Capítulo 5

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Os dias foram passando e nada de Dante acordar, e isso já estava me deixando preocupada, mesmo o médico dizendo que ele estava se recuperando bem, hoje em dia ele já está livre dos aparelhos que tinha em seu corpo, mais mesmo assim eu não me conformava, pois só ficarei feliz quando ele voltar pra casa.

Hoje também completava duas semanas que fiquei aqui no hospital com ele, Hilary quando soube, veio me visitar e sempre que podia nos horários de visitá eu trocava com meu pai, e saia um pouco para respirar o ar fresco.
Como já fazia muitos dias que eu não dormia em casa, papai me obrigou a voltar e ficar em casa para descansar, ele disse que cuidava muito bem de Dante para mim, depois de muito adulo da parte dele, eu acabei aceitando, mas não foi de boa vontade.

Estava em casa terminando de arrumar minhas coisas para voltar pro hospital, quando recebo uma ligação de um número desconhecido.

- Alô!

-.....

- Alô! Quem está falando?

Mais uma vez a pessoa do outro lado da linha não disse nada, apenas estava ouvindo sua respiração.

- Se não vai falar nada eu vou desligar, tenho muita coisa importante para fazer do que está aqui perdendo meu tempo. - falo irritada e quando ia apertando no botão vermelho para desligar, escuto a voz de quem eu jurava que não ia ouvir nunca mais na minha vida.

- Desculpa aí, liguei para o número errado.- No momento do choque meu celular caiu no chão, e eu não tinha dúvidas que essa voz pertence ao Jackson e no momento do susto larguei o celular de minhas mãos e a sorte foi que caiu em cima da cama.

- O que aconteceu, Clarisse? Você está pálida.- pergunta Hilary tentando me confortar

- Ele... o Jackson Hilary . .ele me ligou.

- Não amiga, você pode ter se enganado, o Jackson está preso lembra,ele não tem como ter ligado para você.

- será mesmo?- pergunto desconfiada

- Sim, mas para você ficar mais tranquila vamos trocar de número de telefone tá bom.

- Tá sim, muito obrigada amiga!

- por nada meu bem,agora vamos esquecer isso e vamos descer , ou você não vai ficar com o Dante hoje?- ela da um sorriso no final da fala

- claro que vou, - pego minha bolsa e desçemos para o andar de baixo onde saímos de casa.

- Como você vai ficar lá, e o seu pai está com carro , vamos no meu.

- Certo, vamos.

Hilary da partida no carro para o hospital e chegando lá nos despedimos com um abraço e ela foi para o restaurante, eu entro no edifício e sigo para o quarto onde Dante está, e assim que passo pela porta papai vem me receber.

- Clarisse! Espera.

- O que foi pai?- pergunto confusa por ele não me deixar ir até a cama

- Deixa eu te falar uma coisa, o Dante acordou, mais ele..

- O que tem ele pai?- falo apreensiva e feliz ao mesmo tempo, por ele ter acordado, isso é sinal de que vai dá certo com a fé em Deus.

- Ele perdeu um pouco da memória, não reconhece todo mundo, só queria te dizer isso para você não se assustar caso ele não reaja muito bem essa volta.

- Será! Se ele vai lembrar de mim?- pergunto para papai

- Eu não sei.

Andamos para perto da cama de Dante e fico olhando para ele, e pensando se ele vai lembrar de mim ou não, o meu dia já começou muito mal com aquele telefonema, respiro fundo e limpo as lágrimas que insistiu em cair dos meus olhos, e como um passe de mágica, Dante abri seus lindos olhos e ficamos nos olhando por alguns segundos.

- Oi, Como está se sentindo?- pergunto segurando sua mão

- Ah, oi... quem é você?- ele me responde com outra pergunta e tira a sua mão da minha, me deixando com o coração partido com a sua reação.-ele olha para papai e continua falando.- Quem é ela, Alberto?

- Ela é minha filha, a menina da qual eu te falei.- Ele conta a me olhar e nessa hora eu não consigo aguentar e desabo chorando, um choro de alívio por ele ter acordado e um choro de tristeza por ele ter perdido a memória e não poder lembrar de mim.

- Com licença, eu não posso ficar aqui.- Ando em passos rápidos em direção a porta mas antes que eu pudesse sair, escuto a sua voz me chamando.

- Clarisse, você achou mesmo que eu iria esquecer de você?- Ele fala com a voz um pouco rouca por causa do pouco uso e eu olho para ele enxugando as lágrimas, e vejo o seu sorriso de covinhas em minha direção e continuar a falar.- Eu estava apenas brincando com você.

- Eu não acredito nisso? Eu não posso acreditar que você só pode estar brincando comigo? Até o senhor papai está metido nessas? - Olho para ele indignada

- Me desculpa meu amor, isso tudo foi ideia do Dante, ele acordou hoje cedinho, já fez alguns exames e graças a Deus não tem nada incomum com a cabeça, e como ele está se recuperando bem, em breve vai sair do hospital, agora eu tenho que ir, e depois nós dois temos algo muito importante para conversar ok.- Ele fala olhando para mim

- Tudo bem pai.- Ele deixa um beijo na minha testa e vai embora, eu olho para o Dante que estava meio que sentado na cama com um sorriso no rosto e logo esse sorriso se desfaz com a frase que eu disse.

- Eu vou matar você seu idiota, nunca mas brinque com algo assim tão sério, você não sabe o quanto eu sofri.- falo chegando perto dele cada vez mais.

- Clarisse vem cá, me desculpa por isso, eu quis brincar com algo sério, mais prometo nunca mais fazer isso.

- Promete mesmo?

- Sim, eu prometo.- Ele fala e abre o meu braço que não está doente e eu o abraço e enterro meu rosto em seu pescoço.

- Nunca mais faça isso, eu pensei que você ia morrer.

- Eu não posso morrer agora.- Me afastei do seu abraço e nos encaramos mais uma vez.- Obrigado por cuidar de mim esse tempo todo, o seu Alberto me contou o que você fez comigo.

- Não precisa agradecer, eu só fiz o que você faria por mim.- Ele pega em minha mão e faz um carinho ali, fazendo eu sentir as famosas borboletas no estômago, e antes que ele pudesse responder, entrou um enfermeiro no quarto e nos afastamos.

- Com licença, espero não estar atrapalhando vocês, eu vim fazer os curativos senhor Cooper.

- Não está atrapalhando nada.

- Que bom.- eu falo e o enfermeiro faz o que veio fazer aqui.






































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