- Isso, muito bem {fala meu treinador enquanto dou alguns socos no saco} Que raiva é essa? Seus socos estão bem fortes hoje!
- Não estou com raiva, também tô bem impressionada com esses socos {respondo sorrindo, e logo volto a bater no saco}
- Acho que está bom por hoje, quero essas mãos em perfeito estado para o campeonato!
- Esquece Renato. Não vou participar, não tenho tempo. Já disse isso a você! {pego minha toalha e depois a garrafa d'água}
- Você é a melhor da academia Amannda, não posso deixar essa oportunidade passar {Senta em cima das cordas do ringue}
- Você ainda tem a Karen, ela é uma ótima atleta da modalidade!
E realmente karen era a melhor, já havia ido para vários campeonatos, e ganho todos. Ela é inspiração para muitas meninas daqui da academia mesmo sendo uma adolescente em seus 15 anos, e fico feliz por isso. Karen é uma protegida minha, gosto de chamar ela assim, a conheço desde seus 9 anos de idade, ela entrou na academia uns 7 meses após minha entrada, ela veio de uma família bem carente que constantemente precisava de ajuda, por muitas vezes ela faltava treinos por que não tinha condições pra ir a academia. Então fiz uma proposta a ela, se ela fosse uma boa aluna, e ajudasse em casa sua família, eu me tornaria sua mentora, óbvio que antes disso eu fui conversar com a mãe dela, e desde então ela começou a tirar ótimas notas na escola, ajudava a mãe e os 2 irmãos dela. Fiz questão de abrir uma conta em um banco pra ela, e todo mês deposito uma quantia para que ela possa ajudar em casa e comprar o que mais ela quisesse. Ela disputou seu primeiro campeonato com 11 anos,fiz questão de acompanhá-la em todos, afinal ela precisava de alguém com ela.
- Falando de mim? {chega Karen toda sorridente ostentando suas tranças no cabelo}
- Claro, Renato quer que eu vá disputar aquele campeonato na França, mas não quero ir e ele não entende. Então deu seu nome como sugestão {Dou um sorriso enquanto vou até ela e dando-à um abraço apertado enquanto Renato só ri}
- Mesmo que eu quisesse ir, não poderia. Justamente na semana da disputa em vou estar em provas, não posso faltar a nenhuma delas {olha pro Renato} Desculpa professor!
- Não é possível, minhas melhores meninas não podem ir representar mais uma vez a academia. O que será de mim, senhor? {lamenta}
- Não seja dramático, isso é ridículo! {todos riem}
...
- Amannda? {Karen aparece na janela do carro antes de eu dar partida}
- Pois não, Karen?
- Tenho que conversar com você, é um assunto sério!
- Claro, entra aí {abro a porta e ela entra, fechando-a em seguida} Então, o que aconteceu? {olho pra garota}
- Quero que fique com minha guarda!
Oi??? Como assim "quero que fique com minha guarda"?
- Como assim, Karen? {pergunto meio atordoada pelo o que a garota acabará de dizer} Essa lance de guarda é um tanto quanto delicado e as vezes até demorado. Mas me diga o por que de querer que eu fique com sua guarda?
- Eu sei Amannda, mas é que minha mãe anda muito violenta comigo, me xinga, ameaça de me por pra fora de casa, fica falando que não sou filha dela, me humilha. Eu não quero isso. Não mais, chega! {suspira deixando uma lágrima cair} Meus irmãos foram morar com meu pai, ele tem muito mais condições de criar os outros dois , mas não me quer lá na casa dele, tem raiva de mim, e eu nunca fiz nada pra ele, na verdade, minha mãe me culpa por ele ter deixado ela, diz que se eu não tivesse nascido eles ainda estariam juntos, mas eu sei bem o por que dela querer voltar pra ele!
- Qual?
-Dinheiro, meu pai tem uma oficina bastante conhecida, quando minha mãe separou dele, quem foi embora de casa foi ela
- Mas por que seu pai não gosta de você? {Pergunto olhando-a paralisada, todos os dias eu perguntava da Karen como estava a relação dela com os irmãos e com a mãe dela, ela sempre dizia que estava tudo bem, me assusta saber que ela mentiu pra mim, e se a mãe dela fizesse alguma coisa com ela durante esse tempo que ela mentiu? Tô bem decepcionada com ela, mas isso não vem ao caso agora}
- Ele diz que eu sou filha de outro homem, de uma traição! {limpa o rosto} Se você não quiser me adotar, tudo bem, eu vou entender {abaixa a cabeça}
- A gente vai até sua casa pegar tudo que é seu, e vamos pra minha casa. Ok?
- Ok!
Eu realmente não entendo mulheres como a mãe da Karen, se é que eu posso chamar esse monstro de mãe, isso não se faz um filha, aliás, não se faz com ninguém. Ninguém merece ser desprezado, e nem humilhado.
Assim que chego a casa da Karen vejo sua mãe vindo até a gente
- O que essa mulher tá fazendo aqui Karen? Já disse que não quero ela aqui na minha casa! {grita agressiva}
- Vim levar a Karen comigo, e se você tentar fazer alguma coisa, eu abro uma denúncia contra a senhora {digo encarando a mulher}
- Esse povo que tem dinheiro acha que pode tudo, mas aqui na minha casa quem canta de galo sou eu {ameaça me bater, mas seguro seu braço e aperto}
- Uma vez meu ex namorado achou que só por eu ser mulher, poderia bater em mim. Sabe o que eu fiz com o braço dele quando ele levantou pra bater em mim, exatamente como você acabou de fazer? {balança a cabeça de forma negativa} Eu quebrei o braço dele, mas quebrei com tanto gosto {aperto seu braço um pouco mais} Creio que a senhora não vai querer que isso aconteça, não é mesmo? {solto seu braço} Quero que saiba desde já, que eu vou ficar com a guarda da Karen, e vou entrar com o processo hoje mesmo, e quero... Quero não, exijo, que fique longe dela, não quero gente como você perto dela, ela não precisa de uma pessoa como você pra humilha-lá, você deveria agradecer a essa menina por não deixar você morrer de fome, sua ingrata, você não merece a filha que tem {vejo Karen me olhando segurando suas coisas} Vamos!
- Isso, me deixa aqui sozinha mesmo, você nunca gostou de mim, devia ter te jogado no lixo assim que você nasceu, sua inu... {dou um tapa na cara da mulher}
- Calma a porra dessa boca! {Pego Karen pela mão e vou pro carro, indo embora assim que ela entra.}
***Dias depois***
- Amannda, eu vou da uma volta por ai, tá? {Fala entrando no meu quarto}
- Tá bom, pede pro Martin ir com você, não quero correr o risco de alguma coisa ou alguém fazer algo com você {digo terminando de vestir meu roby}
- Ok {fala e sai do quarto}
- Dona Amannda?
- Oi Lourdes?
- Tem visita pra senhora, deixo subir?
- Claro, pode mandar subir
- Linda como sempre! {diz uma voz que eu conheço a muito tempo assim que entra no quarto e fecha a porta}
- Quem é vivo sempre aparece não é mesmo? {me viro e olho pro homem que se deita na minha cama} O que faz aqui?
- Senti saudade da minha querida ex namorada, que quebrou meu braço! {diz sarcástico}
- Ah Chris, como sempre com seu bom humor, não é mesmo!?
- Falando sério agora Mands, eu realmente tô com saudade de você {fala indo até onde eu tô}
- Chris, eu não tô nem aí, foi você que jogou fora a chance que eu te dei
- Bora voltar, por favor, eu tenho tanta falta desse teu corpo {fala puxando o laço do roby, revelando minha lingerie preta} Sempre tão perfeita, com curvas tão perfeitas... {Abraça minha cintura com uma certa força} Volta pra mim vai, bora ser como a gente era antes!
- Chris, você é um home tão lindo, muito bom de cama... Mas ao mesmo tempo é iludido e idiota {Me afasto dele} Acha mesmo que eu vou voltar pra alguém que já levantou a mão pra mim? {gargalho} Não mesmo, querido!
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Amarga Consequência
РазноеAs coisas nem sempre são o que parece. Acho que vocês nunca imaginariam que uma garota possa ser uma assassina,que possamos dizer...em série! É o caso da nossa querida Amannda. Ela é o que podemos chamar de Batman feminino hahaha,ela perdeu os pais...