PROIBIDO PARA -18
Se você tem uma dívida com Hell Darlew, pague-a, ou ele lhe faz sangrar até morrer.
Felipe sabia disso, mesmo assim pegou dinheiro para apostar tudo em cavalos. A data do pagamento chegou, a conta não foi paga a Hell quer recebe-la...
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— Porque ela está aqui? — Galisa estava deitada na minha cama à minha espera.
Seu tom irritado ecoou no quarto. Ela era uma boa garota, sabia exatamente o que é nascer na classe dos rejeitados. Esteve do meu lado desde o início e me viu crescer sobre a escuridão da cidade em que nasci.
A pergunta que ela me fez era curta, porém complexa. Mas apenas o superficial eu estava disposto a dizer.
— Ela quer ver o pai dela. — Olhando o fogo consumir a madeira eu tirei o cinto, depois a camisa.
— Tenho minhas dúvidas quanto a isso.
— Não deveria — sentei em uma cadeira e comecei a tirar meus sapatos —, nesse momento ela está com o mentiroso do Felipe.
— Não falo sobre o que você me respondeu, e sim, sobre o que não me disse! — Galisa saiu da cama.
Ela vestia algo novo e bonito. Uma camisola perolada e provocante. Perto a mim, deu para sentir mais seu perfume.
— Galisa, estou cansado e preciso...
— Eu vi a forma que você olhou para ela. — Ergui meus olhos e na face da mulher que sempre me defendeu estava ali o ciúme, o desdém. — Eu vi como você tocou nela!
Sem os sapatos, me ergui da cadeira. Galisa não parou.
— Ela não é uma Romani, Hell. Pessoas não Romani trazem desgraças para quem são! — Dos olhos dela brotaram o medo.
— O que você viu em suas pedras, Galisa? — a interroguei, meio desconfiado.
Ela negou e se afastou.
— Elas não me mostram nada sobre você. Seu corpo fechado não ajuda. Você é um mistério, um mapa sem percursos, cidade ou rios. Você é uma porta trancada com ferros pesados.
Segurei o rosto de Galisa. Ela segurava lágrimas. Ela tremia em minhas mãos.
— Fique calma. Desgraça alguma vai em atingir. — Tentei tranquilizá-la.
Galisa me agarrou forte, como se fosse a última vez que tivesse aquela oportunidade.
— Diga a sua mãe para ler as pedras para mim — pedi a Galisa. Elas tinham o dom de ler o futuro em pedras de água marinha sobre um tabuleiro de prata.
Galisa me olhou triste.
— Seu coração precisa amar. Só assim, Hell, podemos ver seu futuro. Me voliv tu.
Ela disse que me amava em Romani.
Beijei sua boca.
— Adoraria te amar também, Galisa. Mas não sou dono do meu coração.