Duas faces de mim

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Duas faces de mim

Entrei em mim,
Desci os degraus,
Da escada que leva ao meu eu.

A cada passo,
Sorrisos recordo,
Lágrimas revejo,
Medos ressinto.

Vejo o pior e melhor,
Que há nesse coração.

Sinto remorso,
Sinto dor,
Sinto Angústia,
Minhas formas são assustadoras.

A vergonha me possui,
Quantas coisas ruins,
Por mim foram feitas.

Vejo os maus que causei,
Sinto tristeza,
Como sou um ser desprezível!

E continuo a descer os degraus,
Agora vejo o bom que fiz,
Os sorriso que proporcionei,
Os abraços afetuosos dei.

Olho minhas próprias risadas,
Que sorriso belo eu tenho,
Como fico lindo sorrindo.

A criança que fui pegara minha mão,
Levara-me a um lugar,
Era meu lugar favorito,
A visão da floresta.

Que nostalgia,
A alegria me possuía,
Chorei, mas chorei de felicidade.

Recordei que somos seres duplos,
Vivemos entre o bem e o mal,
Sendo as escolhas o peso final da balança.

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