Sempre fui uma mulher decidida. Nunca gostei da opinião das pessoas em meus atos. Se é aquilo, será sempre aquilo e ponto final. Bem, chamo-me Koralyn. Tenho meus belos e perfeccíonistas 22 anos e sou coreana. Moro, por ora, em Seoul, na Coréia, mes...
O relógio marcava 05:47AM. Me pus a levantar da cama e suspirei, calçando minhas pantufas rosa pink e caminhando até o banheiro, jogando água em meu rosto. Fiz uma leve massagem em minha face, sentindo-me disposta para mais um dia na empresa na qual sou dona. Espalhei um creme facial e sorri, passando a me despir. Entrei no box e logo o fechei, ligando o chuveiro na água gelada para me despertar ainda mais.
Após terminar o banho, me sequei e caminhei até meu closet. Coloquei uma langerie vermelha bem decotada, e uma blusa larguinha, branca, acompanhada de uma calça jeans azul escura rasgada no joelho. Coloquei a blusa para dentro da calça, de forma que desse um ar mais chique. Dobrei as mangas e, por fim, arrumei a gola tirando a forma desengonçada.
Me sentei na cama e calcei botas brancas com detalhes marrom. Definitivamente a coisa mais bela. Por fim, arrumei meus cabelos e os sequei, deixando as pontas naturalmente onduladas - enroladas - com seu brilho natural. Me levantei e caminhei até a cozinha, preparando uma vitamina de banana. Após tomá-la, comi um sanduiche natural e escovei meus dentes. Com certa calma, arrumei minha bolsa e peguei as chaves de meu carro, caminhando até a garagem e abrindo a porta de meu ASTON MARTIN MA-RB001. (Foto do carro abaixo).
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Dei partida e coloquei minha bolsa no banco do passageiro, prestando atenção na estrada. Ouvi uma musica animada no caminho, minha favorita; Shine - Pentagon.
Ao chegar na empresa, já estava sendo aberta por meus funcionários. Sorri e dei bom dia a todos, ajudando-os com a abertura da empresa. Caminhei até o elevador e pressionei o botão, esperando a porta se abrir. Ao vê-la aberta, entrei e pressionei novamente o botão, mas desta vez no anti-penúltimo andar, que é onde fica minha sala. Os penultimo andar é o qual minha filha passa a brincar após voltar do colégio. Bem, o ultimo é onde meus funcionários tomam um café e comem algo, afinal todos têm necessidades aqui.
Sempre fui chefe mandona, rígida e brava quando preciso. Mas me importo com meus funcionários, secretários e empregados(as), afinal quem sou eu para tratar alguém mal? E é justamente por isso que minha fama apenas cresce; algo que me alegra e me irrita ao mesmo tempo. Alegra por ver que meu sonho está se aperfeiçoando cada vez mais, algo satisfatório. Mas me irrita pois não tenho uma vida em paz, como gostaria de ter. Basta eu pisar para fora de minha casa e meus pulsos se cansam de tantos autógrafos, e minha cabeça dói por causa dos gritos. Nunca fui mulher de dar satisfação a ninguém, nem para repórteres, nem ninguém. Apenas para meus pais, por mero respeito.
Quebra de tempo.
Estava sentada em minha mesa, cuidando dos papéis de trabalho e preenchendo algumas folhas na agenda de Eliza que por sinal já havia chegado da escola. Suspirei aliviada ao terminar todo o trabalho acumulado; coisa que odeio é acumular coisas, principalmente trabalho, o que é importantíssimo. Virei minha cabeça lentamente para os lados, alongando meu pescoço um pouco dolorido. Me levantei e estalei alguns ossos muito parados, sorrindo aliviada.
Olhei para o relógio que por sinal já marcava 18:37PM. Observei pela grande "janela" e vi que o céu ja escurecia. Cedo, mas por conta do frio que faria hoje. Arrumei todos os meus pertences, isso incluindo as pastas, notebook, celular, papéis, chaves, algumas balas que Eliza insistia em deixar dentro de minha bolsa já que "Mamãe não gosta que eu tenha bafo, é ruim", uma gracinha de garota.
Após deixar tudo organizado, desliguei as luzes e meu notebook, saindo de minha sala e trancando a porta. Olhei para o lado e vi Eliza toda sorridente ao lado de Jake, meu assistente. Sorri e me abaixei, abrindo meus braços e logo sentindo um corpinho quentinho chocar-se contra o meu. Dei uma risada nasalada e beijei a testa da garotinha.
— Olá, Jake!
— Olá, Senhorita Koralyn! Como foi o seu dia? – o mesmo perguntou, se curvando em forma de cumprimento; logo foi correspondido.
— Ótimo. E o de vocês? – perguntei, causando cócegas na pequena garotinha, me arrancando sorrisos.
— Foi ótimo, Mamãe! – uma voz fininha e fofa exalou pelo local.
— Que bom, meu amor! – me levantei e dei a mão para Eliza. — Bem, agora nós vamos para casa, pode ser?
— Pode sim, mamãe
— Tchau, Jake! Bom descanso – sorri meiga e peguei a mochila escolar de Eliza, que se encontrava nas mãos de Jake.
— Tchau, Senhorita Koralyn! Vá com calma pela estrada – sorri brincalhona
— A mesma fase de sempre, não é?
Ele apenas riu juntamente a mim e se curvou, deu as costas e caminhou até sua sala, provavelmente para terminar de arrumar tudo. Caminhei com Eliza até o elevador e entrei no mesmo, juntamente da pequena. Apertei no botão do térreo e esperei que chegássemos. Até lá, Eliza foi tagarelando e contando, como sempre, como havia sido seu dia no colégio e brincando com Jake. Mesmo que eu saiba que ele cuida muito bem da minha garotinha, gosto de perguntar sempre o que aconteceu no dia, para ter certeza de que minha garotinha está em boas mãos além das minhas. Sentimento de mãe é sempre assim.
[...]
Ao chegarmos em casa, tirei meus sapatos e os de Eliza, calçando minhas pantufas e fazendo o mesmo com minha filha. Guardei minha bolsa e a mochila escolar da pequena no mesmo local de sempre. Ao chegar na sala, tive a visão mais fofa do mundo, que foi de Elize tentando pegar o controle em cima do balcão da cozinha. Ri nasalado e caminhei até a pequena, apenas levantando-a, para que ela pudesse ter o conhecimento. Parece estranho e dramático de minha parte, mas acredito que ela deva ter todas as sensações boas possíveis, de todas as formas, para que ela cresça saudável e conhecida do mundo. Claro, ela também deve saber das partes ruins afinal é nossa realidade, é a realidade humana, mas ainda é cedo para a minha pequena colocar o rostinho para fora da janela assim, tão de repente.
