omissão

173 12 5
                                    

daquele dia retirei meu peso emotivo
que me fugia da realidade
e me desolava do meu corpo

naquela hora me vi sem palavras
nem reações para esboçar
e muito menos amor
que eu tanto tinha sobrando em meu sentimento
que agora foi corrompido
pelo teu estúpido medo do fim;
nós já não nos ligávamos mais
nem por telefone, nem por almas
éramos como duas placas distintas:
paradas
e simbolizando apenas uma direção oposta
e após termos nos distinguido de um só,
seguimos.
para o desfecho do nosso mundo.

a gente já não sabia quem era quem:
se eu era o culpado
ou ela.
mas ambos estávamos sentidos
e nosso sentido não mais era o mesmo,
a nossa vida já não se completava
mas eu ainda a imaginava despida,
ou de véu
naquele altar que tanto queríamos.
ela era a mistura de meus suspenses
e meus orgulhos
utilizei o pretérito
pois aquela se foi.
não é tão natural
ficar falando dessas coisas
em comuns textos
talvez escritos no improviso
porém,
são neles que deposito minhas mágoas
e meus resquícios de medo
principalmente da perda de nós dois.
isso me corrói um pouco.

amores, cores e doresOnde histórias criam vida. Descubra agora