Planejamento, sorvetes e algodão doce

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— Nem pensar, eu não faço.— dizia um Jisung emburrado com os braços cruzados e um bico nos lábios — Nós somos seis, qualquer um de vocês pode fazer hyungs.

— Mas sung você é o mais novo, vai ficar fofo! Além disso só sobrou você. — Jaemin tentava argumentar, com os outros meninos concordando.

  Seis meses após Mark sair correndo de casa, seus amigos estavam correndo para colocar um novo plano em prática.

  Quando descobriu que o primo iria voltar para o país natal Donghyuck reuniu os amigos e juntos pensaram em mil formas de tentar fazer o amigo ficar, chegaram a oferecer as próprias casas para o mais velho morar. Quando perceberam que nada faria com que os pais de Mark ficassem ou deixassem o filho ficar, resolveram que fariam desse tempo juntos o melhor de todos.

  Todos os dias batiam na porta do mais velho (de vez em quando tinham que jogar pedrinhas na janela do quarto dele) e se divertiam o máximo possível.

  Também resolveram colocar em prática a ideia que Jaemin apresentou pelo walkie talkie seis meses atrás: uma festa de despedida surpresa. O próprio organizou tudo, agora só deveriam montar as coisas na sala dos Lee ( os pais de Mark estavam ajudando os meninos no que podiam), enquanto os mesmos estavam na rua para distrair o homenageado do dia. Assim que eles chegassem, Jeno deveria chamá-lo para ir brincar bem longe, talvez na praça, enquanto os outros estariam terminando de arrumar a festinha. Segundo Jaemin, era o plano perfeito. O problema é que não era tão perfeito assim.

  Faltava pouco para os donos da casa voltarem e quase nada estava pronto: a decoração — cujos encarregados eram Donghyuck e Renjun — estava jogada por aí já que os pequenos não conseguiam concordar em nada do que faziam. Chenle tentava acalmar os dois, já que sua parte (arrumar a mesa com o bolo, doces, salgadinhos e bebidas) dependia dos dois se resolverem e terminarem a decoração para ser feita. Jisung era quem estaria na porta quando Mark chegasse, mas Jaemin tentava convencê-lo a participar de outra parte importante. Jeno só observava o lado de fora esperando pelo sinal de Taeyong avisando que o primo estava chegando.

— Jisunggie por favor!— Jaemin insistiu batendo o pé — pelo Mark Hyung.

  O mais novo pareceu pensar sobre, mas logo deu um sorriso vencido e disse:

— Tudo Pelo Mark Hyung… — e então foi procurar o que ele precisava para sua função.

  Jaemin suspirou, havia resolvido pelo menos uma coisa. Olhou para o pobre Lele que tentava convencer os dois “decoradores” a se entenderem, mas não tivera muito sucesso: mesmo que Donghyuck e Renjun tivessem parado de discutir, os dois estavam sentados em pontas opostas do sofá azul marinho que ficava do outro lado da sala (longe da mesa e da decoração), ambos emburrados e de braços cruzados, se recusando a falar entre si. Percebeu que Chenle já estava um pouco bravo, ele também havia cruzado os braços e fazia careta cada vez que um dos hyungs a sua frente se dirigia a si.

— Lele fala pra ele que é óbvio que a mesa vai ficar linda com a toalha vermelha— Dizia Donghyuck.

— Lele diz pra esse chato que a toalha azul é muito melhor — Rebatia Renjun.

— Diz pra ele que chato é quem fala.

— Fala pra ele que eu disse que ele é um idiota.

— Idiota é você seu...

  Hyuck poderia até ter terminado sua fala, mas foi interrompido pelo chinês mais novo, que falava ( na verdade gritava) em sua língua materna, assustando os outros presentes no cômodo — incluindo Jeno, que até então permanecia concentrado em sua tarefa de aguardar por Taeyong. Quando parou de falar, o pequeno bateu o pé no chão bufando e saiu para a cozinha, esbarrando com Jisung (que apareceu no local quando ouviu a voz exaltada de Chenle) no caminho.

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