Tudo que não se pode dizer

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Nota inicial: Essa história tem muito de mim. Mais do que eu gostaria de explicar. Nem sempre você ama quem é adequado para você. Nem sempre a pessoa que você ama vai amar você de volta da mesma maneira ou saber demonstrar. Algumas vezes escolhas serão feitas e você sofrerá, mas sua honra dirá a você que é o certo a se fazer. Será que alguém adivinha quem sou eu na fanfic? Ah, porque eu estou nela. Com toda minha alma.

Agradeço a todos que tem lido e deixado reviews, aos novos leitores que muito me incentivaram e também à Nina, que betou o capítulo original antes da repostagem e deu ideias sobre os pensamentos do Milo de Escorpião, como boa rabuda que é. Só fico triste porque o pessoal adora pedir atualização mas não fala um ah da fanfic em algumas plataformas, enfim, é a vida. Eu já tinha esquecido como era sentir essa frustração de esperar o pessoal dizer algo, surtar com você e não receber muito feedback. Faz parte da vida.

Por outro lado, obrigada de coração por todos os comentários seja no ffnet, twitter, facebook, fóruns, Skype, hangouts e messenger. Por isso me dedico tanto. Grande abraço.

Música do Capítulo (recomendo que ouçam para sentir o clima):

Saga e Camus – What Can I Do? – The Corrs (https://www.youtube.com/watch?v=6wTHjYcsdQ0)

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Na casa de gêmeos, uma cena até que comum. Era pelo meio da manhã ainda.

"Que acha que eu deveria servir no jantar hoje, Camus?" Saga terminava de se vestir. Haveria uma reunião na fundação logo mais.

"Qualquer coisa. Se Shura realmente vier, talvez deva servir algo com frutos do mar. Como bem sabe, ele gosta bastante." Camus estava sentado na cama do geminiano, onde passara a noite, tentando animar-se a ir tomar banho, mas realmente nem mesmo a atenção e carinho de Saga haviam conseguido extirpar sua preocupação com Milo. Ele simplesmente desaparecera de circulação. Começou a se despir.

"Eu gostaria que você não tivesse se decidido a ir para sua casa hoje, poderia ir conosco para a festa e depois poderíamos jantar, mas a decisão não é minha." Saga tinha o olhar calmo. Gostava de Camus. Muito mesmo. Não que tivesse coragem de dizer ou de admitir que o amava, mas era uma amizade bonita. Desde que estavam juntos que Saga se divertia ensinando algumas coisas a Camus, aprendendo outras tantas com o aquariano e, principalmente, sentia-se feliz por vê-lo mais alegre. "Milo deve estar se perguntando o sentido de tudo isso, de estarmos sempre juntos. Se bem que ele simplesmente desapareceu. Que será que ele anda fazendo?"

"Não me interessa o que Milo está fazendo." Camus azedou imediatamente a voz e saiu apenas de roupa íntima andando pelo quarto enorme, pretendia tomar um bom banho.

"Está bem. Não quer falar sobre isso, eu entendo. Apenas não minta dizendo que não interessa a você."

"Não quero discutir com você, Saga, sabe o quanto é impossível argumentar com o rei da argumentação."

"Desde quando disputamos quem está certo ou discutimos a ponto de brigar?"

"Não sei." A voz do aquariano estava estranha.

"Camus..."

"Eu não sou cego, Saga. Você também não. Shura certamente virá hoje à noite, eu não pretendo comparecer a festa alguma, sei muito bem o quanto você e ele estão absortos um no outro. Apenas me deixe ir. Ao contrário de alguns, eu sei a hora de vir e a hora de ir. Eu sou adulto, nós dois sabíamos que isso poderia acontecer. Aliás, a ideia era que acontecesse, não? Shura finalmente enxergar que vocês deveriam estar juntos?" A voz dele continuava estranha.

No Good For MeOnde histórias criam vida. Descubra agora