Pluto Will Always Be A Planet In My Room

Pluto Will Always Be A Planet In My Room - Chapter 11 - Friendship

O baile de formatura do ensino médio havia começado. Riley, Farkle e Maya estavam a procura de Lucas e da tal verdade que ele disse que tinha que contar para eles. A loira e a morena foram procurar no terceiro andar, enquanto Farkle ficara com a pista de dança. No meio do caminho, Maya e Riley entram em uma discussão:

— Riley... – Maya chama a atenção de Riley, que continua a andar. – Riley's? Para um minuto.

Riley para e Maya fica em sua frente. As duas se olhavam com uma ternura fofa entre melhores amigas pra vida toda. Os olhos azuis de Maya encontravam os olhos de jabuticaba de Riley. Elas sabiam que o que quer que fosse que Lucas tinha para contar para elas, a vida de uma delas mudaria para sempre.

— Você lembra aquele pacto que a gente fez quando tínhamos 5 anos? – Maya pergunta à Riley.

Riley balança a cabeça indicando que se lembrava do que a amiga falava.

— Como se fosse ontem. – Riley responde, em um tom suave. – Nenhum garoto ficará no meio da nossa amizade.

Maya confirma com a cabeça e se vira para a parede do corredor.

— Eu sei que você e o Farkle são namorados, mas nem eu e nem você podemos negar que o seu primeiro amor é o Lucas. Eu ainda vejo nos seus olhos, como eles brilham quando você fala dele e quando ele está perto, mesmo que longe.

— Eu tentei odiá-lo, Maya. – Riley diz. – Juro que tentei. Tentei odiá-lo pelo o que ele fez com você, pelo o que ele fez com a gente. Mas é uma missão impossível. Eu sempre amei o Lucas, mesmo quando eu tinha duvidas de que ele me amava, mesmo quando eu via que ele sentia algo por você.

— Eu tentei odiá-lo também. Tentei mesmo. Tentei apagar da minha cabeça a imagem do rosto dele. Esquecer que ele existe. Mas dói. Dói muito. É uma dor sufocante. Eu não consigo mais fingir que ele não existe e que eu não sinto nada por ele.

— Eu te entendo, Maya. Entendo toda a sua dor. E é por isso que eu digo que o que tiver de ser, será. Não importa quem ele escolher ou se ele for escolher uma de nós. Um homem nunca estará entre a gente.

As duas mulheres se abraçaram. Lágrimas escorriam pelos olhos de ambas. Então elas perceberam que ainda tinham que encontrar Lucas.

Farkle procurava pelo ex melhor amigo na pista de dança, e enquanto o procurava, esbarrou-se com Smackle.

— Sinto muit... – Farkle diz para a garota baixinha de óculos que estava na sua frente. – Smackle?

— Quanto tempo, Farkle. – a garota diz. – 3 anos.

Sem jeito, Farkle sorri de soslaio e coloca as mãos no bolso.

— Como você está? Já se inscreveu nas faculdades? – o garoto bobo, ex invisível, pergunta.

— Já recebi três cartas de aceitação.

Farkle sorri.

— Uau! Nunca duvidei de você, Smackle. – ele diz, olhando-a com carinho.

— Eu também nunca duvidei de você, Farkle.

Smackle se aproxima para um abraço e Farkle recua.

— Sinto muito. Não quero que a minha namorada sinta ciúmes de você ou que pense que eu a estou traindo.

Smackle se afasta rapidamente e vira a cara para Farkle.

— Muito menos eu. Foi uma atitude estupida.

— Foi muito bom te rever, mas agora eu tenho que encontrar o Lucas.

— Ele voltou?

— É o que parece.

Smackle dá um meio sorriso e se afasta de Farkle.

Não muito longe dali, Riley e Maya avistam a figura de um rapaz. Um homem. Camisa xadrez, sapatão e um topete enorme.

— Lucas? – as duas mulheres perguntam uníssono.

Ao se virar, os três ali presentes não se reconhecem. Lucas estava com um olhar apático, longínquo, assustador e triste. Riley e Maya o observavam com um semblante espantoso, não reconheciam a pessoa que estava na frente delas.

Lucas se aproximou de Riley e Maya.

— Preciso que vocês prometam tentar me entender, entender o que eu fiz e o que eu tive que abrir mão para estar aqui nesse momento, podendo contar toda a verdade para vocês. Eu sei que eu fiz muito mal à vocês duas, sei que vocês me odeiam, e se não me odeiam, deveriam me odiar. Eu me odiaria. Eu fui um canalha. Um idiota. Não pensei nas consequências e nem nas cicatrizes que poderia deixar e deixei. Eu não vim aqui pedir perdão, muito menos misericórdia das duas. Eu vim aqui porque eu finalmente tive paz. Finalmente me encontrei. E agora posso explicar tudo o que aconteceu. As minhas decisões impensadas. A despedida cruel. Enfim posso explicar porque não vou escolher entre uma ou a outra.

Riley e Maya se entreolharam absolutamente confusas, com olhares pesados e ao mesmo tempo aliviados, para o rosto e os olhos verdes de Lucas.