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Não vejo Bailey a três semanas, e eu o culpo por isso

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Não vejo Bailey a três semanas, e eu o culpo por isso.

Por que ele não pediu o meu telefone, se me considera uma garota diferente, como disse que faria?

Talvez ele tenha desistido quando descobriu que Sofya, a ex dele, é a minha melhor amiga. Ou talvez Sofya tenha pedido para ele parar de flertar comigo. Estava nítido que ela havia se incomodado com o fato de estarmos juntos no dia das audições do Now United. Ou talvez ele simplesmemte não queira mais. Talvez nunca quis.

Estou sentada no sofá de cor azul-petróleo do meu apartamento. Acompanho Any com olhos, que anda em círculos sem parar no outro lado da sala, inquieta.

— Você precisa perder esse medo, Joalin. — ela fala por fim. — Já passou da hora de você começar a dirigir.

Reviro os olhos, respondendo:

— Eu não me importo de ter que andar de táxi.

Any bufou, cruzando os braços e me encarando com o semblante fechado.

— A questão não é essa. Você já tem quase dezoito anos, Joalin.— diz Any. — Quer mesmo ser carregada pra todos os lados?

Permaneci estática. A resposta para aquela pergunta não me era muito clara. Por um lado, tenho conhecimento de que aprender a dirigir e perder esse medo irracional facilitaria muito a minha vida. Por outro, tenho pavor de pegar no volante. Minhas pernas começam a tremer só de imaginar o que poderia acontecer se eu de fato tentasse dirigir.

— Acho que posso aprender depois.

— Depois é mais difícil. Você tem que criar o hábito. — ela diz enquanto segura meu braço e me puxa pra cima, erguendo o meu corpo. — Você vai tentar, não vai?

Balanço a cabeça em reprovação, e ela fecha a cara.

— Você é muito teimosa.

—Não sou teimosa.

— Isso é o que todo teimoso diz. — ela sorri. — Você precisa tentar.

Suspiro, me dando por vencida.

Eu e Any nos dirigimos ao corredor externo e entramos no elevador quando as portas são abertas.

Avistamos o carro de Any estacionado do outro lado da rua: um Honda Civic preto, modelo de 2014.

Entro no veículo e me acomodo no banco frontal revestido de couro preto. Any estava prestes a se sentar do meu lado quando eu a impedi.

Não confio em mim mesma quando o assunto é a direção, logo, prefiro fazer isso sozinha, sem envolver mais ninguém. Any parece entender, já que não protesta e confia seu carro novo a mim.

Um erro grave...

Afivelo o cinto de segurança e o ajusto no meu corpo, encaixando a chave na ignição, ao lado do volante, em seguida. Lanço um último olhar a Any, que movimenta os lábios, dizendo um "você consegue".

flirt • joaleyOnde histórias criam vida. Descubra agora