Capítulo 1

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Clarisse

Acordo todas as noites chorando ou gritando com pesadelos durante o ano todinho, eu já não sabia mais o que fazer, e hoje está sendo um dos dias que  tive mas um pesadelo  de que Jackson  tinha voltado e  matou a todos que eu convivia, falando que eu era uma idiota por ter denunciado ele , respiro fundo para espantar esses pensamentos, levanto  da cama e vou para o banheiro onde faço minha higiene pessoal e depois  que troquei de roupa desço para o andar de baixo onde vejo papai e Dante sentados no sofá conversando.

— Bom dia!— falo chamando atenção de ambos em  minha direção 

— Bom dia clarisse.— Dante fala com um sorriso e eu retribuo, depois do que aconteceu ele se tornou um grande amigo meu, posso até dizer que o melhor  e  como papai está morando comigo ele sempre aparece por aqui para o visitar.

— Bom dia, minha princesa!— Papai vem em minha direção e me abraça deixando um beijo em minha testa.— Dormiu bem? 

— Sim. — Falo com uma careta no final 

— O que aconteceu? Porque dessa carinha?

— Acabei tendo pesadelos de novo.

— Com o Jackson ?

— Infelizmente.— Faço um biquinho e papai me puxa para um abraço quentinho me deixando bem confortável ao seu lado.— Eu tenho medo dele aparecer aqui e cumpri o que prometeu.

— Não precisa ter meu amor, fica tranquila, ele nunca vai sair com vida daquele lugar, agora vamos deixar esses pensamentos e essa carinha de lado e vamos tomar café, aposto que você está morrendo de fome.

— Acertou em cheio, estou faminta. -- Os dois homens dão risada e vamos para a cozinha onde sentamos na mesa e começamos a tomar café a meio de conversas e risadas, e todo dia eu agradecia a Deus por ter me dado um pai tão maravilhoso quanto o meu.

 Dois meses depois que Jackson foi preso ele me falou sobre  as atrocidades que Alice fez me deixando bastante triste, pois a mulher que eu considerei como mãe fez do que fez, não só comigo mas também com o ele.
 Ele também me falou sobre a minha verdadeira mãe que se chama magnólia, e eu às vezes me pego pensando se  ela vai me querer ou simplesmente nunca sentiu a minha falta.

— Nossa, esse bolo está magnífico!— Falo e pego mais uma fatia do bolo de chocolate com recheio de chocolate branco e alguns pedaços de morango, meu sabor de bolo preferido.

— Foi o Dante que trouxe.— papai fala dando um gole em sua xícara de café

— Onde você comprou Dante? Quero comprar mas  vezes é muito gostoso.— Digo olhando para ele que sorri em minha direção e fala como não quer nada.

— Vou cobrar bem caro pra você então!.

— Ah! Como assim?

— Fui eu que fiz.

— Mentira!! Você está brincando né?

— Não! Estou falando sério, eu gosto de cozinhar quando estou em casa, e como eu amo doces terminei de fazer um curso de confeitaria há cinco meses.

— Então você está de parabéns meu amigo, já está pronto pra casar.

— Bem que eu queria, mas quem eu gosto não gosta de me dessa mesma forma  — ele fala olhando para mim  

— Ela sabe que você gosta dela assim? 

— Não

— Então conte, se não você nunca vai saber o que ela realmente sente por você 

— Já cansei de falar isso para ele filha, só que ele é uma cabeça dura e não quer me obedecer. 

— É porque ainda não é o momento certo gente, bom já chegou a minha hora, obrigado por me deixar tomar café aqui alberto.— Dante fala se levantando da mesa 

— Por nada, você é sempre bem vindo aqui filho.— Dante faz um sinal de cabeça e acena pra mim e sai de casa.

— Já é hora dele ir mesmo papai? 

— Não! Mas você entrou no assunto que ele ainda não se sente à vontade para falar com a gente.

— mas eu só estava elogiando?

— Será mesmo princesa?— papai me pergunta com um sorriso de lado e eu sei que ele está escondendo alguma coisa de me, ele levanta da mesa e leva a louça pra pia

— Vou sair pro trabalho, volto a noite, se cuida e saia um pouco para se divertir, não quero você aqui dentro presa pensando no passado.

— Tá bom papai, bom trabalho para o senhor.— ele deixa um beijo na minha testa e sai de casa me deixando sozinha, arrumo as coisas em casa e depois subo para o andar de cima e troco de roupa e desço para o andar de baixo onde saiu de casa e vou andando  até o cemitério onde Yara foi enterrada, acho que acabei pegando uma rotina de todos os dias ir falar com ela, o caminho até lá pude vê várias crianças brincando enquanto  alguns casais sorriram um para o outro e eu penso que nunca terei o prazer de conhecer o verdadeiro amor, paço em uma floricultura e alguns minutos depois chego ao  meu destino e ando até o túmulo da minha pequena e me ajoelho ao seu lado  e deixo as rosas que eu trouxe em cima da sua lápide.

— Oi meu amor, como você está? Eu sinto tanto a sua falta? Eu queria tanto ter te pegado no colo, ouvido você me chamar de mamãe, eu sinto muito por ter deixado isso acontecer, se eu tivesse falado a verdade naquele dia no hospital você hoje estaria aqui comigo. Espero que um dia você possa me perdoar meu amor, pois eu te amo mais que tudo, daria qualquer coisa para te ter aqui comigo.

Termino de falar e enxuguei as lágrimas que insistiram em cair no mesmo momento que uma borboleta amarela pousa na palma da minha mão e eu sinto uma calma tão grande no meu coração, olho pro céu sorrindo  e logo a borboleta vai embora, eu levanto e também saiu do cemitério e vou para o restaurante de Hilary.

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