Fix You - Camren And Norminah

Capítulo 38

Hey, pessoal

*****

Narrador Pov

Nada mais fazia sentido dentro da mente de Camila.

A única sensação viva era a dor.
Queimando.

Achava que a qualquer momento ela fosse se desintegrar e morrer.
Acabou pedindo algumas vezes por isso, só pra acabar com a dor.

Lauren estava sentada ao lado da garota.

As primeiras horas de transformação foram uma tortura particular para ela, já que Camila gritava e falava algumas coisas incoerentes.

Às vezes, ela conseguia entender alguma palavra como dor, ou faz parar, mas o resto acabava passando despercebido.

O conflito que estava por vir era inevitável, mas pelo menos aquele ataque de Dinah tinha resultado em algo: eles também ficaram com medo.

"Como ela está?" Sr. Morgado interrompe os pensamentos da filha ao entrar no quarto e se aproximando de Camila.

"Ela está mais pálida, pai. Seu coração bate, mas veja como é fraco." Lauren falou se levantando para ficar ao lado dele. "Eu não estava pronta para isso. Ela também não."

"Mas era o que ela queria. Ouça."

Os dois ficaram parados apenas ouvindo o fraco batimento cardíaco de Camila.

A morena sabia que iria sentir falta disso, quantas noite passou apenas ouvindo esse mesmo som.

Não era exatamente uma melodia para ela, mas era uma lembrança constante de que havia um coração que, como Camila disse, batia por ela.

Pelas duas.

"Nós temos que esperar. A primeira parte ela aceitou bem. Pouco mais de um dia e ela terá acordado. Vá caçar, eu fico aqui com ela." Mike propôs.

"Não. Eu só saio agora para caçar com ela." Lauren diz e essas palavras encerram uma discussão que poderia ter sido iniciada.

***

"Dinah Jane!" Normani exclamou frustrada enquanto tratava os novos ferimentos nas costas da namorada. "O que eu faço com você, me diga."

"Ele matou a Camila!" Dinah exclamou. Estava frustrada com o fato de ver sua amiga pálida sobre uma cama. De ver aqueles homens acusando sua namorada. Tudo estava tão confuso dentro da sua cabeça, mas algo estava muito claro.

Não iria ficar parada mais.

"Ela vai ficar bem. Você sabe." Mani tentou falar de um jeito calmo, mas falhou. "Você se mete em tudo e age por impulso. Eu não posso aturar isso, Dinah. Não posso!"

"Eu também não posso ficar parada, Mani." Dinah retrucou e levantou-se ignorando os protestos de Normani.

Vestiu uma camisa, mas quando ia abrir a porta, uma mão a puxou e a virou, fazendo seus corpos colarem.
Após alguns instantes, as duas perceberam a proximidade em que se encontravam.

"Eu sempre vou proteger você, não importa o que esteja na frente. Se é certo ou é errado." Dinah falou em uma voz baixa, já que seus lábios estavam praticamente se tocando.

"Eu sei..."

É tudo o que Mani diz antes de Dinah a puxar pela cintura e iniciar um beijo ávido.

Logo ela pressiona a negra contra a porta gerando um baque mais alto do que o normal.

Várias sensações passavam por ela enquanto se agarravam como há muito não faziam.
A dor, no entanto, era a mínima delas para Dinah.

Mani, por sua vez, tentava retomar o controle da situação empurrando a garota para longe, mas sua força de vontade não era tão grande assim.

Quando já estava para desistir e se entregar ao beijo, Dinah pegou e levantou suas mãos até a altura da cabeça, enquanto descia beijos pelo seu pescoço frio.

Normani mordeu o lábio com força para tentar conter o gemido que escapava dos seus lábios, mas foi em vão.

"Você gosta... não precisa se conter." Dinah diz enquanto fazia uma trilha de beijos até os seios de Normani. Soltou as mãos dela e, num movimento rápido, tirou sua blusa. "Você é tão linda, Mani..."

"Dinah..." Normani ia falar algo, mas se perdeu ao fitar aqueles olhos negros cheio de desejo. "Não me olhe assim."

"Faça amor comigo, Mani." É tudo que a loira diz antes de jogar Normani na cama.

Mani mal teve tempo de se acomodar sobre o móvel, que rangeu, e Dinah já estava sobre ela seus corpos totalmente colados.

"Dinah, suas costas." Mani falou, mas a loira apenas acena concordando que está tudo bem.

Lentamente, Dinah tira cada peça de roupa da namorada deslizando suavemente seus dedos pelo corpo alvo.

Seus corpos, agora nus, colados.

Normani amava o contraste da temperatura da pele de Dinah. Deslizou a mãos pela lateral da garota, mas parou ao sentir uma coisa pegajosa.

Sangue.

"Droga, Dinah." Mnai a afastou suavemente e se levantou. Viu que o sangue já começava a escorrer. Sem dizer uma palavra tratou de cuidar dos machucados da namorada.

"Mani... Eu quero agora." Dinah choramingava tentando tocar a namorada que, ainda nua, se afastava.

"Não, Jane. Para matar aquele cara você não pensou nas consequências." Mani falou frustrada e deu uma pressionada desnecessária nas costas da loira.

"Aii calma, Mani. O que você queria que eu fizesse? Eles só fizeram aquilo porque sabem que nós nunca revidamos. Mas veja só, nós não vamos aceitar isso mais passivamente."

"Tudo bem, Dinah, eu não estou dizendo que o que fez foi errado." Mani sentou-se na cama e deito a cabeça da namorada em seu colo. "Mas não podemos fazer nada até as suas costas ficarem melhores. Pense nisso. Pelo menos uns dois dias de repouso faria milagres."

"Vou me comportar, prometo." Dinah disse numa voz manhosa, fazendo um leve biquinho. "Agora deita aqui comigo, vai."

Normani sorriu e deitou-se sob a garota, que levantou o corpo para a negra se encaixar.

Dinah olhou para a mão de Normani e viu que ainda estava suja de sangue.

Uma curiosidade passou pela sua cabeça e ela não resistiu à perguntar.

"É ruim?" Perguntou apontando para a mão dela. Normani, por sua vez, levantou a sobrancelha analisando o questionamento de Dinah.

Tentando obter uma resposta, colocou o dedo na boca e lambou levemente.
O sangue não era exatamente ruim, porque afinal ainda era sangue, mas tinha um leve amargor no final que acabou incomodando.

"Não é um dos melhores." Comentou sorrindo acompanhada de uma risada de Dinah.

"Ótimo, já não morre mais de fome." Dinah respondeu depois de um bocejo.

As duas ficaram em silêncio e Dinah logo acabou adormecendo.

Normani sorriu para o leve ronronar que a loira soltou e ficou apenas à acariciar os cabelos dela, olhando-a dormir.

*****

Até o próximo