The Criminal {ziam mayne}

1. Onde tudo começou

Zayn Malik

Saí do carro pegando a minha bolsa e entrando em casa logo em seguida do Louis, subi até o quarto deixando minha bolsa no cabide e fui até o banheiro tomar um banho. As horas se passavam e a única coisa que o Louis sabia fazer era ficar enfurnado com a cara no celular, como sempre, não sei porque pensei que isso poderia mudar um pouco.

— Está com fome? – Ele me perguntou enquanto eu trocava os canais na televisão na espera de encontrar algum filme bom para assistir.

— Um pouco. – Respondi ainda mantendo o meu foco nos canais.

— Vou pedir, o que você quer? – Ele manteve sua atenção no celular enquanto conversava comigo.

— Pode ser frango frito? – Perguntei direcionando meu olhar a ele.

— Pode. Já vou pedir. – Ele se levantou e desceu enquanto fazia o pedido pela ligação no celular.

Nós estamos juntos a cerca de quatro anos, eu conheci o Louis no segundo ano do ensino médio aos meus dezesseis anos, eu demorei um pouco pra descobrir sobre a minha sexualidade. Aos quatorze anos de idade eu tive a minha prima atração por um menino, de início eu achei que estava ficando totalmente louco, tive uma conversa com meus pais e começamos a frequentar uma pequena igreja da nossa antiga cidade, até que eu conheci um outro menino e acabei por me envolver com ele, mas o maior problema foi que isso se espalhou por toda a cidade, e como os meus pais não me aceitaram, eu acabei por ficar cada vez mais preso dentro de casa, eles faziam o máximo para que eu não saísse e nem se quer fosse visto com eles ou próximo a eles, a vergonha que eles sentiam de mim era imensa.

Um certo dia eles me mandaram para morar com os meus tios no centro de Atlanta, e depois de alguns meses se mudaram pro mesmo local mas me fizeram prometer que eu pararia com "isso" e voltaria a frequentar a igreja até que eu melhorasse, em um certo ponto eu me senti hm doente, e seguia tudo, exatamente tudo que os meus pais falassem ou mandassem em busca da minha cura, porque nem eu mesmo me aceitava assim. Porém por mais que eu tentasse eu só me sentia mal a cada dia que passava, até que o Louis entrou para a mesma classe que eu, ele era o único amigo que eu tinha, a maioria dos meninos da classe me evitaram pelo fato de eu ser gay, já o Louis, ele sempre esteve ao meu lado, até o dia em que ele disse que estava apaixonado por mim, e então começamos a namorar.

Depois que fizemos cerca de um ano de namoro, os meus pais descobriram, de um modo não muito bom, nem para mim nem para o Louis, nós estávamos na minha casa até que meus pais chegaram e nos viram, e depois disso toda a minha vida virou uma eterna bagunça. Eu fui expulso de casa por não ter conseguido a cura que meus pais tanto queriam, sendo assim a única pessoa que poderia e me acudiu foi o Louis, e assim começamos a morar juntos. Com o tempo as coisas pareciam ficar cada vez mais cansativas, eu me sinto um farto nas costas do Louis, os anos iam se passando e as nossas brigas se tornaram cada vez mais frequentes e mais sérias. A nossa pior lembrança foi de quando ele me jogou um abajur, e eu certamente revirei.

Louis trabalha em uma empresa de finanças no centro, e por mais que ele ganhe bem o suficiente para manter nós dois eu ainda não gosto disso, então quando não estou na faculdade eu dou aulas particulares, faço trabalhos para fora e coisas do tipo, e o Louis odeia que eu faça isso, eu sei que ele se importa comigo e quer que eu foque apenas nos meus estudos mas eu odiaria ficar em casa o dia inteiro sem fazer nada.

Até hoje nunca mais tive qualquer tipo de contato com meus pais, hoje em dia é só eu e o Louis e mais ninguém. O louis tem a família dele e até que se dão bem, a única pessoa da família dele que ele nem cumprimenta é o pai, fora isso ele tem irmãs, mas quase não visita a mãe.

— Bebê? – Louis me chamou pela terceira vez.

— Oi? Desculpa não te ouvi. – Olhei para ele que logo se sentou com o pedido que já havia chego.