Numa mercearia

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A vida não lhe era fácil. Trabalhava no duro para levar a vida. Mas acima de tudo acreditava em magia mesmo com a vida a dar -lhe ratoeiras. Estava naquele momento a trabalhar na mercearia de um amigo do seu irmão. Às vezes exigiam-lhe mais do que noutros empregos. Mas tinha de se aproveitar as oportunidades. Estava - se em Portugal. Decerto que as coisas iriam melhorar. Era uma questão de tempo. Estava naquela altura a repor os stocks da mercearia. Era um trabalho duro mas necessário. Gostava de trabalhar devagar e certo. Entendia - se melhor assim. E lá levava a vida bastante cansado muitas vezes. Mas precisava mesmo do dinheiro. E não poderia recusar nada. Tinha sempre as suas quatro pedras coloridas. Duas em cada bolso e denominava-as de princesas. Ia andando a fazer o seu trabalho quando se deparou com um homem velho sempre a segui-lo. E era bastante misterioso.
- O senhor precisava de alguma coisa.
- Não Ricardino.
- Como sabe o meu nome?
-Porque quero impedir algo trágico que vem aí.
-E é o quê? A minha vida vai ficar pior?
-Depende do que achar. Pode melhorar.
-O que é que quer dizer com isso? -perguntou Ricardino.
-Vai chegar o momento. Disse o homem tirando uma pedra grande arco íris dentro do bolso. Esta é a pedra principal. -Agora vou dizer um poder em latim para que a pedra nos leve para outro lado. Vou dizer ex hinc em latim que em português quer dizer sair daqui. Eles desmaterializaram-se. A seguir desapareceram dali.

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