Peguei as chaves do carro em minha bolsa e respirei fundo me despedindo de Mia, que ficava na recepção do trabalho.
Passei pela porta de vidro e avisto um carro todo preto e um homem vestido em seu terno bem engomado.
-Senhorita Hazel?.-Indagou alto e claro.
-Sim.- Franzi o cenho ao responder.
-O Sr. Robert me mandou pegá-la.-Falou mais como uma ordem.- O Sr. Guilherme não estava em condições de sair.-Exclamou!
Entrei no carro rapidamente. Achei que o teste de DNA só seria depois das oito, mas pela expressão dele, alguma coisa aconteceu.
Encostei a cabeça no vidro e meu celular toca dentro da bolsa.
O carro estacionou na entrada do grande prédio luxuoso e eu desci.
Depois de quase vinte andares, cheguei na cobertura, assim que o elevador se abriu, arregalei os olhos.
Vejo Robert conversando com três policiais e Guilherme sentado no braço do sofá passando as mãos nos cabelos.
-O que aconteceu?-Pergunto assustada .
Guilherme olha pra trás rapidamente e assim que me vê da passos rápidos até mim.
-Raydell levou o Colton.-Exclamou!
-Quê? Como assim?.- Pergunto mais confusa ainda.
-A gente, a gent.
-Melany querida.-Jennifer interrompe Guilherme, que estava tão atordoado que mal conseguia falar sem atropelar as letras.- Colton é filho do Robert.
Minha nossa!
Cheguei tarde demais é isso?
-Fizeram o teste, o resultado não demorou muito, Guilherme não é filho do Raydell e muito menos o Colton.-Responde.
Meu queixo vai lá em marte.
-Quando Raydell viu o teste, fugiu com Colton.- Completou a resposta.
Olho pra Guilherme que agora conversa com um dos policiais.
-Raydell só pode estar querendo dinheiro.-Penso alto e todos olham pra mim.- Ah não, vejo muito isso nos filmes.- Corrijo ficando vermelha de vergonha.
-Que esteja querendo dinheiro ou não, só quero saber se o menino realmente deseja ficar com Raydell, mas se não, faço questão que fique comigo, Raydell querendo ou não.- Robert fala em alto e bom som.
Os policiais saem e Robert logo depois de receber uma ligação.
-Eu disse que Raydell não era seu pai.-Brinco com Guilherme.
Cheguei na hora de uma bela de confusão.
Meu celular toca e eu voupara o banheiro atender, tiro o celular que tocava em minha bolsa.
-Alô?.- Atendo sem nem olhar quem é.
-Melany, eu o vi.- Esculto a voz de Karol, baixa, e deprimida.
-Viu quem?.-Pergunto franzindo o cenho.
-O Kaio, eu o vi, eu o vi.-Fala soluçando.
Meu corpo todo estremeceu.
-Como assim, aonde? Você falou com ele?.-Perguntei me temendo toda.
-Eu, eu, não tive coragem de falar, fiquei paralisada.-Falou atropelada pelas palavras, junto com os soluços.
Se eu não sabia o que fazer, agora que eu não sei mesmo, o irmão do Guilherme é "sequestrado".
Karol rever o irmão que não via a 500 anos atrás.