Mark achava tudo aquilo muito estranho.
Durante todo o dia todos ao seu redor saíram da rotina e pareciam lhe esconder algo. Até então ainda acreditava que poderiam ser apenas coincidências, mas quando seu primo voltou ao encontro dele e de Jeno dizendo que seus pais o queriam em casa imediatamente, Mark soube que algo estava errado.
E se seus pais adiantaram a viagem para o Canadá e ninguém queria lhe contar? Talvez não fosse isso, talvez fosse uma boa surpresa.
E se na verdade a ida para sua terra natal estivesse cancelada? Não lhe parecia muito possível, era uma trabalho importante para a família e o pequeno sabia disso. Não conseguia parar de pensar no que poderia estar acontecendo, Mark não gostava de ser o último a saber das coisas.
Estavam quase em seu destino quando reparou que Jeno estava lhe encarando, parecia querer lhe perguntar algo. Sorriu para o mesmo, que pareceu um pouco apreensivo e sorriu de volta. Sugeriu uma corrida até sua casa, e acabaram por deixar Taeyong para trás.
Os dois amigos chegaram praticamente juntos na frente da casa dos Lee, sendo recepcionados pelos pais do menino mais velho. Taeyong aproveitou que o mesmo estava concentrado em afirmar que havia chegado primeiro e foi para o quintal dos tios, afim de entrar na casa.
Os pais de Mark logo entenderam o que o sobrinho pretendia fazer.
— Meninos se acalmem! Os dois empataram ok?— a senhora Lee se pronunciou, vendo os dois a olharem indignados — Jeno querido, sua mãe te pediu para ir logo para casa, estão te esperando.
— Ah claro tia, vou para casa então. Até mais hyung!
Mark deu um aceno afobado para o amigo e Jeno foi se afastando lentamente. Sua mãe tocou seu ombro e, enquanto limpava o rosto sujo de algodão doce, lhe disse:
— Filho, preciso que você chame seu primo para ir lanchar aqui em casa, sua tia disse que ele está no quarto se trocando. Pode fazer isso?— o menino assentiu — ótimo, te esperamos lá dentro.
Mark sentiu o beijo de sua mãe em sua bochecha.
Quando parou na porta da casa em frente a sua, resolveu que daria um susto em seu primo. Abriu e fechou a porta com muito cuidado, foi andando devagar, olhando para todos os lados, Donghyuck não estava lá. Subiu as escadas silenciosamente e viu que a porta do quarto de sua vítima estava entreaberta, sorriu e entrou no cômodo.
—RÁ! Ei,está vazio…
Pôs-se a olhar ao redor, procurando por qualquer movimento. Olhou debaixo da cama e dentro do armário de madeira, nada. Rodava de um lado para o outro até perceber que, pela janela aberta, podia ver seu primo mais novo parado no meio da rua, de braços cruzados e batendo o pé impaciente. Quando este percebeu que Mark finalmente havia o notado, passou a andar até a casa dos tios. Ao chegar no quintal, virou-se para a janela de seu quarto e fez sinal para que o seguisse.
— O quê???
Pela visão de Mark aquilo estava cada vez mais estranho. Ficou com medo de tudo não se passar de uma pegadinha, mas parecia meio absurdo para ele. Decidiu acabar com a curiosidade e foi em direção à sua própria casa.
Quando chegou na rua percebeu que Donghyuck não estava ali. Foi andando devagar até a porta da frente e, quando a alcançou, parou.
Estava com medo.
E se entrasse e ouvisse mais notícias ruins, como quando descobriu que teria que se mudar para longe? Não poderia fugir correndo para o parque novamente, sabia que preocupou muito seus pais naquele dia. Estava incerto quanto ao próximo passo. Resolveu bater na porta, apenas para ter certeza que a família soubesse que alguém estava entrando. Girou a maçaneta e foi abrindo a porta devagar enquanto…
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Beautiful time
FanfictionOnde o pequeno Mark está triste por ter que dizer adeus à seus amigos, mas os mesmos querem fazer de seus últimos momentos juntos lindas lembranças.