Capítulo 2 - A Verdade

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Quando meu pai me viu, abriu um belo sorriso, já minha mãe desviou o olhar pois odeia atrasos.
_Me perdoem pelo atraso! - eu disse um tanto tímida porém com a elegância que minha mãe fez meus irmãos e eu termos.
Todos assentaram com a cabeça e eu me sentei à mesa junto com eles.
_Vocês sabem o por quê desta reunião fora do período? - Diz o Lorde Aiken que cobria o lado leste dos domínios de CastleCold. Todos os olharão com curiosidade e lembrei-me do que as meninas na estranha loja disseram. Olhei discretamente para Carollayne e senti um pouco de pena dela.
_Como todos sabem, o nosso reino sempre foi movido pela paz. - Aiken continua dizendo, entretanto, quem continua é o Lorde Baraqiel.
_Porém, recentemente descobrimos um reino após a Floresta Alucidator. Nós não sabemos direito sobre o reino, apenas sabemos que eles podem nos atacar a qualquer momento já que eles contam com a ajuda de outras forças que não convém comentar. - fiquei meio preocupado com essa tal idéia de ataque contra nós.
_Por tal motivo viemos aqui. Somente meu filho não tem uma esposa, caso aconteça de eu falecer na guerra, ele não poderia assumir a minha parte do reino e isso geraria um imenso conflito. Então eu gostaria de que houvesse a união entre Diadora e alguma de suas filhas, Sra. Grace.
_Vocês está querendo dizer que minha "bonequinha" terá que casar com alguém que acabou de aparecer e provavelmente trará uma grande decepção para minha filha? - Nisso minha mãe se levanta furiosa e encara meu pai. Após encara o Lorde Aiken e da um sorrisinho - Com todo o respeito Lorde Aiken. - e se senta novamente.
_Não, eu entendo sua preocupação, porém meu filho conhece completamente sua obrigação e sua importância para o reino. - Aiken diz com uma expressão divertida no rosto.
_Mesmo assim, não quero isso para a minha filha, pelo menos não para Carollayne. Se querem tentar algo, por que não tentar algo com Emma? - Ela me olha com um sorriso sinico e eu surto, porém antes que eu possa me pronunciar o Lorde Quirrel começa a falar.
_Se não estou enganado, Sra. Grace, a união só pode ser feita pela filha mais velha já que ainda não é casada, nesse caso seria Carollayne. - Ele acaba de dizer e me sinto mais confortável.
_Regras foram feitas para ser quebradas. Querem fazer uma união? Perfeito, concordo! Mas não com minha filha! - Fiquei um segundo confusa olhando para minha mãe.
_Mas ambas são seus filhos! - Lorde Baraqiel diz e fico contente por eu ter apenas pensado de mais. Após alguns instantes minha mãe volta a falar.
_Sim, mas Emma está mais adequada e apta. Já Carollayne ainda não está. Não quero que o pequeno Diadora se decepcione com ela.
_Mas existe empregados. O importante mesmo é fazer a união para ter um futuro herdeiro. - Após o Lorde Leviathan falar, minha mãe abre um sorriso malicioso.
_Por isso mesmo que Emma está mais apta. Ela já está fértil. - Nisso eu me levanto rapidamente.
_O que? Como a senhora pode? - grito com lágrimas querendo correr mas não permito.
_Perfeito então. Emma se casará com meu filho! - olho furiosa para o Lorde Aiken.
_Eu não tenho obrigação de me casar com ele meu Lorde. Eu não irei!
_Emma, sente-se por favor! Infelizmente sua mãe está certa... - Olho para o meu pai e ele abaixa a cabeça.
_Não, eu só tenho dezessete anos, tenho muito para viver ainda. - Vejo Lorde Aiken sorrir.
_Então esse é o problema? Nós podemos esperar até o seu aniversário. Em questão de sua liberdade não podemos fazer nada! Então está decidido, você irá se casar logo após o seu aniversário!
_Não! - Grito e saio correndo para o meu quarto.
Se eles pensam que isso vai acontecer eles estão muito enganados.
Troco de roupa e pego algumas a mais e outros itens necessários, colocando-os na mochila e saio do quarto. Próximo a escada sinto alguém me puxar, era Nicodemus. Seus olhos tinham um estranho toque de carinho coisa que nunca havia visto.
_Me perdoa por tudo Emma. Agora eu vejo como nossa mãe é tão egoísta. Tome! - Ele me entrega um pedaço de pergaminho enrolado e pelo que eu pude ver era um mapa com saídas secretas do castelo que davam para diversos lugares.
_Por que tudo isso agora? - ele me abraça novamente e me dá um beijo na testa.
_Pode ir, não irei denunciá-la. Distrairei eles por alguns momentos, use isso para fugir. E siga essas trilhas que estão marcadas, é a melhor para sair do castelo. - Dou um último abraço em Nicodemus e saio correndo.
Quando consigo fugir do castelo abro o pingente que papai me deu.
_Desculpa papai. - E assim sigo minha jornada em direção da trilha que Nicodemus marcou no mapa.

O Conto De Emma LockhornOnde histórias criam vida. Descubra agora