Capítulo 06 O homem dos sonhos de qualquer garota.

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Acordei naquela manhã com um pouco de dor de cabeça por causa festa do dia anterior. Creio que conhaque com tequila intravenosa não sejam a melhor opção de drinque para a realeza.

Tomei um banho quente. Megan arrumou meu cabelo enquanto eu vestia uma saia evasê preta bordada com estampa do mesmo tom em camurça, acompanhada de uma blusa creme rosé, que coloquei por dentro da saia, fazendo um estufadinho na altura do cós, meia-calça preta com pequenas estampas e um sapato estilo scarpin de salto largo com uma grande fivela como adorno. Hoje, começaria meu dia trabalhando no palácio. Eu estava muito perdida.

A pequena Megan havia escovado meus cabelos e feito leves cachos nas pontas para que parecessem mais volumosos e, assim, saí do quarto apressada, carregando meu caderno de afazeres e comecei a andar pelos corredores, desejando internamente que tudo estivesse nos conformes e que a família real ainda não tivesse descido para o café.

Entrei no salão de festas quase que sem ar e me deparei com a última faxineira limpando o último móvel que restara. Enquanto isso, outras vinte pessoas preparavam o salão de refeições ao lado, organizando a mesa, as cadeiras, e acrescentando a louça inglesa maravilhosa que a rainha Lisandra havia ganhado de sua sobrinha que se casara com um duque inglês no ano anterior.

Por um momento, senti-me aliviada ao saber que, enquanto eu dormia, outras pessoas trabalhavam a meu favor. Sei que pode parecer egoísmo, mas eu estava cansada e minha cabeça latejava demais.

Saí pela porta do salão andando apressadamente em direção à cozinha quando tropecei nele. O príncipe Dilan estava andando pelos corredores desacompanhado, provavelmente em direção ao salão de refeições, e não percebeu quando eu, sem querer, dei uma cabeçada em seu supercílio direito.

– Ai! – exclamou ele em um ruído baixo, mas suficiente para eu perceber a bobagem que havia feito. Por um segundo, pensei que sequer eu deveria ter levantado da cama naquele dia.

– Perdão, alteza. – falei, baixando a cabeça. Senti meu rosto todo ficar quente, eu, provavelmente fiquei muito corada.

– A senhorita está bem? – ele perguntou com delicadeza. Olhei nos seus olhos e, de repente, senti que ficava cada vez mais constrangida. Estranhamente, um calor aquietou meu coração que havia disparado com a pancada e o nervosismo. – Sim, alteza, perdoe-me.

– Podemos tomar um café? – ele sugeriu. – Ou um suco de maracujá? Creio que a senhorita esteja precisando se acalmar, ou vai acabar acertando mais algumas cabeças por aí. – ele disse, rindo baixo. Era um homem realmente encantador.

– Claro. – respondi com um sorriso fraco e desconcertado.

– Será um prazer.

Ele esticou o braço para que eu entrelaçasse o meu e começamos a caminhar pelos corredores.


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Laura Sophia Heyes (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora