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Carreguei mas uma das caixas de CD que haviam chegado hoje mais cedo e comecei a separar os CDs embaralhados ali. Escutei a conversa de meu chefe, o que era raro pois ele quase nunca estava por ali, e resolvi não atrapalhar a conversa, ficando ali até terminar de empilhar os CDs. Quando vi o homem de meia-idade voltando para os fundos da loja, caminhei até o caixa, vendo um garoto parado de costas enquanto olhava, por cima, uma das prateleiras.

- Martin? – franzi a testa.

- Kels, você está aí – se virou para mim – Gerben está te procurando.

- Gerben? Conhece meu chefe?

- Acabei de falar com ele e ele me disse que eu podia o chamar assim – deu de ombros.

- E por que você estava falando com ele?

- Kelsey, achei você – o homem voltou até nós – eu sinto muito. – me abraçou – Eu imagino como é difícil perder alguém assim, tão de repente – pegou o meu ombro me olhando triste.

- O quê? Do que você...

- Não se preocupe, querida. Pode ficar fora quantos dias quiser. Eu peço para Stephan fazer hora extra se necessário. Vá visitar sua família, se recupere.

- Gerben... – eu estava mais confusa do que o normal.

- Não agradeça. – me interrompeu novamente – Não sei como pode pensar que eu não te daria esses dias de folga. Fique tranquila, os papéis de suas férias chegam depois do horário na sua casa – sorriu fraco – vou deixar você e seu primo conversarem – se distanciou e logo sumiu nos fundos.

- Primo? – me virei para Martin – O que acabou de acontecer? – falei alto.

- Então – o garoto soltou um risinho e eu ergui as sobrancelhas – você disse que iria para a Itália comigo amanhã se não tivesse que trabalhar, então eu meio que disse que sou seu primo, que nossa tia Clary faleceu ontem e o enterro é em Verona.

- O quê? – gritei.

- Ah, qual é. Ele te deu uma semana de férias.

- Você mentiu para o meu chefe, Martin!

- Meio que não tem como voltar atrás, então surgiro que você volte para casa e arrume suas coisas.

- Eu não vou para Verona – falei como se fosse óbvio – Eu não posso mentir para as pessoas assim, só para viajar com você, Garrix.

- Tecnicamente fui eu quem mentiu. Você nem chegou a dizer nada – o olhei feio – Por favor, Kels. Desculpa não ter falado nada, não ter perguntado se você aceitava isso. Mas a merda já está feita. Você tem sete dias de férias, o que custa passar cinco viajando comigo? – balancei a cabeça.

- Ok, – suspirei e ele sorriu - mas primeiro eu vou conversar com Lucy, ver o que ela acha. E é bom você nunca mais aprontar nada, ok?

- Prometo – sorriu grande e me puxou para um abraço.


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- E você não está com as malas prontas ainda por quê? – Lucy me encarou.

- Eu queria saber o que você achava antes – me sentei ao lado dela no sofá.

- É claro que eu acho que você tem que ir, né Kelsey – falou óbvia – Já passou da hora de você desentocar daquela loja e ir viver a vida.

- Mas e você? Vai ficar sozinha em casa?

- Querida, sozinha é que eu não vou ficar – Sorriu maliciosa – eu tenho a faculdade e também trabalho. Você tem uma semana de férias agora – riu – aproveita.

- Amo você, Lucy – a abracei.

- Também te amo, Kelseyzinha.

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dou um prêmio para quem adivinhar oque vai acontecer na viagem

Mensagem 🥀 Martin Garrix Onde histórias criam vida. Descubra agora