DAS VOLTAS QUE EU PUDE DAR

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É, então voltei ao mesmo lugar. Mas como assim? Eu andei tanto! E fui cair de novo nos pés daquela menina. Ou será outra? A mesma? É, realmente não sei como é. Ao menos agora aprendi que o beijo pode viciar, e deixar tanta saudade quanto um amor que ficou pra trás.
Mas me arrependi. E logo eu que ando tanto por aí, me deixei descer ladeira abaixo nesse belo precipício que é simplesmente todo esse teu jeito quase que displicente. Pois é, nem parece que eu tive um passado tão didático.
Mas se eu soubesse que esse teu beijo tivesse um doce sabor tão assim sem explicação, te juro que jamais iria procurar acertar os nossos ponteiros assim tão aproximados. E hoje é assim, desejo e vontade, vontade e desejo. Mas é assim, quem brinca com fogo se queima, ou faz xixi na roupa. Não tem pra onde correr.
Nessa vida a gente coleciona vários sonhos perdidos, mas sonhar acordado é preciso e precioso. Por acaso, de todos os sonhos que eu pude sonhar, ontem foi a primeira vez que eu sonhei enquanto dormia, mas já perdi a conta de em quantos sonhos acordado eu te abracei. É como se a vida mandasse um recado, um email daqueles que a gente nunca abri pra ler, mas o conteúdo a gente sabe qual é.
Logo eu que tanto andei fui parar novamente no mesmo lugar. É triste me ver assim novamente, sonhando e perdendo sonhos.

A vida sempre escolhe coisas que a gente jamais vai entender, mas com certeza tudo que foi era pra acontecer.


Diário de um Vegetal

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⏰ Last updated: May 31, 2019 ⏰

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