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"Você está acordado?" Um chiado espoou de sua boca ao sentir a substância verde em contato com seu tronco. "D-Desculpe, vou tentar ser mais cuidadoso."

"Onde-" Namjoon tinha sua cabeça pesada, seu peito subia e descia de forma dolorosa.

"Estamos no celeiro do meu pai" o garoto ruivo comentou embaraçado. "Eu queria lhe oferecer um lugar melhor, mas meu pai é uma pessoa-"

"Tudo bem. Você já está fazendo muito."

"Eu sou Hoseok, o pastoreiro."

"Namjoon" com a ajuda do mais baixo, ele se sentou entre a cama improvisada, espalhando o feno para ficar mais confortável. "Você sabe como eu cheguei aqui?"

"Você me chamaria de louco se dissesse que fui acordado com nozes batendo na janela e um casal de esquilos me chamando?" O garoto sorriu divertido.

"Não, eu não chamaria" Namjoon recebeu um olhar compreensivo. "Você sempre pode fazer isso?"

"Ouvir animais? Desde de pequeno. Foi minha mãe que me ensinou. Meu pai enlouqueceu depois que ela desapareceu."

"Sinto muito, Hoseok."

"Você tem a mesma tristeza no olhar. Ela era uma boa mãe, devo imaginar."

"Me ensinou muitas coisas." Namjoon apertou o colar de presas em seu pescoço.

"Meu pai deve retornar em breve. Eu adoraria ficar e conversar, mas não tenho escolha. Enquanto ele estiver vivo, sou um pássaro engaiolado."

"Não há nada que você possa fazer?"

"Eu já pensei em fugir. Mas não quero deixa-lo sozinho. Por mais horroroso que ele seja, ainda é o meu pai. Mesmo que a loucura esteja cegando seus olhos."

"Fique bem."

"Eu volto para te ver ao amanhecer. Prometo te trazer um pouco de comida." O ruivo acenou, antes de desaparecer pela porta de madeira. Pelas brechas do celeiro, Namjoon viu o sol nascer.

FILHOTE DE LOBOOnde histórias criam vida. Descubra agora