002 💚

129 20 105
                                    

Aos poucos desperto sentindo leves dedos massageando meus cabelos e um sorriso surge em meus lábios e assim que me espreguiço recebo beijos na testa e na bochecha.

-Bom dia florzinha de maracujá.-deseja com todo amor e carinho.

-Bom dia, mãe.-desejo me sentando e esfregando os olhos enquanto bocejo.-Dormiu bem?

-Dormir sim e você anjinho?-alisa meu cabelo.

-Também.-digo e meus pensamentos se voltam ao meu sonho com o João.

-E esse sorrisinho bobo, em?-simplesmente não gosto desse lado da minha mãe em não conseguir deixar nada passar despercebido.

-Gosto quando me acorda.-omito o real motivo.-Me sinto mais alegre e mais leve.

-Isso é ótimo minha pimpolha.-se levanta e abre as cortinas.-Agora vai se arrumar.

-Sim senhora.-me espreguiço novamente e saio da cama indo para o banheiro.

Meia hora depois estou na mesa com meus pais e a minha irmã que chegou ontem à noite.

-Me passa o requeijão, Nath.-peço e a mesma olha para a tela de seu celular enquanto digita.-Nathália?

-O que foi, Lil?-se volta pra mim irritada por ter a desconcentrado.

-Me passa o requeijão, por favor!-peço novamente e ela revira os olhos me empurrando o copo.

-Você não tem mão, não?-diz rispída.

-Você estava mais perto do requeijão.-digo me controlando para não apertar a garganta dela.-E veja lá como fala comigo, garota.

-Você não manda em mim.-me encara com fúria e eu lhe olho da mesma forma.

-Pode parar com isso agora!-meu pai expressa sério.-Palhaçada.

-O maior erro de vocês foi ter dado esse celular pra uma pirralha.-pronuncio indignada.

-Cuida da sua vida.-vocifera e minha mãe bate na mesa com força.

-Para agora vocês duas ou terei que tomar sérias providências.-seu tom de voz é firme e até meu pai fica calado.-Nathália quantas vezes eu já falei para não mexer no celular enquanto estiver na mesa? E sua irmã só pediu para passar o copo que estava mais perto de você.

-Agora sou a culpada de tudo.-alega incrédula.

-Mais uma palavra e pode dar adeus a esse seu celular.-aponta o dedo para a mesma que relaxa os ombros antes tensos de insatisfação.-Me entrega o seu celular agora.

-Mas, não fiz nada...-minha mãe ergue as sobrancelhas e ela entrega à contra gosto.

Enquanto tomamos o nosso café agora em total silêncio minha mãe verifica o celular da Nath que me encara com muita raiva.

A fase da adolescência é a pior de todas e tento me lembrar se era rebelde assim.

-Depois quero saber sobre algumas pessoas que eu não conheço e pode apagar esses vídeos que contém essas músicas e frases deprimentes.-lhe olha com seriedade.-Você não está passando por nada disso ou está Nathália?

-Não mãe.-responde sem vontade.-São apenas vídeos.

-Eu não quero vê-los no seu celular.-diz e leva a xícara a boca.-E termina logo o café da manhã.

Depois desse pequeno ocorrido meu pai nos leva até o nosso respectivo colégio que infelizmente é o mesmo e Nath nem sequer me olha. Me despeço do meu pai e sigo devagar até ver que minha irmã está bem longe da minha vista. Pensa numa guria que se irrita fácil e está numa fase horrível. Ainda bem que ela volta com os amigos e não comigo.

Ensino Médio Diferente (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora