Titulo: Ponte para o Paraíso
Autor: Felipe Teixeira - @DonPadrinho97
Bora moleque, que a vaca da tua mãe não vai ficar esperando o tempo todo!
Meu velho me dizia essa bela e linda Sentença, que como vocês devem saber, ele amava ela. Até acho que, num dia desses, ele a envenenou pra deixá-la com câncer, porque toda hora ele não para de falar na porcaria do seguro saúde.
Enfim, eu entrei no carro e segui em direção ao Parque nacional Stanley. Aqui vai um detalhe interessante, o hospital saúde do não sei das quantas (vou pegar o nome quando chegar lá) está no Parque Nacional da minha cidade, que se chama Banfsvila. A gente precisa cruzar todas aquela área de floresta pra chegar até lá. As árvores, com seus animais, me faz sentir algo estranho, sabe? É um sentimento que me causa paz, mas também me causa medo, porque parece que sinto energias e os espíritos nela.
Mas, o mais interessante é que nessa travessia acabei encontrando a única mulher com quem converso na sala de aula, mas que não é bem minha amiga, ajudando uns moleque drogado no parque, que deveriam tá lá dormindo, provavelmente. Ela me deu uma olhada e acenou pra mim, o qual eu fiz o mesmo e é somente isso que tenho pra contar mesmo.
Chegando finalmente naquele manicômio chamado hospital, agora finalmente posso dizer o nome pra vocês. Na placa o nome é Saúde Humana... Cacete de nome escroto.
Saindo de lá, um motorista nos espera na frente para deixar o carro, meu pai entrega as chaves pra ele e com o dedo apontado, diz assim:
Toma cuidado pra não estragar o carro, funcionariozinho.
Encarando-o por alguns segundos, ele abaixa sua cabeça e responde:
Sim, senhor.
Com um simples sorriso, meu velho sussurra:
Cara frouxo...
Saindo dessa cena de machão escroto que ele é, seguimos em direção a recepção, dessa vez com a mulher recepcionista, sentada e com o corpo quase apoiado na mesa de recepção, digitando algo no computador.
Pois não, senhor?
É o seguinte gatinha, eu e meu filho queremos ver a minha mulher.
Ela afasta levemente seu corpo na frente da mesa de recepção, coça um pouco suas mãos e responde:
Certo e qual seu nome e o de seu filho?
Ricardo Silva e o do filhote é João Silva. Quer meu número, também
Sorrindo numa bela cara de pau, ela responde:
Não senhor, obrigada. Você e o seu filho já podem subir ao elevador localizado a direita com essas fichas. O tempo deve ser de até 1:00h, pois daqui a pouco ela terá de fazer exames.
Muito obrigado, bebê. Tenha uma ótima tarde.
Uma boa tarde também, senhor.
Saindo da mesa de recepção, ele bate bem forte no meu peito e diz:
Tá vendo filhão, é assim que homem faz. Você tem que seguir teu pai. Olha só como ela tá afim.
Eu até perdi o controle da respiração por um tempo, mas olhei para a moça da recepção, que tava com aqueles olhos arregalados com a mão na cabeça. Eu fiquei pensativo no quão babaca esse filho da puta foi com ela, só que nem quis continuar pra não dar confusão e segui correndo em direção ao elevador.
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Antologia 3
Storie breviTextos criado por vários escritores com auxílio de imagens tirada da internet. Cada texto relata um olhar diferente pelo autor na escrita. Usamos a imagem para que o autor possa incentivar sua criatividade na escrita. Alguns textos podem abordar a...