✾ 𝚎𝚖𝚘𝚝𝚒𝚘𝚗𝚊𝚕𝚕𝚢 𝚜𝚑𝚊𝚔𝚎𝚗.

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Pont Of View — Lili Reinhart

Acordo com uma dor de cabeça insuportável, pensei que era por conta da claridade que tomava conta do quarto, mas não, era por causa da noite passada.
Não me lembro muito, só me lembro da briga que tive com Camila e de Ross.
Me pergunto onde estou, um quarto arrumado, com janelas enormes e cortinas finas, painel que apoia a televisão, e, um enorme closet.
A cama é confortável, os cobertores são cheirosos, os abajures são chiques, as paredes tem um tom de cinza. Admiro.
Viro para o lado e me deparo com Cole, seminu. Estava apenas com uma cueca box, estava com o cabelo bagunçado. Aparecia seu abdômen, não é totalmente definido. Tem pelos abaixo do umbigo, acho engraçado.
Fico o admirando por um tempo, até ele começar a se movimentar, rapidamente fecho os olhos fingindo que estou dormindo. Viro para o lado, para se caso ele acordasse, não desconfiasse que eu estava o observando.
Sinto suas mãos agarrarem delicadamente minha cintura, me sobressalto.
Diferente de Ross, não me senti desrespeitada, gosto da companhia de Cole, ele é fofo.
Não deixo de sorrir, ele começa a apertar-la ainda delicadamente.
Mexo meus quadris com o objetivo de me encaixar na palma de sua mão.
Ficamos um tempo assim, com ele agarrado em mim, e eu, aproveitando.
Paro para refletir, e agora que eu e Camila brigamos? Como será? Eu e Cole só estamos nessa posição por conta de Camila, momentos como este não irão mais acontecer daqui adiante, minha dor de cabeça aumenta.
Eu sinto as mãos pesadas de Cole abandonarem minha cintura, viro para trás para saber o motivo. Merda, ele acordou.

– Bom dia, Lili. – diz ele, ajeitando os cabelos.

– Ah, bom dia... – digo baixo.

– Há quanto tempo está acordada? – ele me pergunta.

– Há uns minutos. – minto.

– Ah... – ele murmura. – Desculpe-me por isso. – diz ele se referindo às mãos na minha cintura. – Eu não deveria, você está magoada.

– Não precisa se preocupar. – não mesmo, eu poderia ficar o dia todo assim.

Ficamos num silêncio constrangedor.

– Você está melhor? – diz Cole quebrando o silêncio.

– É... Mais ou menos... – digo me sentando na cama.

– Você quer falar sobre o que aconteceu? – pergunta ele.

– Não, quer dizer... Talvez mais tarde...? – digo.

– Tudo bem. – ele diz se dirigindo ao seu banheiro. Sai de lá vestido e com os cabelos molhados. – Você vai para a sua casa agora ou...?

– Eu só estou procurando os meus sapatos... – digo perdida, verificando debaixo da cama. – Eu já vou... – murmuro atrapalhada.

– Eu te ajudo. – Cole diz se abaixando, esticando seu braço para debaixo da cama. Não estava conseguindo enxergar, estava apenas mexendo minha mão loucamente com a esperança de encontrar algo. Sinto o toque das mãos pesadas de Cole sobre as minhas.
Acho meus sapatos. Nos levantamos sem jeito, eu estava sentindo minhas bochechas queimarem de tanto nervosismo.

– Ah... eu te levo até a porta. – ele diz, apressado.

Saio da casa dos Sprouses, não sei como não havia percebido que Sprouse era meu vizinho.

Pov's Cole.

Porra! Eu estava duro novamente!
Lili me deixou assim, quando eu sai do meu banheiro ela estava procurando seus sapatos com a bunda para o alto. Se fosse que nem nos filmes, eu arrancaria a roupa dela e nós transaríamos feito dois animais. Mas não, Lili estava magoada.
Eu estava apenas com o meu roupão, por pouco, Lili poderia perceber que eu havia ficado duro com ela. Me apressei para ela sair, não saberia onde enfiar a cabeça se ela me visse nesse estado.

Pov's Lili

Quando chego em casa, deito no sofá mesmo, acabada emocionalmente e fisicamente. Dolorida, meu psicológico está cada vez mais detonado.
Magoada, é isso que estou.
Deve haver algum problema comigo, não é possível, eu não aceito.
Choro baixo, não sei se há alguém em casa, sinto vontade de sumir do planeta. Sinto vontade de ser invisível, meu plano sempre foi esse, mas desde que as fofocas sobre mim e Kj foram espalhadas, eu sou conhecida como "narcisista boqueteira", "cadela gostosa" "Lili Putinha Reinhart" "oferecida"...
Fazem lista sobre os melhores peitos e melhores bundas na escola, eu apareço, me sinto mal, me odeio, me sinto nojenta.
Eu odeio ter esse corpo, eu odeio homens, eu me odeio.
Só quero morrer, nunca mais lembrarão de mim, nunca se importaram comigo, apenas querem saber se eu sei chupar um pau ou não.
Querem me comer, querem apenas isso, ninguém nunca se importou com algo além disso.

༄ ᴛᴇᴀᴄʜ ᴍᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora