⍆ Chapter Two

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Serena Merazzo era, por certo, um pequeno pedaço de mal caminho

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Serena Merazzo era, por certo, um pequeno pedaço de mal caminho.

Logo que meus olhos astutos pousaram na figura miúda da morena charmosa perambulando pelo saguão de desembarque do Aeroporto Internacional de San Diego, eu soube que aquela seria o meu tão esperado alvo.

Já havia visto fotos antigas da moça na internet, afinal ela conviveu nos mesmos círculos sociais que eu até a adolescência, porém o tempo com certeza tinha lhe caído bem. Serena não era mais uma criança, se transformando numa mulher que, sem sombra de dúvidas, chamava bastante atenção, apesar da baixa altura.

Pelo meu chute arriscaria que ela possuía, no máximo, um metro e setenta de altura, se não fosse um pouco menos que isso. Seu corpo foi perfeitamente distribuído em curvas latinas deliciosas, junto com um rosto quase que angelical.

O olhar castanho parecia perdido enquanto ela buscava sua mala, como se seus pensamentos estivessem longe. Por infelicidade, não atraí de cara sua atenção, precisando usar de outra artimanha para que Serena me notasse. Quando enfim consegui o seu foco, numa desculpa esfarrapada de que necessitava de ajuda com as malas, pude observar de perto o quanto ela ficou desestabilizada.

Nossa diferença de tamanho chegava a ser intimidadora, pois no auge dos meus um metro e noventa dois, a maioria das pessoas ao redor sentiam-se deslocadas. Não que isso fosse qualquer empecilho, afinal pelo modo como a respiração da morena falhou ao me analisar dos pés a cabeça, isso significava que Serena tinha gostado do que viu.

O diálogo foi curto e rápido, dando-me tempo apenas para sentir um pouco da sua personalidade, porque no final das contas ela não parecia muito interessada em conversar com um mero estranho em pleno aeroporto, provavelmente a ordens do bastardo de seu pai Rodrigues, que certamente havia dado-lhe instruções claras de que não deveria chamar muita atenção.

Até onde eu sabia, Serena Merazzo não estava de volta aos braços de sua máfia materna, visto que ela almejava uma vida simples e normal ao contrário do que lhe era imposto, motivo pelo qual o seu pai a enviou para o México. Não estava entendendo ao certo como isso funcionaria, mas deveria confessar que me sentia ansioso pelo desenrolar dessa história, principalmente após examinar a mulher de perto.

Afinal de contas, não seria tão ruim tê-la ao meu lado para brincar um pouco com uma mulher da Ganorra.

Depois da minha primeira investida, me dirigi até a mansão Bianchi, atravessando os enormes portões de ferro para adentrar o jardim quilométrico até a construção. Os traços tipicamente italianos não eram apenas uma herança de sangue, deixando bem claro a presença da nossa origem diante da beleza arquitetônica. Os tons de marrom queimado faziam parte da fachada principal, assim como no interior da residência, sempre conservando o legado do lugar que foi lar de várias gerações da família.

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