Lascíva

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“(...) Driver roll up the partition fast
Hand prints and foot prints on my glass
Hand prints and good grips all on my ass
Private show with the music blasting
He like to call me Peaches when we get this nasty
Red wine drip filth talk that trash
Chauffeur ease dropping trying not to crash... ”

Partition – Beyoncé

***

Suzanah abriu a porta do carro e eu entrei, dando boa noite ao motorista.
O carro era escuro e espaçoso; em outra época eu provavelmente estranharia os vidros esfumaçados e o padrão reservado do veículo. Hoje, contudo, já estava acostumada - Para Suzan, quanto mais discrição, melhor.

Encostei o meu rosto contra o vidro, desfrutando da sensação gelada em minha pele febril.
O motorista ligou o rádio e deu a partida. Pouco depois, Suzan conectou o Spotify ao aparelho e uma música lasciva começou a tocar. Ok, ao que parece, eles já se conheciam – Não era a primeira vez, necessariamente, que isso acontecia.

Voamos pelas ruas da cidade, na madrugada, enquanto ela se balançava no ritmo da música. Estava totalmente absorta, acompanhando a letra em um inglês perfeito.
De olhos fechados, suas mãos se movimentavam – Ora em minhas coxas, ora curtindo a melodia, como quem se diverte deliciosamente.

Não demorou para que se empolgasse; eu observei, excitada, enquanto ela mordia os lábios e rebolava gostoso, comprimindo o corpo contra o assento do veículo. Mas é claro que eu queria mais.

Me aproximei do seu pescoço e fiquei ali por um momento, respirando pesado contra sua pele quente. Ela continuou cantando, ainda presa ao ritmo da música. Então afastei seu cabelo e deslizei a língua por toda a extensão, brincando nas partes mais sensíveis.
Quando cheguei ao caminho entre a orelha e os seios, senti seus mamilos enrijecerem contra o tecido da blusa.
Suzanah soltou um gemido abafado e apertou a minha perna. Touché.

- Nossa, como você é gostosa, amor! - Sussurrei baixinho ao seu ouvido – Eu não aguento de tesão...

Ela mordeu os lábios uma última vez, antes de me puxar para um beijo deliciosamente feroz.
Nossas línguas se movimentavam, quentes, saboreando cada pedaço uma da outra, enquanto ela me apertava contra o seu corpo, cada vez mais forte.

Lembrei vagamente do motorista, possivelmente assistindo em primeira mão o nosso deleite particular; porém, antes que eu pudesse formular um argumento coerente, ela abocanhou o meu seio, baixando o vestido, e eu arfei, completamente sedenta pelo seu toque.

Suzanah sugava o meu seio, colocando-o inteiro dentro da boca; apertava o mamilo entre os dentes e deslizava a língua por toda a região, deixando-me completamente molhada. Muito sacana, alternava entre os dois, massageando com as mãos e mamando descaradamente.

Fiquei observando aquela sacanagem, sentindo a boceta pingar na medida em que ela enchia a boca. Minha tentativa de controlar os gemidos parecia deixa-la ainda mais ousada; não demorou para começasse a apertar minha bunda, com as duas mãos, certamente deixando-a marcada. Eu estava êxtase.

- Amor, você está tão molhadinha para mim – Ela sussurrou contra o meu pescoço, passeando sobre a minha boceta, ainda sobre a calcinha mínima. – É isso que você quer, sua puta?

Ela fez menção de tocar minha entrada e eu gemi, me contorcendo inteira.
Maldosa, pressionou os dedos sobre o meu clitóris, fazendo um movimento circular no ponto exato. Comecei a gemer abafado.

- Fala pra mim o que você quer, minha delícia. Conta pra mim..? – Suzanah pediu, com uma voz rouca e arrastada, próximo ao meu ouvido.

Seus dentes mordiscavam a minha pele e eu fiquei desesperada. Minhas mãos bateram no vidro embaçado, deixando desenhos contra o vapor.

- – Arfei - Por favor? – Implorei aos sussurros. Ela afastou a minha calcinha e ficou por ali, testando minha resistência, quase sem me tocar. Eu estava a ponto de enlouquecer.

- Fala minha gostosa, como você quer? – Continuou a me torturar, mordendo a minha orelha e deslizando os dedos pela boceta, muito suavemente. Essa mulher queria me matar, só pode!

- Suzan, me come! – Não aguentei e pedi baixinho, empurrando sua mão contra meu sexo quente – Por favor, amor, me conte inteira. Por favor? – Era o que ela precisava. No momento seguinte sua boca estava na minha e a senti me devorando completamente.

Seus dedos me penetraram fundo e eu tremi de prazer. Deus, que sensação maravilhosa! Senti meu interior apertar, enquanto ela entrava e saía de mim, em um ritmo cadenciado.

A música tocava alto no fundo, abafando parte dos meus gemidos.

Suzanah era deliciosa e sabia exatamente o que estava fazendo. Com os dedos ainda lá dentro, massageava o meu clitóris, em movimentos circulares que me levaram à loucura.
Com a outra mão, apertava a minha bunda, fazendo-me rebolar, completamente encharcada contra a sua pele.

- A-amor? – Eu sussurrei, tremendo em sua boca – Não para não, eu vou g-gozar...  – Respirei fundo, sentindo o ápice se aproximando em ondas.

- Então goza, minha delícia, goza pra mim? – Ela pediu, chupando forte o meu lábio.

Eu não pude segurar e explodi em um orgasmo maravilhoso, sentindo meu corpo inteiro formigar, contraindo e soltando repetidamente. Ela continuou me comendo por mais alguns segundos; e no instante em que eu cheguei ao clímax, a ouvi sussurrando meu nome.

Tombei contra o encosto do caro, ainda respirando pesado e desfrutando da sensação pós coito.

Ouvia sua respiração forte em meu ouvido, enquanto ela me beijava suavemente, se deliciando com o meu gosto.

Me lembrei, vagamente, que em algum lugar havia alguém... nos observando, talvez? Não conseguia compor o pensamento, tamanho êxtase em que me encontrava.

Suzanah colocou minha calcinha no lugar; o tecido molhado roçando na minha boceta sensível. Depois, trouxe os dedos ao rosto e começou a lambê-los com vontade, um a um, como quem se diverte maliciosamente.

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⏰ Última atualização: Jun 02, 2019 ⏰

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