Capítulo 7

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Acordei um pouco perturbada, porque tive que sonhar com ele a noite toda? Ai que raiva, quando não é um é o outro, acordei mais cedo do que de costume mas não quero dormir de novo vai que volto a ter sonhos com pessoas indesejáveis, decido me levantar, quando me viro eu congelo, Inu-yasha e Kikyou estão se beijando, novamente meu coração se agita e uma lágrima teimosa escapa.

Levanto-me sem fazer barulho, Shippou dormia tranquilamente ao meu lado, dei um beijo leve em sua testa para não acorda-lo, pego minha espada, meu arco e flecha, minha mochila e vou em direção ao lago. Tudo o que eu mais queria era fugir dali, novamente estava acontecendo e eu me senti fraca por ainda me importar, escondi meu cheiro e minha presença, mas dessa vez eu não ia me entregar à dor, fui para o lago e me sentei em posição de Lótus, fiz uma barreira e comecei a meditar.

Deixei meu coração e minha mente em paz, dessa vez Inu-yasha não me ia ver sofrendo por ele, meditei por alguns minutos ate perceber alguém passando por minha barreira, a barreira que tinha feito era somente para me alertar se alguém se aproximasse e não para me ocultar completamente já que meu cheiro e presença estavam ocultos. Continuei meditando até escutar um suspiro aliviado vindo de trás de mim. Sinto uma presença a minha frente e quando abro os olhos Inu-yasha me encara furioso, por um momento acho a cena engraçada.

– Hey Kagome, o que você está pensando em sair por ai sem avisar ninguém? – Inu-yasha disse de maneira rude, muito rude.

– Vim meditar Inu-yasha após ter um sonho ruim – “e após ver uma cena nada agradável pensei”. – eu já estava voltando ao acampamento. – Me levantei, desfiz a barreira e liberei meu cheiro e presença. – Vamos voltar.

– Vamos, mas antes posso te fazer uma pergunta? – Inu-yasha disse me encarando de certa forma até curioso – Alias duas...

– Fala logo - digo sem paciência.

– Porque você escondeu seu cheiro e presença? – diz Inu-yasha com uma cara de preocupado.

– Pra não ser atacada por youkais enquanto medito - digo contra vontade e deixando isso claro – e qual a segunda pergunta?

– Com o que você sonhou que te trouxe ate aqui sozinha e sem me falar nada? – Inu-yasha disse mais curioso do que antes e eu me irrito profundamente.

– ISSO NÃO É DA SUA CONTA! – grito para ele, o que o pega de surpresa. Eu estou verdadeiramente irritada com ele, como ele ousa? – Você não tem esse direito!

– CLARO QUE TENHO ESSE DIREITO! – Inu-yasha grita de volta para mim, visivelmente irritado com minha reação. – E é sim da minha conta!

Olho para Inu-yasha com um olhar que poderia fazer as labaredas do inferno congelar, mas me acalmo um pouco não quero liberar meu poder espiritual, por descuido.

– Inu-yasha, eu vou me acalmar novamente, pois você me tirou do sério, não quero você vindo atrás de mim, quando me acalmar eu volto, vai demorar mais ou menos de dois a cinco dias para alcançar a calma total de meu ser - digo com uma voz calma e tranquila. Meus poderes requeriam mais tempo agora pra eu me acalmar, mas na verdade eu só queria me afastar dele - Antes de ir vou avisar Shippou, meu menino vai ficar preocupado, mas ele vai entender.

– Você na... – Inu-yasha não conseguiu terminar, não depois do olhar que eu dei a ele. Rendeu-se por fim. – Tudo bem, vamos andando na direção norte, após você se acalmar você segue por essa direção. Se passar uma semana e você não voltar eu vou te procurar. – Após dizer isso se retirou em direção ao acampamento.

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Segui logo atrás, quando cheguei lá todos estavam acordados, me aproximei de Shippou e o peguei no colo, fui ate um canto separado dos outros, contei pra ele que ia ficar uma semana no máximo fora, ele chorou um pouco, mas disse que tudo bem com um lindo sorriso no rosto, eu amo esse youkaizinho como se fosse meu filho e ele me ama como se eu fosse sua mãe.

Chamei Sango e pra ela fiz um resumo do que eu vi no dia em que voltei e o que eu vi hoje, e que era por esse motivo que estava me retirando, mas pedi para ela agir como se não soubesse de nada, ela disse que tudo bem, mas que já desconfiava de algo, e que também a pessoa que presenciou tudo foi a que não deveria ver nada, eu disse a ela que já estava bem, ela me abraçou e eu a abracei de volta. Sango apesar de tudo é minha melhor amiga e Miroku é como um irmão mais velho... Peço para Sango contar para ele, e peço para ele também não fazer nada e agir como se nada tivesse acontecido. Dou um abraço em Sango e em Miroku, já em Shippou o encho de beijos e o abraço fortemente.

– Bom já estou indo então - eu disse me despedindo. – Dentro de no máximo uma semana estou de volta.

– Tchau Kagome - disseram todos, menos Kikyou e Sango completou - E se cuida!

Sai sem olhar para trás, pois podia sentir olhares sobre mim. Quando sai de onde estava o grupo o Sol já estava alto, já devia ser mais ou menos meio dia.

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Já faz dois dias que sai andando sozinha, já estava bem longe de Inu-yasha e agora podia me sentir mais relaxada. Andei mais um pouco e parei em uma clareira bem grande e florida com todo tipo de flores, me sentei de baixo da sombra de uma arvore grande. Sentei-me e me apoiei na arvore, pensando em varias coisas e absorvendo a brisa e a calmaria, a brisa me acalmava de todas as formas possíveis e me senti bem como não me sentia há dias, sou tirada de meus devaneios quando uma voz próxima demais chama minha atenção.

– Agora você não me escapa Kagome! - disse Seshoumaru com um tom sério. “Como não o percebi se aproximando?” - Hoje você me conta porque esta escondendo seu poder.

Os Fragmentos do meu CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora