Irresistível

Capítulo 8

David Walker

—Está bom? – Pergunto vendo Jessie comendo com gosto.

—Bastante. – Diz de boca cheia me fazendo rir.

Pedi uma sopa, como ela estava mal é uma comida leve e não iria deixa-la enjoada. Jessie estava enrolada na coberta e eu tinha tirado meus sapatos para ficar mais confortável, estávamos nós dois sentados no sofá comendo.

Pego as duas cambucás já vazias e as levo para a pia, volta a sentar ao seu lado colocando a mão em sua testa para ver como estava sua temperatura.

—Não está mais tão quente. – Jessie estava um pouco corada por conta do calor, o que a deixava mais fofa.

—Que bom, eu tomei um remédio mais cedo. Daqui a pouco já estou nova de novo. – Concordo.

Vou até a cozinha e pego um copo de água gelada e dou a ela.

—Aqui.

—Obrigada.

Ela toma a água e coloca o copo em cima da mesa de centro.

—Você não deveria estar na empresa? – Pergunta dobrando as pernas em cima do sofá.

—Talvez, mas eu sou o dono. – Dou de ombros a vendo revirar os olhos.

—O que veio fazer aqui?

—Quando cheguei na empresa não te vi, esperei para ver se você chagava e nada, fiquei preocupado. Pelo o que eu sei você nunca faltou, então vim aqui ver se estava tudo bem e parece que não. – Jessie faz uma careta entortando a boca.

—Está tudo bem.

—E, não gostei do seu tom ontem. – Digo sério cruzando os braços e a vejo mordendo o lábio.

—Não entendi. – Se faz de sonsa. Estreito os olhos.

—Não gosto da intimidade que você tem com esse Peter. – Digo emburrado.

—Ele é meu amigo, é normal termos uma intimidade, além dele ser meu vizinho.

—Ah ótimo, melhora muito ele morar bem ao seu lado. – Ironizo vendo que ela bufa.

—Não vou discutir com você.

—Não estamos discutindo, estamos debatendo.

—Não, você está fingindo que está debatendo e eu estou tentando ignorar esta conversa.

—Você não pode me ignorar, estou do seu lado. – Digo ofendido.

—Quer ver como eu posso? – Me dá um sorriso de lado.

—As vezes você é uma cadela. – Resmungo.

—E você um cretino.

E de repente a porta se abre, viramos a cabeça em direção a mesma vendo o maldito Peter entrar sem bater, muito menos sem ser convidado. Abusado do caralho.

—E aí?

Me aproximo mais de Jessie passando meus braços pelos seus ombros a mantendo ali, ela bufa, mas não se afasta.

—Oi. – Jessie o responde e eu finjo que ele nem existe.

—Não foi trabalha? – Diz estranhando ela estar em casa essas horas.

—Não, fiquei com um pouco de febre então achei melhor ficar em casa.

—E não avisar. – Me intrometo.