Frio e molhado.
A grama está úmida. Poderia continuar deitado, mas essa sensação gélida na minha pele não é muito agradável. Sim, eu improvisei um roupa nos últimos dias [achou que eu iria permanecer de sunga/cueca para sempre?], mas ela só é eficaz contra o calor do dia, de noite ela é inútil. Além do mais, não quero dar sopa pra outro raptor.
Me levanto com um pouco de dificuldade, meus músculos ainda estão relaxados. De fato, eu desmaiei, provavelmente foram aquelas frutinhas... Vou colher algumas, pode ser útil no futuro.
Meus dilofossauros ainda estavam ali. Dylan ainda estava com a pata quebrada, mas dava indícios de melhoras. Qual o motivo da velocidade de recuperação? Não sei, e quem sou eu para reclamar? Pego ele no colo e juntos voltamos pra casa.
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Ao amanhecer eu tive uma ideia genial [na teoria, você já entenderá o por quê]. Vamos domar mais dinossauros. Por que não? Se foi fácil domar dois, não significa necessariamente que outros também serão, mas vale a pena tentar.
Saí bem cedo, deixei Dylan e Dalila em casa, não tinha necessidade de levá-los já que não faria uma viagem longa.
Caminhei pela praia até avistar um parassauro, tinha uma colocação amarelada e cinzenta, estava distraído, alvo perfeito. Seria bom ter um para viagens de qualquer distância, estes animais são bem rápidos, e considerando o desastre da "expedição" de ontem, não pensei duas vezes, já estava pensando em qual nome dar... Parrudinho...? Talvez, vou pensar nesse caso.
Ele estava parado comendo algumas plantas fora da areia, melhor oportunidade. Ergui minha clava que improvisei com alguns troncos, acho que seria bom só atordoar o animal até ele desmaiar, e foi o que tentei fazer.
Lembra que falei que esse animal era rápido? Então, assim que ele detectou minha ameaça, tentou fugir, mas no final das contas consegui derrubá-lo.
Depois pensei por um instante. Dei carne para dois dilofossauros e então eles se tornaram meus aliados. Óbvio que parassaurs não são carnívoros, então fui em busca de frutas, as coloridas dessa vez. Algumas azuis, amarelas, roxas... Pretas de novo... Peguei algumas, mas claro que não daria elas para o nosso futuro Parrudinho.
Quando fui ver já tinha uma boa quantidade de frutas. Hora de voltar ao parassauro.
Ele ainda estava caído, deixei as frutas ao seu lado e fiquei esperando. Esperando. Esperando. Em poucos intervalos ele comia algumas frutas, meio desorientado, mas comia.
E agora você entenderá o meu comentário anterior. "Na teoria", a ideia de ter mais dinossauros era extremamente prática e genial, mas na hora de botar a mão na massa, o objetivo não foi concluído.
A criatura se levantou e recusou as demais frutas que sobraram, e ao me notar, acho que lembrou dos pipocos que levou e novamente saiu correndo, dessa vez adentrando na mata densa...
Missão falida.
Merda.
Acho que ele precisava ter ingerido mais frutas, mas como ele levantou antes, o plano foi por água abaixo.
Mais frutas...
Ele comeu um pouco de cada das que eu colhi, mas não dei as pretas...
Era isso. As pretas teriam feito ele ficar atordoado por mais tempo, como uma espécie de narcótico... FAZ SENTIDO.
Eu estava prestes a sair e repetir a estratégia, mas ouvi grunhidos, Dylan e Dalila ficaram alertas logo em seguida. Pareciam ser rugidos de raptors, só que não estavam por perto...
Naquele instante tive mais uma ideia, apesar de arriscada: vamos domar raptors. Do jeito que quase me massacraram ontem, poderia ser argumento suficiente pra esquecer isso, mas é se o jogo virasse? Seria ótimo ter um deles pra me defender.
Ok, terminando minha reunião comigo mesmo, improvisei uma boleadeira [imagem na mídia] com um pouco de fibra e minhas três pedras mais pesadas. O plano era imobilizar os dois jogando a boleadeira em suas patas. Por via das dúvidas também estava carregando minha clava e a lança nas costas. Dessa vez não tinha como alguém do meu grupo se machucar.
Ordenei que Dylan ficasse na cabana, sua pata ainda não estava 100% e eu não queria piorar a situação.
Sai com Dalila e, em silêncio, nos escondemos entre os arbustos. Não foi difícil encontrar os raptors, estavam atrás de um pequeno morro atrás da praia. Aquela era a hora. Estavam parados. Um tinha uma coloração alaranjada o o outro era vermelho escarlate, lindo ora caralho.
Roger e Ribert...
Eu sei, sou péssimo para escolher nomes, mas na atual conjuntura dos fatos, não estava muito afim de discutir isso comigo mesmo. Então ficou decidido: Ribert e Roger.
Segurei firma a boleadeira. Eu estava soando frio. Medo. Mas não podia dar para trás agora. Comecei a rodá-la no ar, depois a atirei contra o laranja. Funcionou. Em seguida ele rugiu, mas não saiu do lugar, como resposta, seu comparsa vermelho veio em minha direção como um foguete. Raptors também são absurdamente rápidos.
Empunhei minha clava e comecei a acertá-lo na cabeça, Dalila também o atacava, mas dessa vez eu estava na vantagem. Logo ele caiu, e ninguém ficou gravemente ferido. Era hora de cuidar do outro, aquela boleadeira não o seguraria para sempre.
Enquanto ia em sua direção, fui surpreendido, só que dessa vez não era um dinossauro. Era uma mão humana. Um punho, bem na minha cara. Caí desorientado, não conseguia ver direito, mas era... Uma pessoa... Uma mulher. Ok, não sou o único aqui neste lugar.
Dalila decidiu reagir para me defender, mas não houve conversa. A mulher ergueu algo... Uma besta...? UMA BESTA! Ela atirou contra Dalila, que caiu sem mais nem menos.
Merda.
Ela veio na minha direção. Tentei ligar vantar, mas ela foi mais rápida e só me lembro de ver meu rosto dar de encontro com o pé dela.
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ARK: Sobrevivente 374
Science Fiction"Você acorda praticamente pelado numa praia randômica, sem memórias [mas com um puta senso de consciência e personalidade], rodeado por dinossauros e criaturas pré-históricas... O que pode dar errado?" Obs: sim, estou me baseando no jogo e um pouco...