Capítulo 4

Todos escondem segredos. Ninguém é um livro aberto.

Finalmente, domingo chegou.

Geralmente costumo fechar cedo e como eu esperei pra que esse dia chegasse. Toda semana eu peço que os dias passem rápido para chegar domingo.

Meu dia de descanso. Domingo virou meu dia preferido da semana depois que comecei a trabalhar. Mas agora que contratei um ajudante, talvez eu tenha mais horinhas de descanso.

E vou também poder passar mais tempo com meu mozão.

Olho pra loja já fechada, e vejo a bagunça que fiz de manhã. Eu tenho que ser menos bagunceira.

Pego a vassoura e começo a varrer a loja. Empurro tudo para um canto para pegar no final. Vou para o balcão e jogo os restos de flores murchas no canto onde coloquei o lixo, pego um pano e o álcool, passo pelo balcão retirando as sujeiras que sobraram.

—Cheguei.

Pelo visto ele deve ter saído.

Ah, que cansaço. Essa semana foi maçante.

Vou pro quarto e pego meu macaquinho confortável. Um dos meus favoritos.

Sigo para o banheiro. O que eu daria pra ter uma banheira e relaxar, comendo morango e bebendo champanhe.

Mas isso é só em filmes e pra gente que tem dinheiro. Uma coisa que não tenho muito. A floricultura dá lucro, pra eu viver confortavelmente. Mas eu queria o que? Abrindo um floricultura em uma cidade pequena.

Já tive vontade de sair dessa cidadezinha e ir pra uma maior. Só que no momento tenho que me contentar com essa aqui.

Quem sabe mais pra frente.

Entro e tomo um banho rápido. Não estou a fim de demorar no banho, eu só quero comer e descansar.

Me seco e coloco a roupa. Vou pra cozinha preparar meu macarrão instantâneo. Meu melhor amigo quando James não está em casa, ele reclama que isso não é comida e não alimenta direito, tenho que discordar ele me conheceu saudável e bem alimentada.

Coloco o macarrão já com água no micro-ondas e coloco o tempo do preparo.

Vou pra sala ligar a televisão que é meu local de refeição, minha mesinha de centro e o chão.

O micro-ondas apita e vou correndo atrás do meu almoço. Abro a porta para a quentura sair. Enquanto isso vou até a geladeira, nenhum refrigerante à vista. Só sucos naturais, James você vai ver só!

Pego o de abacaxi e coloco no meu copo. Pego o pano de prato para pegar o miojo e pego meu copo com a outra mão. Levo até a mesinha e me arrumo pra sentar.

Como meu miojo calmamente quando escuto a porta sendo aberta, olho para o corredor e vejo Blake passando voando por ele e indo para o nosso quarto.

Largo meu miojo de lado e vou atrás dele.

Da porta vejo ele pegando sua mala pequena no guarda-roupa. Joga sobre a cama e a abre, volta pro guarda roupa e começa a pegar suas roupas de lá de dentro.

Dá pra ver que ele está com muita pressa. Entro no quarto e vou até a cama.

—O que está acontecendo? –pergunto. Com um pouco de medo de sua resposta.

Chegar em casa correndo e logo começar a arrumar as malas ,boa coisa não é.

—Tenho que fazer uma escolta de última hora.